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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 30 de junho de 2014

ELEIÇÕES - JOSE DE MORAES BRITO

O assunto aqui são as eleições. Como tendo um cunhado que é candidato a vereador, estou acompanhado-as de perto, mas sem participação. Ontem fui o primeiro "Comecio", num distrito a treze KM de Crato. Fiquei de pé, junto ao palanque, pois não quis ficar no mesmo. A praça era no barro e o barro tinha formigas que me incomodavam.

Enquanto os oradores falavam, eu matava-as com insistência. Ouvia-se. Havia alem dos candidatos a prefeito, um cidadão, a vice, uma cidadã, tres ex-prefeitos, dois vereadores pleiteando reeleição, treis candidatos de primeira viagem, inclusive meu cunhado.

Começaram os discursos. Nenhum citou Platão, nem Maquiavel. Referiram-se aos coroneis Filesuon, Felicio Cunegundes e Wilson Gonçalves. O que me chamou mais minha curiosidade foi o fato de um beco estreito de mais ou menos 7600 metros ter tres cemitérios e tres postos de saúde.

O primeiro foi de um jornalista candidato a nada. O segundo foi de um ex-prefeito, que já foi do PMDB, PFL, PPS, PDT e agora apoio o PSDB.

O povo estava cansado e os jovens esperavam era a banda de forró que sempre encerra os comícios com uma festa, de arrobar. Estas bandas são dezenas e dezenas espalhadas pelos estados nordestinos.

Eis algumas:

Caviar com rapadura.
Limão com mel.
Cachorra da Molesta
Calcinha Preta.
caça Cabaço.
Banana Bronzeada
Gavião do Forró.
Magnificos.
Baby Som.
Moleca sem vergonha
Colo de menina
Saborear
Calipso
Caco de Telha.
Sacode.
Cobras do Forró.

Estas vão se reversando nos palanques diversos não ttêm cor politico partidárias. Na verdade há uma banda que ninguém ver, mas tenho certeza que anima todos os comícios e candidatos eleitos e não eleitos por toda parte.

É a Banda lheira.

A MORTE DO PT – Para não repetir a agonia da ditadura.


Vamos lá. Escrevi aqui no sábado sobre o fim do poder petista — ou a morte do PT como o conhecemos (não a morte do partido): essa legenda capaz de ditar o ritmo dos acontecimentos, que acredita que pode mesmo ser uma força hegemônica na política, mais ou menos como Gramsci imaginou que seria um Partido Comunista operando no melhor da sua potência. E sustentei que há duas hipóteses para a derrocada petista: a otimista: o partido perde as eleições em outubro próximo, o que espero que aconteça. E a pessimista: Dilma vence a reeleição, consegue mais um mandato, e o país caminha para uma crise de proporções razoáveis.

Batia um papo outro dia com o economista José Roberto Mendonça de Barros, que sabe das coisas e dispensa apresentações. Ele fez uma analogia que me pareceu pertinente, e eu lhe avisei que roubaria a sua imagem (rsss). José Roberto afirmou que a eventual vitória de Dilma lembraria o mandato desastrado — no que concerne à desordem econômica — do general Figueiredo, nos estertores da ditadura. Ou por outra: o modelo já tinha feito água por todos os lados; a coalizão política já era frágil; a sociedade queria outra coisa, mas tivemos de aguentar mais seis anos de um governo que já nascia moribundo, que tinha os olhos voltados para a retaguarda, que se dedicava permanentemente ao trabalho de contenção, não de formulação de políticas públicas com vistas ao futuro.

Ditadura moribunda e democracia são realidades muito distintas, sei disso. O que me interessa nessa imagem do economista é destacar a falência de um modelo e o colapso da coalizão política que o sustentava. O ciclo petista, reitero, chegou ao fim— a questão é saber se o país se encontra com a rapidez necessária com o novo ou se escolherá quatro anos de reacionarismo, olhando para trás.

Acabaram-se as circunstâncias que fizeram a glória da gestão do PT e que permitiram ao partido formar a maior base de apoio do Ocidente: crescimento acelerado da China, juros internacionais baixos, demanda interna extremamente aquecida, folga fiscal e criação de “campeões nacionais” à base de incentivos oficiais. Cada uma dessas facilidades engendrou um discurso político e permitiu que o governo se comportasse de forma dadivosa, cevando uma clientela. Nunca foi, que fique claro, um modelo de crescimento, mas de administração de oportunidades.

À medida que as facilidades deixam de existir, e lá vai algo que parece tautológico, mas que não é, aparecem, então, as dificuldades. O Brasil parou de crescer, e a sociedade se dá conta de que o PT não tem a pedra filosofal da eterna felicidade. Num país ainda com tantas carências, o crescimento pífio, com inflação alta e juros elevados, gera um caldo de descontentamento que cobra, sim, o seu preço político. E ele se traduz hoje na crescente perda de sustentação da candidatura Dilma — o que é um dado auspicioso para um país que precisa mudar.

Há uma conta interessante a ser feita. Dilma concorria em nome de um governo que tinha quase 90% de aprovação em 2010. Mesmo assim, a diferença de votos em seu favor, na disputa com José Serra, foi de apenas 12.041.141 (56,05% contra 43,95%). Prestem atenção a estes dados:

Somadas as diferenças a favor do PT na Bahia, Pernambuco, Ceará, Minas, Rio e Maranhão, temos 12.654.768 votos — superior ao que a petista teve de votos a mais do que Serra no total. São Paulo deu a vitória ao tucano, mas por um placar ainda bastante robusto para o PT. Uma coisa é certa: o partido não conta mais com as facilidades que tinha nesses estados. Em Pernambuco, Eduardo Campos tende a ter uma avalanche de votos; Minas penderá para Aécio; na Bahia, os adversários do PT se juntaram; há um clima anti-Sarney no Maranhão que pode arranhar o petismo; no Rio, o palanque do partido na disputa presidencial está desestruturado por excesso de ambição.

Não estou aqui a dizer que Dilma vai perder a eleição. Não sou pitonisa. Evidencio que a situação, para ela, é bastante difícil. Restou ao PT, insisto neste ponto, a campanha de cunho terrorista contra os adversários e dobrar a aposta no “promessismo” — promessas que, de resto, não serão cumpridas porque não haverá como. O melhor para o Brasil seria a derrota agora, já em 2014. A eventual reeleição da presidente significará a sobrevivência de um modelo que já morreu e do qual o PT não sabe sair porque não tem uma coalizão política para tanto.

Reinaldo Azevedo.

Do Maluf para o Ciro Gomes - Antonio Morais


Apesar da frase ser do politico simbolo da degradação politica deste pais, Paulo Salin Maluf, foi uma  declaração  bem colocada sobre o Ciro Gomes. 

"O repórter perguntou ao Maluf: O que o Senhor acha do apoio do Ciro Gomes a Erondina?

Maluf respondeu com outra perguntou para o repórter: Você quer enricar?  Então, compre Ciro Gomes pelo que ele vale e revenda pelo que ele pensa que vale". 

Na verdade o Ciro se acho demais, já é hora de alguém falar para o Ciro: "Nunca se ache demais, pois tudo o que é demais sobra, tudo o que sobra é resto e tudo o que é resto vai para o lixo".

domingo, 29 de junho de 2014

Uma palavra amiga - Por Padre Juca.

Não é tão difícil assim! Basta que uma pessoa acredite em suas próprias  possibilidades para que tenha maiores chances de alcançar seus objetivos.

Quando se acredita no que se busca e naquilo que se faz, então abrem-se novos horizontes. É como se agente tirasse os óculos escuro e visse a realidade sob outra forma completamente diferente.

Ao invés de se determinar para o fracasso dizendo que tudo é difícil, que você não tem condições, etc, comece a se encaminhar para o êxito, alimentando sua mente com vitaminas positivas, afirmando para você mesmo: vou conseguir, claro que posso, tudo vai dar certo.

"Os dias prósperos não vêm por acaso; nascem de muita fadiga e muita persistência". 

Aécio diz que indicação de vice pode ter 'surpresas' - O Estado de S. Paulo


Em uma passagem de 50 minutos em Caruaru, no agreste pernambucano, a 130 quilômetros do Recife, no final da noite desta sexta-feira, 27, o senador Aécio Neves (PSDB) disse que o anúncio do candidato a vice-presidente na sua chapa, na segunda, 30, poderá surpreender.

Entre os nomes mais cotados estão o senador cearense Tasso Jereissati – que poderá agregar votos na região Nordeste – e a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Ellen Gracie. Ambos tucanos.

“Podemos ter surpresas”, disse ele. “Temos nomes qualificados dentro e fora do PSDB”.

Confirmado candidato, Campos promete tirar economia do 'atoleiro' - O Estado de S. Paulo


O ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos foi confirmado neste sábado, 28, o candidato do PSB à Presidência da República, durante convenção do partido. Em seu discurso, ele defendeu a renovação política no País e a recuperação da economia, que, segundo ele, está um "atoleiro". Campos prometeu ainda preservar as conquistas obtidas nos últimos anos. "As conquistas do passado serão garantidas no nosso governo", disse.

"Só um Brasil unido poderá enfrentar o atoleiro em que se meteu a nossa economia. Juros lá no alto, inflação alta, indústria em queda, contas públicas fragilizadas. É um País que não merecemos depois de tanto esforço do povo brasileiro", afirmou Campos, ao lado da ex-ministra Marina Silva, sua candidata a vice, também aclamada durante a convenção.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Uma palavra amiga - Padre Juca.

A maioria dos problemas que afetam o mundo hoje podem ser resolvidos pelo próprio ser humano.

Não se deve jogar nas "costas" de Deus aquilo que nós mesmos temos que arcar. Pois, se cada um desse o que tem de sobra, todos teriam o necessário.

Na vida aparece de vez em quando aquela fase negativa, quando acontecem varias coisas contrárias parece que todo mundo está contra agente.

Mas as pessoas de fé, de fibra, mesmo que verguem por algum tempo, devido aos vendavais da vida, não se quebram. Voltam ao normal.

E se as duas forças forem se esgotando não esqueça isto:

Aos homens, sim, é impossível, não a Deus. Pois a Deus tudo é possível. 

Lula agora deu para falar da elite - Por Antônio Morais.


Quem acompanha a trajetória politica do Lula sabe do que Lula é capaz. No inicio, tinha um discurso chorão e piedoso, vitimado por todas as mazelas que existiam a época. Depois de eleito, passou a mentir, cagar goma e contar vantagens como se fosse o salvador, um Deus. A vaidade é tamanha que não sabe diferenciar o elogio do pucha-sacho e do deboche. Vide Obama - Esse é o Cara. 

E hoje, O que se vê? Os mesmos problemas continuam com maior gravidade do que antes. A desmoralização dos bons costumes, da ética e da moral. Não sabemos, ao certo, até quando o Lula vai ser bem sucedido, vai  ter capacidade para continuar enganando a população. 

Só a psicologia explica o rancor do Lula e a sua necessidade de auto-promover. O fato é que chegou a hora de alguem de sua intimidade avisar: Ex-Presidente Lula - "Nunca se ache demais, pois tudo o que é demais sobra, tudo o que sobra é resto e tudo o que é resto vai para o lixo".     

terça-feira, 24 de junho de 2014

O homem José Sarney sobreviveu para contemplar o velório do político José Sarney - Por Augusto Nunes.


Acossado no Maranhão por pesquisas que prenunciam a derrota do candidato a governador escolhido pela Famiglia, hostilizado no Amapá por vaias que antecipam a derrota nas urnas, o senador José Sarney, aos 84 anos, desistiu da disputa da reeleição para escapar do fiasco desmoralizante. 

Invocando a necessidade de cuidar da mulher enferma, revogou uma de suas frases prediletas. “Em política só existe a porta de entrada”.

“Sarney esqueceu que a morte política vive à espreita dos muito vivos”, avisou o título do artigo aqui postado quando o investigado que ganharia da Polícia Federal a alcunha de Madre Superiora lutava para continuar pendurado na presidência do Senado. Agora obrigado a engolir a aposentadoria indesejada, vai contemplar impotente a agonia do reinado de mais de meio século. E logo descobrirá  que acontece aos que perdem o poder num país impiedoso com quem foi muito e nada mais será.

“Na porta de quem é só um ex-nasce capim”, ensinou o general Golbery do Couto e Silva. Pior para Sarney. Melhor para o Brasil decente, atesta o post de 17 de junho de 2009: Porque era provido do sentimento da honra, por ser capaz de sentir vergonha, Getúlio Vargas preferiu morrer a sujeitar-se a vinganças ultrajantes. Depois de ter renunciado à vida, o estadista gaúcho sobreviveu politicamente à morte física. Porque acha que nada desonra, por ser incapaz de envergonhar-se, José Sarney preferiu permanecer na presidência do Senado a reconhecer que ofendeu o Brasil que pensa. 

Depois de ratificado a constatação de Jânio Quadros - “Brasileiro não  renuncia sequer ao cargo de síndico” -, o morubixaba maranhense vai conhecer em vida a morte política.

“Em política só existe a porta de entrada”, repete Sarney a cada entrevista mais extensa. Claro que existem portas de saída - só não as enxerga quem imagina que a carteirinha de sócio do clube dos pais da pátria tem validade perpétua. Há a porta da frente e a dos fundos. Por aquela saiu Getúlio, sobraçando uma comovente carta-testamento. Pela porta dos fundos vai saindo o presidente do Senado, no cangote de um discurso inverossímil.

Foi penoso acompanhar pela TV a performance do artista em seu ocaso. Mãos trêmulas, olhar assustadiço, a voz indignada contrastando com os desmaios no meio da frase sem pé nem cabeça, o homem que chegou ao Congresso há 50 anos, governou o Maranhão e o Brasil e preside de novo o Senado parecia um coroinha do baixo clero. Enfileirou argumentos indigentes, evocou atos de bravura imaginários, reinventou o passado de governista congênito e caprichou na pose de herói da resistência.

Sempre perseguindo erraticamente pontos finais, Sarney engavetou pecados antigos, subestimou os recentes, informou que os atos secretos não foram secretos e, caprichando na pose de vítima, exigiu respeito. “A crise não é minha, a crise é do Senado”, inocentou-se. É isso aí, concordaram os presentes, com falatórios na tribuna ou com os gritos do silêncio.

Todos fizeram de conta que Sarney não embolsou malandramente o auxílio-moradia, não promoveu a diretor-geral o bandido de estimação Agaciel Maia, não pendurou no cabideiro de empregos do Congresso duas sobrinhas, um neto, o ex-presidente da Assembléia Legislativa do Amapá, 5o parentes pra cá e 50 amigos pra lá. Todos absolveram o patriarca que tentara encobrir com um desfile de negativas a procissão de delinquências comprovadas.

Quando estiverem cauterizadas as feridas morais abertas pela Era da Mediocridade, o Brasil contemplará com desconsolo e desconcerto a paisagem deste começo de século. Como foi possível suportar sem revides as bofetadas desferidas por um político sem luz, orador bisonho, poeta menor e escritor medíocre? Como explicar a mansidão da maioria dos insultados pelo coro dos cúmplices contentes?

A ausência no plenário de representantes do Brasil que presta talvez seja mais perturbadora do que a presença de Sarney no centro da mesa diretora. Encerrado o espetáculo do cinismo, ninguém falou em nome dos injuriados. Ninguém contestou a discurseira absurda. Ninguém lastimou a decomposição do Legislativo. Ninguém sentiu vergonha.

Os senadores ficaram parecidos com Sarney, que é a cara do Senado destes tempos tristonhos. Mais cedo para uns que para outros, a morte política chegará para todos. Tomara que a instituição sobreviva.

Passados cinco anos, o Senado segue respirando por aparelhos. O homem José Sarney sobreviveu para angustiar-se com o velório do político José Sarney.

CHUVA DE PRATA

Maria da Graça Costa Penna Burgos, mais conhecida como Gal Costa, (Salvador, 26 de setembro de 1945)é uma cantora brasileira.

Gal Costa é filha de Mariah Costa Pena, sua grande incentivadora, falecida em 1993, e de Arnaldo Burgos. Sua mãe contava que durante a gravidez passava horas concentrada ouvindo música clássica, como num ritual, com a intenção de que esse procedimento influísse na gestação e fizesse que a criança que estava por nascer fosse, de alguma forma, uma pessoa musical. 

Gal jamais conheceu o seu pai, que faleceu quando ela tinha por volta de 15 anos. Por volta de 1955 se torna amiga das irmãs Sandra e Dedé (Andreia) Gadelha, futuras esposas dos compositores Gilberto Gil e Caetano Veloso, respectivamente. 

Em 1959 ouve pela primeira vez o cantor João Gilberto cantando Chega de saudade (Tom Jobim/Vinícius de Morais) no rádio; João também exerceu uma influência muito grande na carreira da cantora, que também trabalhou como balconista da principal loja de discos de Salvador da época, a Roni Discos. 

Em 1963 é apresentada a Caetano Veloso por Dedé Gadelha, iniciando-se a partir uma grande amizade e profunda admiração mútua que perdura até hoje.

Em meados dos anos 90 Gal mudou oficialmente o seu nome de Maria da Graça Costa Penna Burgos para Gal Maria da Graça Penna Burgos Costa.


O Bem Amado - Dias Gomes.


Primeira novela produzida em cores na televisão brasileira. O prefeito Odorico Paraguaçu, um político corrupto e cheio de artimanhas, tem como meta prioritária em sua administração na cidade fictícia de Sucupira, litoral baiano, a inauguração do cemitério local. De um lado, é bajulado pelo secretário gago, Dirceu Borboleta, profundo conhecedor dos lepidópteros; e conta com o apoio incondicional das irmãs Cajazeiras, suas correligionárias e defensoras fervorosas: Dorotéia, Dulcinéia e Judicéia.
Dorotéia é a mais velha, líder na Câmara de Vereadores da cidade. Dulcinéia, a do meio, é seduzida pelo prefeito. E Judicéia é a mais nova - e mais espevitada. São três solteironas avessas a imoralidades - pelo menos em público, já que Odorico sempre aparece de noite para tomar um "licor de jenipapo"…
De outro, tem que lutar com a forte oposição liderada pela delegada de polícia Donana Medrado, que conta com o dentista Lulu Gouvêia, inimigo mortal do prefeito e líder da oposição na Câmara - atracando-se constantemente com Dorotéia no plenário. E ainda com o jornalista Neco Pedreira, dono do jornal local, A Trombeta. O meio-termo se intensifica com a presença de Nezinho do Jegue, defensor fervoroso de Odorico quando sóbrio, e principal acusador, quando bêbado!
Maquiavelicamente, o prefeito arma tramas para que morra alguém, sendo sempre mal sucedido. Nem as diversas tentativas de suicídio do farmacêutico Libório, um tiroteio na praça e um crime lhe proporcionam a realização do sonho. Para obter êxito, Odorico traz de volta a Sucupira um filho da terra: Zeca Diabo, um pistoleiro redimido, que recebe a missão de matar alguém para a inauguração do cemitério.
Como se não bastasse, Odorico ainda tem que enfrentar os desaforos de Juarez Leão, médico personalístico da oposição, que se envolve com sua filha Telma e faz um bom trabalho em Sucupira, salvando vidas - para desespero de Odorico.
Ao final, uma irônica surpresa: Zeca Diabo, revoltado, mata Odorico, que, finalmente, inaugura o cemitério!


LULA - SÓ A PSICOLOGIA EXPLICA SEU RANCOR E NECESSIDADE DE SE AUTO-PROMOVER.


Já toquei no assunto várias vezes, mas sinto necessidade de fazê-lo de novo. Goste-se ou não dele, de sua carreira, de seus equívocos e de suas realizações, parece não haver dúvida de que o ex-presidente é titular de uma vida por todos os títulos extraordinária.

Mas seu rancor, seu ressentimento, sua permanente impressão de que não é aceito, sua insistência em ver-se vítima de “preconceitos sociais”, sua insistência em proclamar, obsessivamente, os próprios feitos e méritos, sua tendência a dividir o Brasil entre “nós” e “eles”, de enxergar conspiração contra seus feitos e confundir oposição ao lulo-petismo com ser “contra o país” só encontram explicação em profundos manuais de Psicologia.

Lula precisa urgentemente de uma terapia de grupo — como diria um amigo meu, ele e um grupo de terapeutas.

Como já escrevi antes, pouca gente, muito pouca, entres os quase 7 bilhões de habitantes da Terra, podem ostentar uma trajetória tão espetacularmente vitoriosa — do migrante nordestino que veio de Pernambuco para São Paulo ainda criança, seguindo a mãe e uma penca de irmãos rumo a um pai que já havia providenciado uma segunda família, ao líder que mudou radicalmente o sindicalismo brasileiro, desafiou a ditadura, fundou do quase nada um partido político, fez, aconteceu, sofreu três derrotas eleitorais consecutivas mas finalmente chegou ao Palácio do Planalto, de onde governou 8 anos e se tornou o presidente mais popular da história “deste país”.

Como se isso fosse pouco, resgatou do absoluto anonimato uma candidata a presidente que, para sucedê-lo, ele carregou nas costas, comício por comício, e em cada programa do horário eleitoral, até que obtivesse uma vitória estrondosa contra um político sólido e experimentado.

Tem mais ainda: com falhas e defeitos como presidente — alguns gravíssimos, no terreno da moralidade pública — evidentes e devidamente apontados no Brasil mas pouquíssimo levados em conta no exterior, se tornou um dirigente respeitado mundialmente, incensado pela grande mídia internacional, aclamado em toda parte — seja na China ou em Wall Street, no clube de muito ricos que é o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, ou nas quebradas mais miseráveis da África, em diferentes rincões da América Latina ou no Oriente Médio.

Além de tudo, o antigo pé-rapado tornou-se um homem rico. Ganha fortunas com suas palestras mundo afora, há tempos mora bem, dispõe de todos os confortos que a vida pode proporcionar.

Tudo isso — volto a escrever — parece pouco para Lula.

Vejam sua tumultuada visita de ontem à Universdade Federal da Bahia (UFBA), onde foi receber um título de doutor honoris causa. Deixemos de lado a baderna feita por um grupo de algumas dezenas de extudantes que fazia uma manifestação, resolveu ver, ouvir e até pedir autógrafo ao ex-presidente e acabou protagonizando um desrespeitoso empurra-empurra — mesmo para Lula, acostumado a singrar multidões.

Como os estudantes realizavam manifestação pró-aumento do percentual do PIB destinado à educação, Lula considerou justa a reivindicação, mas lá veio o homem falar bem de seu próprio governo. “Nós fizemos 14 universidades federais novas, 126 extensões universitárias, 214 escolas técnicas, um Reuni e ainda o Prouni”, enumerou.

Sobre a honraria oferecida pela Universidade, Lula disse já ter aceitado precisamente 67 títulos como esse. “E vou continuar aceitando os que me forem oferecidos”, afirmou.

E aí, em mais um cenário de sua permanente glorificação, veio à tona a bílis de sempre:

– Certamente existe uma parcela da elite retrógrada deste País que não se conforma. Se eles souberem que vou receber, no dia 27, o título de doutor honoris causa da Sciences Po Paris (Instituto de Ciências Políticas de Paris) é que eles vão ficar doentes. Eu serei o primeiro latino-americano a receber esse título.

Quem, exatamente, não se conforma com essas homenagens? Onde estão as manifestações? Por que Lula não cita um nome, um político, um jornal, uma revista, um jornalista que haja protestado ou ridicularizado diante dessa ou outras honrarias?

Que “elite retrógrada” é essa? As elites adoram Lula. Os banqueiros, por exemplo, nunca ganharam tanto dinheiro na vida como durante os oito anos do lulalato. O ex-presidente é recebido de braços abertos, quase aos beijos, em entidades como a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que frequenta com assiduidade e cujo presidente, aliás, filiou-se ao PSB, partido aliado ao do ex-presidente. Na Universidade, os sindicatos de professores babam diante de Lula e de suas ideias.

Quem é, então, essa elite? De onde procede?

Blog do Ricardo Noblat.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Uma palavra amiga - Padre Juca

Evite deixar seu coração ser conduzido pelo ódio: "daqui por diante, vai ser tudo na base do grito e da violência também"!

Ao contrario, sempre diga: "Deus te abençoe!" Ao invés de rogar praga ou desejar o mal, reze por quem ofendeu e abençoe a quem lhe amaldiçoou.

É claro que se perdoar fosse fácil, Cristo não insistiria tanto na necessidade do perdão. Porem, se não perdoarmos uns aos outros, nem Deus nos perdoará.

"Violência gera violência, todo mundo sabe disso. Mas: a resposta branda aquieta a ira e a palavra dura excita o furor".

domingo, 22 de junho de 2014

Uma palavra amiga - Padre Juca



Algumas pessoas dizem: Perdi meu tempo fazendo o bem". Não vou ajudar mais. Faço tudo pelos outros e nada recebo! É só ingratidão e mais ingratidão.

O que se faz por amor feito está. Não destrua o que você mesmo construiu. É fácil ser bom num ambiente bom, ficar limpo num ambiente limpo, mas o importante é ser bom mesmo num ambiente mau, sujo. Aí é que se vê a profundidade do amor e da personalidade.

Cada caridade que se faz é uma luz que se acende na eternidade. Por isso, nada melhor do que construir a vida passo a passo; um tijolo por dia e, em breve, você terá uma casa, ou seja, uma boa ação por dia e o céu no final da vida.

PTB abandona Dilma e adere a Aécio - O Globo


O PTB decidiu não apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff, depois de ter se comprometido com o PT e de, há um mês, ter oferecido um almoço, na sede do partido, em Brasília, para a presidente. Em nota, assinada pelo presidente nacional do PTB, Benito Gama, a legenda anunciou que integrará a aliança em favor do candidato do PSDB à Presidência da República, senador Aécio Neves.

“Hoje, mais uma vez sintonizada com o desejo de mudanças que vem sendo expressado pela ampla maioria do povo brasileiro, o PTB declara seu apoio ao senador Aécio Neves para as eleições presidenciais desse ano”, diz a nota. “Essa decisão atende o clamor da maioria da bancada federal e de estados, onde os conflitos locais entre PTB e PT ficaram insustentáveis, como, por exemplo, Distrito Federal, Roraima, Piauí e Rio de Janeiro”.

O PT foi surpreendido pela decisão do PTB. Na convenção nacional que vai referendar a indicação da presidente Dilma, neste sábado, ministros e deputados disseram que foram pegos de surpresa e que não estava no radar do governo e do partido perder tão perto do fim do prazo das coligações o apoio do PTB.

O PT não cumpriu nada que prometeu. Só nos empurrou com a barriga - diz um dirigente do PTB.


sábado, 21 de junho de 2014

CARTA DE UMA MÃE..... LOIRA.

Meu querido filho Frederico

Escrevo estas poucas linhas que é para saber que estou viva. Escrevo devagar porque sei que não gosta de ler depressa. Se receber esta carta, é porque chegou. Se ela não chegar, avisa-me que eu mando outra.

O teu pai leu no jornal que a maioria dos acidentes ocorre a 1 km de casa. Por isso, mudamo-nos pra mais longe.

Sobre o casaco que queria, o teu tio disse que seria muito caro mandar pelo correio por causa dos botões de ferro que pesam muito. Assim, arranquei os botões e coloquei-os no bolso. Quando chegar aí, pregue-os de novo.

Outro dia, houve uma explosão no botijão de gás aqui na cozinha. Teu pai e eu fomos atirados pelo ar e caímos fora de casa. Que emoção! Foi a primeira vez em muitos anos que o teu pai e eu saímos juntos.

Sobre o nosso cão, o Rexlino, anteontem foi atropelado e tiveram que lhe cortar o rabo, por isso toma cuidado quando atravessar a rua.

Tua irmã Laura vai ser mãe, mas ainda não sabemos se é menino ou menina. Portanto, não sei se vai ser tio ou tia.

Hoje, teu irmão Valclintone me deu muito trabalho. Fechou o carro e deixou as chaves lá dentro. Tive de ir em casa, pegar a reserva para a abrir. Por sorte, cheguei antes de começar a chuva, pois a capota estava arriada.

Se vir a Dona Rosinha, diz-lhe que mando lembranças. Se não a vir, não digas nada.

Um beijo,
Tua mãe Marcela

PS: Era para te mandar os 300 reais que me pediu, mas quando me lembrei já tinha fechado o envelope.

Uma palavra amiga - Por Padre Juca


Padre Juca.

Uma pessoa passando por perto de uma lata de lixo, viu uma flor que havia sido jogada fora. Penalizou-se e levou aquela flor para sua casa, colocou-a num vaso com água e ela resistiu ainda por muito tempo, trazendo beleza e perfume aquela moradia.

Por isso, mesmo que alguem tenha pensado em atirar sua vida ao lixo, ou você mesmo, levado pelas circunstancias, a tenha deteriorado, ainda é tempo de se retirar deste latão de lixo e ser motivo de beleza, de paz e perfumar a vida de muita gente.

Nunca pense que sua vida perdeu a razão de ser, que não vale mais a pena viver. Mesmo que você tenha sofrido muito, passado por situações deprimentes e humilhantes, encontrado espinhos e desilusões, a sua vida pode ser transformada para melhor. Você ainda tem todas as condições de ser bastante feliz. Se preciso for, leia novamente algumas paginas de "Uma palavra Amiga". Faça sua fé e seu amor renascerem. E que Deus em sua infinita bondade e misericordia, lhe abençoe, tornando você a pessoa mais feliz do mundo.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

O Mineirinho e o Bullyng.

O mineirinho está comendo no balcão de um restaurante de estrada, quando entram três motoqueiros cariocas, tipo "Abutres" (aqueles caras que vestem roupas de couro preto, cheias de coisas cromadas e que gostam de mostrar sua força quando estão em bando).
O primeiro, vai até o mineirinho, apaga o cigarro em cima do bife dele e vai sentar na ponta do balcão.
O segundo, vai até o mineirinho, cospe no copo dele e vai sentar na outra ponta do balcão.
O terceiro, vira o prato do mineirinho e também vai sentar na outra ponta do balcão.
Sem uma palavra de protesto, o mineirinho levanta-se, põe o chapéu de palha e vai embora.

Depois de um tempo, um dos motoqueiros diz ao garçom: Esse sujeito não era homem! E o garçom:
E nem bom motorista. Acabou de passar, com o SCANIA dele, em cima de três motos!!!

Curiosidades: São Raimundo Nonato, padroeiro das mulheres grávidas



A Espanha é o país que mais venera São Raimundo Nonato, lá chamado San Ramón Nonato. As mulheres grávidas são as que mais recorrem a ele. Abaixo, uma das orações mais populares da Espanha, pedindo a proteção de São Raimundo:

Oração para um parto feliz

Oh! santo padroeiro, San Ramon Nonato, modelo de caridade aos pobres e necessitados, aqui estou eu, deitada a vossos pés para, humildemente, implorar a sua ajuda nesta minha necessidade. Como sua maior alegria foi ajudar aos pobres e necessitados da terra, ajude-me, peço-vos, ó glorioso San Ramon, nesta minha aflição. A vós, oh glorioso protetor, vim para que abençoe a criança que carrego em meu ventre. Proteja-me a mim e ao filho do meu coração agora e na hora do nascimento que se aproxima. Em troca, prometo educar meu filho de acordo com as leis e mandamentos de Deus. Escuta a minha oração, meu protetor amoroso, San Ramon, e me faça a feliz mãe desta criança que, espero, possa dar à luz através da sua poderosa intercessão. Amém.

(Tradução e postagem: Armando Lopes Rafael)

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Pai. Estou com fome.


Ricardinho não aguentou o cheiro bom do pão e falou: - Pai, estou com fome!
O pai, Agenor , sem ter um tostão no bolso, caminhando desde muito cedo em busca de um trabalho, olha com os olhos marejados para o filho e pede mais um pouco de paciência. - Mas pai, desde ontem não comemos nada, eu estou com muita fome, pai! Envergonhado, triste e humilhado em seu coração de pai, Agenor pede para o filho aguardar na calçada enquanto entra na padaria a sua frente.
Ao entrar dirige-se a um homem no balcão: - Meu senhor, estou com meu filho de apenas 6 anos na porta, com muita fome, não tenho nenhum tostão, pois sai cedo para buscar um emprego e nada encontrei, eu lhe peço que em nome de Jesus me forneça um pão para que eu possa matar a fome desse menino, em troca posso varrer o chão de seu estabelecimento, lavar os pratos e copos, ou outro serviço que o senhor precisar! Amaro , o dono da padaria estranha aquele homem de semblante calmo e sofrido, pedir comida em troca de trabalho e pede para que ele chame o filho.
Agenor pega o filho pela mão e apresenta-o a Amaro, que imediatamente pede que os dois sentem-se junto ao balcão, onde manda servir dois pratos de comida do famoso PF (Prato Feito) - arroz, feijão, bife e ovo. Para Ricardinho era um sonho, comer após tantas horas na rua. Para Agenor, uma dor a mais, já que comer aquela comida maravilhosa fazia-o lembrar-se da esposa e mais dois filhos que ficaram em casa apenas com um punhado de fubá. Grossas lágrimas desciam dos seus olhos já na primeira garfada.
A satisfação de ver seu filho devorando aquele prato simples como se fosse um manjar dos deuses, e lembrança de sua pequena família em casa, foi demais para seu coração tão cansado de mais de 2 anos de desemprego, humilhações e necessidades.
Amaro se aproxima de Agenor e percebendo a sua emoção, brinca para relaxar:- Ô Maria!!! Sua comida deve estar muito ruim... Olha o meu amigo está até chorando de tristeza desse bife, será que é sola de sapato? Imediatamente, Agenor sorri e diz que nunca comeu comida tão apetitosa, e que agradecia a Deus por ter esse prazer. Amaro pede então que ele sossegue seu coração, que almoçasse em paz e depois conversariam sobre trabalho.
Mais confiante, Agenor enxuga as lágrimas e começa a almoçar, já que sua fome já estava nas costas. Após o almoço, Amaro convida Agenor para uma conversa nos fundos da padaria, onde havia um pequeno escritório. Agenor conta então que há mais de 2 anos havia perdido o emprego e desde então, sem uma especialidade profissional, sem estudos, ele estava vivendo de pequenos biscates aqui e acolá, mas que há 2 meses não recebia nada.
Amaro resolve então contratar Agenor para serviços gerais na padaria, e penalizado, faz para o homem uma cesta básica com alimentos para pelo menos 15 dias. Agenor com lágrimas nos olhos agradece a confiança daquele homem e marca para o dia seguinte seu início no trabalho. Ao chegar em casa com toda aquela 'fartura', Agenor é um novo homem sentia esperanças, sentia que sua vida iria tomar novo impulso. Deus estava lhe abrindo mais do que uma porta, era toda uma esperança de dias melhores. No dia seguinte, às 5 da manhã, Agenor estava na porta da padaria ansioso para iniciar seu novo trabalho.
Amaro chega logo em seguida e sorri para aquele homem que nem ele sabia porque estava ajudando.Tinham a mesma idade, 32 anos, e histórias diferentes, mas algo dentro dele chamava-o para ajudar aquela pessoa. E, ele não se enganou - durante um ano, Agenor foi o mais dedicado trabalhador daquele estabelecimento, sempre honesto e extremamente zeloso com seus deveres.
Um dia, Amaro chama Agenor para uma conversa e fala da escola que abriu vagas para a alfabetização de adultos um quarteirão acima da padaria, e que ele fazia questão que Agenor fosse estudar. Agenor nunca esqueceu seu primeiro dia de aula: a mão trêmula nas primeiras letras e a emoção da primeira carta. Doze anos se passam desde aquele primeiro dia de aula. Vamos encontrar o Dr. Agenor Baptista de Medeiros , advogado, abrindo seu escritório para seu cliente, e depois outro, e depois mais outro.
Ao meio dia ele desce para um café na padaria do amigo Amaro, que fica impressionado em ver o 'antigo funcionário' tão elegante em seu primeiro terno. Mais dez anos se passam, e agora o Dr. Agenor Baptista, já com uma clientela que mistura os mais necessitados que não podem pagar, e os mais abastados que o pagam muito bem, resolve criar uma Instituição que oferece aos desvalidos da sorte, que andam pelas ruas, pessoas desempregadas e carentes de todos os tipos, um prato de comida diariamente na hora do almoço.
Mais de 200 refeições são servidas diariamente naquele lugar que é administrado pelo seu filho, o agora nutricionista Ricardo Baptista. Tudo mudou, tudo passou, mas a amizade daqueles dois homens, Amaro e Agenor impressionava a todos que conheciam um pouco da história de cada um. Contam que aos 82 anos os dois faleceram no mesmo dia, quase que a mesma hora, morrendo placidamente com um sorriso de dever cumprido.
Ricardinho, o filho mandou gravar na frente da 'Casa do Caminho', que seu pai fundou com tanto carinho: Um dia eu tive fome, e você me alimentou. Um dia eu estava sem esperanças e você me deu um caminho. Um dia acordei sozinho, e você me deu Deus, e isso não tem preço.
Que Deus habite em seu coração e alimente sua alma. E, que te sobre o pão da misericórdia para estender a quem precisar!

Historias de varzealegrenses - Antonio Morais

Joaquim Vieira.

Joaquim Vieira do Chico, recebeu do pai a incumbencia de medir um lance de cerca entre propriedades vizinhas. O pai fazia planos de substituir a cerca de madeira por arame e, portanto, precisava saber a quantidade de rolos de arame necessaria para tal fim.

Joaquim foi num pé e voltou no outro. Ao se aproximar do pai falou: pronto meu pai, taí a braça já medir como o senhor pediu. Então o velho perguntou: quantas braças deram? E Joaquim respondeu: e era pra contar.


quarta-feira, 18 de junho de 2014

Um bonito conto - Por Paulo Coelho.

Um homem, seu cavalo e o seu cão iam por um caminho. Quando passavam perto de uma árvore enorme caiu um raio e os três morreram fulminados. Mas o homem não se deu conta de que já tinha abandonado este mundo, e prosseguiu o seu caminho com os seus animais, as vezes os mortos andam um certo tempo antes de tomarem consciência da sua noiva condição.

O caminho era muito comprido e, colina acima, o sol estava muito intenso; eles estavam suados e sedentos. Numa curva do caminho viram um magnifico portal de mármore, que conduzia a uma praça pavimentada com portas de ouro. O caminhante dirigiu-se ao homem que guardava a entrada e travou com ele, o seguinte dialogo: 
- Bons dias.
- Bons dias, respondeu o guardião. 
- Como se chama este lugar tão bonito? 
- Aqui é o céu
- Que bom termos chegado ao céu, porque estamos sedentos! 
- Você pode entrar e beber quanta agua queira. E o guardião apontava a fonte. 
- Mas o meu cavalo e o meu cão também tem sede... 
- Sinto muito - disse o guardião - mas aqui não é permitido a entrada de animais.

O homem levantou-se com grande desgosto, visto que tinha muitissima sede, mas não pensava em beber agua sozinho. Agradeceu ao guardião e seguiu adiante. Depois de caminhar um bom pedaço de tempo, encosta acima, já exaustos os três, chegaram a um outro sitio, cuja entrada estava assinalada por uma porta velha que dava para um caminho de terra ladeado por árvores. A sombra de uma das árvores estava deitado um homem, com a cabeça tapada por um chapéu. Dormia provavelmente.

- Bons dias - disse o caminhante. O homem respondeu com um aceno. 
- Temos muita sede, o meu cavalo, o meu cão e eu. 
- Há uma fonte no meio daquelas rochas - disse o homem apontando o lugar. 
- Podeis beber toda agua que quiserdes. O homem, o cavalo e o cão foram até a fonte e mataram a sua sede. O caminhante voltou atrás, para agradecer ao homem. 
- Podeis voltar sempre que quiserdes- respondeu este.
- A propósito, como se chama este lugar? Perguntou o caminhante. 
- O céu
- Mas, o guardião do portão de mármore disse-me que ali é que era o céu! 
- Ali não é o céu, é o inferno - contradisse o guardião. O caminhante ficou perplexo. 
- Devemos proibir que utilizem o vosso nome! Essa informação falsa deve provocar grandes confusões. Advertiu o caminhante. 
- De modo nenhum - respondeu o guardião - na realidade, fazem-nos um grande favor, porque ficam ali todos os que são capazes de abandonar os seus melhores amigos.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Reescrevendo a História - Por Merval Pereira, O Globo

Reescrever a História é um hábito dos políticos que estão no poder, teimando em fazer valer suas versões sobre o realmente acontecido, especialmente em época de eleição. O ex-presidente Lula é um perito nessa manipulação da História recente, sem se dar conta de que o registro dos fatos, hoje, é bem mais fácil de se fazer. 

A agressão verbal sofrida pela presidente Dilma no Itaquerão, deplorável por todas as razões, está sendo usada de maneira desabrida pelo PT e por seus aliados para uma manobra política, como se fosse agressão à mulher e mãe de família, quando em nenhum momento essas condições estiveram em jogo. Ou então à instituição da Presidência da República, o que é uma bobagem.

O próprio Lula, na eleição de 1989, chamava o então presidente Sarney de ladrão, e depois também o presidente eleito Fernando Collor, que também xingou Sarney. O fato de os três hoje serem do mesmo grupo político diz bem sobre o tipo de política que praticam.

No episódio atual, a presidente Dilma passou a ser tratada como uma senhora frágil e desacostumada a essa linguagem, quando ela própria já demonstrou, em reuniões com ministros e empresários, que sabe lidar com esse tipo de problema. Que o digam os ministros que já saíram chorando de seu gabinete depois de uma boa espinafração.

Lula, então, já tem registrado o seu hábito de falar palavrões em situações de diversos tipos, bastando ler o excelente livro “Viagens com o Presidente”, dos jornalistas Eduardo Scolese e Leonencio Nossa.

Outra releitura é a defesa da tese de que o PSDB tentou um golpe em 2005 para tirar Lula do Palácio do Planalto. O PT, por experiência própria, sabe que corre o risco de perder a eleição de outubro, principalmente devido à inflação, e por isso Lula está inquieto, inventando fantasmas.

Nossas crianças - Enviado por Cesario Saraiva Cruz.


Uma honesta menina de sete anos admitiu calmamente a seus pais que Luis Miguel havia lhe dado um beijo depois da aula.
- E como aconteceu isso? - perguntou a mãe assustada. - Não foi fácil - admitiu a pequena senhorita - mas três meninas me ajudaram a segurá-lo.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Campos diz que ‘raposas já roubaram o que tinham que roubar’no país - O Globo


Apesar de dizer que não ia “cuspir no prato”, o pré-candidato do PSB à sucessão presidencial, Eduardo Campos, afirmou ontem que não fica “mais num projeto comandado por um bocado de raposas que já roubaram o que tinham que roubar”. E disse que é a única vez, após a redemocratização, que o país está sendo entregue ao sucessor em situação pior do que foi recebido.

Campos afirmou que o o Brasil “vai tirar Dilma porque mudança não se faz com o passado, mas com o futuro”. O socialista fez a declaração durante a convenção da Frente Popular, liderada pelo PSB, e que reúne 21 partidos, naquela que é a maior coligação da história política de Pernambuco.


Historias de varzealegrenses - Antonio Morais


André Batista de Menezes e Antônio Morais.


André Menezes, foto acima, cidadão probo, honrado e muito admirado por seus amigos apresentava-se  sempre muito sério e concentrado. Tinha o dom da sabedoria de ouvir mais e falar menos. Certa feita, fez uma viagem de Várzea-Alegre a Fortaleza, em companhia do Viana, filho do Senhor Vandir Viana. A viagem toda, aproximadamente 540 km, permaneceram em silencio. Na passagem pela cidade de Quixadá, houve o presente dialogo entre os dois:

André Menezes - Tu quer mijar?

Viana- Não!

Nossas crianças - Por Cesário Saraiva Cruz.


Todas as crianças haviam saído na fotografia e a professora estava tentando persuadi-los a comprar uma cópia da foto do grupo.
- Imaginem que bonito será quando vocês forem grandes e todos disserem: 'ali está Catarina, é advogada', ou também 'este é o Miguel. Agora é médico'.

Ouviu-se uma vozinha vinda do fundo da sala:
- E ali está a professora. Já morreu.

Dilma no banco - Por Ruth de Aquino, ÉPOCA

Por três vezes, a multidão gritou gol, por quatro vezes mandou Dilma Rousseff tomar no c... Caía por terra o esquema oficial para blindá-la. De pouco adiantou entrar no Itaquerão quase clandestina. Dilma chegou em comboio por uma garagem. Subiu em elevador privativo.

De nada adiantou evitar pronunciamento e quebrar a tradição de Copas do Mundo. Não se anunciou sua presença. Seu nome não foi citado. A imagem de Dilma no telão bastou para detonar o coro ofensivo. Pior que as vaias do ano passado.

O que sentiu a herdeira do ausente Lula? Em seus sonhos, a estreia da Copa no Brasil seria sua consagração e do Partido dos Trabalhadores (PT). O que deu errado?

O primeiro gol contra não foi do Marcelo. Foi do técnico Lula. Há quatro anos, ele convocou como artilheira seu poste querido, inexperiente no gramado político, sem talento para driblar adversidades, sem criatividade para virar um placar, sem carisma para liderar companheiros, sem visão de jogo para lançamentos longos, sem precisão nos cruzamentos, sem vocação para trabalho de equipe. Uma capitã sem a generosidade do passe, sem a humildade da autocrítica, sem o brilho que encanta, sem sorriso, sem suor, sem humor. Dilma foi imposta por Lula até a aliados relutantes.

E, agora, o ex-presidente, corintiano roxo, que pontuou seus dois mandatos com metáforas futebolísticas, se viu coagido a não aparecer no Itaquerão em dia de gala. Ele, que articulou a construção do estádio para sediar a abertura do Mundial, viu o jogo no seu apartamento em São Bernardo, no ABC paulista. Medo de levar rebarba?

domingo, 15 de junho de 2014

O sentido das coisas - Por Merval Pereira, O Globo


Não havia apenas membros das elites brasileiras no estádio, não foram apenas as alas VIPs que xingaram a presidente, e não é nada desprezível o significado político do que aconteceu naquela tarde em São Paulo. A presidente Dilma tem um problema sério pela frente, pois é evidente a má vontade dos paulistas com seu governo e com o PT, provavelmente turbinado pela gestão medíocre do prefeito Fernando Haddad na capital paulista.

As pesquisas estão aí para mostrar que ela perde em São Paulo num hipotético segundo turno, tanto para Aécio Neves quanto para Eduardo Campos. Os xingamentos à presidente tem um lado lamentável relacionado muito mais à nossa civilidade como sociedade do que com o respeito que se deve ter a um presidente da República.

Os xingamentos tornaram-se a maneira corriqueira de expressar desagrados nos campos de futebol do país inteiro, e está longe o dia em que chamar o juiz de ladrão, ou mesmo xingar sua mãe, eram maneiras de protestar. Hoje, qualquer criança, de qualquer nível social ou econômico, tem no xingamento mais vulgar a maneira corriqueira de expressar seu descontentamento nos campos de futebol.

A banalização dos xingamentos, uma violência verbal, juntamente com a violência física, são pragas do nosso futebol que precisam ser extirpadas, e a presidente Dilma foi vítima desse hábito nada educado e rigorosamente condenável. Mas os excessos da multidão, formada por pessoas de todos os níveis sociais, não eximem a presidente de ser merecedora do repúdio expresso pelas vaias e pelos xingamentos.

sábado, 14 de junho de 2014

Pornografia e Política - Por Ruy Fabiano.


A novidade da vaia dada no Itaquerão à presidente Dilma foi o seu teor ofensivo, de baixíssimo calão. Sempre se vaiou tudo num estádio de futebol, mas apenas ao juiz estavam reservados os palavrões mais cabeludos. Dilma foi brindada com a novidade, que Lula, com toda razão, classificou de “falta de educação”.

O estranho, no entanto, é que tal puxão de orelha tenha partido de alguém que, no cargo de presidente da República, quebrou todos os protocolos verbais, chamando seus adversários de “babacas”, proferindo com a maior naturalidade e frequência as expressões mais chulas – como “merda”, “tira a bunda da cadeira” - e reclamando do falso moralismo de quem o criticava.

O presidente da República, seja ele quem for, tem, por força do cargo, papel de referência perante o público. Se ele pode dizer palavrões do alto dos palanques, todos se sentem com o mesmo direito. É ele quem, mais que qualquer outro, estabelece os limites verbais e comportamentais que o público há de seguir.

Deve-se ao PT, aliás, a quebra de todos os limites protocolares na política. Pornografia verbal é sua manifestação menos ofensiva. Quando deriva para atos – e atos com dinheiro público -, eis sua forma mais abjeta e deplorável.

A privatização dos bens públicos, por exemplo. Quando Lula mudou a lei da telefonia e permitiu que seu filho intermediasse a bilionária fusão da Telemar (Oi) com a Brasil Telecom, praticou um ato moral? Antes, a Telemar, da qual o BNDES era sócia, já havia injetado R$ 5 milhões numa empresa de fundo de quintal de Lulinha, a Gamecorp. Isso, sim, é pornografia.


sexta-feira, 13 de junho de 2014

Por ser honesto.


Minha mulher me perguntou:

Com quantas mulheres você já dormiu ?

E, orgulhosamente, respondi:

Só contigo, meu amor. Com as outras, fiquei acordado...

Horario de visitas no Hospital: das 15 às 17 horas.

No frigir dos ovos!

Alguém sabe me explicar, num português claro e direto, sem figuras de linguagem, o que quer dizer a expressão "no frigir dos ovos"?

Resposta:

Quando comecei, pensava que escrever sobre comida seria sopa no mel, mamão com açúcar. Só que depois de um certo tempo dá crepe, você percebe que comeu gato por lebre e acaba ficando com uma batata quente nas mãos. Como rapadura é doce mas não é mole, nem sempre você tem idéias e pra descascar esse abacaxi só metendo a mão na massa.

E não adianta chorar as pitangas ou, simplesmente, mandar tudo às favas.

Já que é pelo estômago que se conquista o leitor, o negócio é ir comendo o mingau pelas beiradas, cozinhando em banho-maria, porque é de grão em grão que a galinha enche o papo.

Contudo é preciso tomar cuidado para não azedar, passar do ponto, encher linguiça demais. Além disso, deve-se ter consciência de que é necessário comer o pão que o diabo amassou para vender o seu peixe. Afinal não se faz uma boa omelete sem antes quebrar os ovos.

Há quem pense que escrever é como tirar doce da boca de criança e vai com muita sede ao pote. Mas como o apressado come cru, essa gente acaba falando muita abobrinha, são escritores de meia tigela, trocam alhos por bugalhos e confundem Carolina de Sá Leitão com caçarolinha de assar leitão.

Há também aqueles que são arroz de festa, com a faca e o queijo nas mãos, eles se perdem em devaneios (piram na batatinha, viajam na maionese... etc.). Achando que beleza não põe mesa, pisam no tomate, enfiam o pé na jaca, e no fim quem paga o pato é o leitor que sai com cara de quem comeu e não gostou.

O importante é não cuspir no prato em que se come, pois quem lê não é tudo farinha do mesmo saco. Diversificar é a melhor receita para engrossar o caldo e oferecer um texto de se comer com os olhos, literalmente.

Por outro lado se você tiver os olhos maiores que a barriga o negócio desanda e vira um verdadeiro angu de caroço. Aí, não adianta chorar sobre o leite derramado porque ninguém vai colocar uma azeitona na sua empadinha, não. O pepino é só seu, e o máximo que você vai ganhar é uma banana, afinal pimenta nos olhos dos outros é refresco...

A carne é fraca, eu sei. Às vezes dá vontade de largar tudo e ir plantar batatas. Mas quem não arrisca não petisca, e depois quando se junta a fome com a vontade de comer as coisas mudam da água pro vinho.

Se embananar, de vez em quando, é normal, o importante é não desistir mesmo quando o caldo entornar. Puxe a brasa pra sua sardinha, que no frigir dos ovos a conversa chega na cozinha e fica de se comer rezando. Daí, com água na boca, é só saborear, porque o que não mata engorda.


quinta-feira, 12 de junho de 2014

Salve Joaquim Barbosa - Por Antonio Morais


Enquanto as autoridades honradas, honestas e decentes o recebem  como simbolo, como medida padrão da moral e dos bons costumes, os cafajestes, os bandidos ratazanas, condenados ou não, se insurgem contra esse simbolo da autoridade legal do Brasil. 

Travessuras de Lampião - Por Antonio Morais


O meu trisavô Pedro Alves de Morais, o conhecido Pedrinho do Sanharol, teve quatro filhos de seus dois casamentos. Três do primeiro com Maria Leandro Bezerra, filha de Manuel Leandro Bezerra, e hum do segundo casamento com Maria Alves Bezerra, filha de Mariana de Morais Rego. As duas esposas eram suas sobrinhas legitimas. Isso na década de 30 do seculo passado.

Nesta mesma época, vivia a espalhar o terror pelos sertões nordestinos o famigerado Lampião e seu bando.
Certa noite, ouviu-se um baticum de zabumba para os lados da residencia de um morador do velho Pedrinho. Pum..Pum...Pum...Anunciava-se um rela bucho, um tarrabufado. Pedrinho falou para o filho mais velho: Manoel vá furar aquele zabumba! Manoel não mediu distancia, foi num pé e voltou noutro, e, o zabumba continuou pum...pum...pum. Assim sucedeu com os outros três filhos do velho Pedro, e, o danado do zabumba continuava pum...pum...pum...

Pedrinho se aluiu da rede, pôs o palitó, a garruncha na cintura e disse para a esposa: deixa eu ir furar aquele zabumba que esses nossos filhos não são homens não! Foi e voltou e o zabumba continuou - pum...pum...pum...

Então a esposa perguntou: Pedrinho e você não furou o zabumba não? A resposta não tardou: Maria e você acha que eu ia atrapalhar a brincadeira que Lampião estava fazendo com os amigos na casa de compadre José Joaquim?

Isso não dar certo - Antonio Morais


Quando começaram a pipocar os escândalos de corrupção  no governo Lula eu comentava  dizendo  nos veículos  de comunicação, blogs  e redes sociais: "Isso não dar certo".

Sofri todo tipo de agressão  dos adeptos  da seita lulista. Amigos  que os tinha como amigos, apesar de não os serem, apelaram para a intriga. Fui excluído do quadro de colaboradores de blogs de circulação regional.

Não tenho duvidas: eu estava certo. O que vemos hoje?  Os figurões do PT no xadrez, condenados pela mais alta corte de justiça do Brasil, apesar  das conspirações e investidas do ex-presidente Lula no sentido de desmoralizar a justiça e impedir  o julgamento e o cumprimento da sentença.. 

A presidente Dilma vive enfurnada  na camarinha do Palácio do Planalto, não pode  botar o "fucin" fora que é  vaiada, xingada e debochada.

Pra quem  ainda  entende  que opinião publica é balela e que  tem a capacidade de enganar o povo o tempo todo, fica  aqui  outro ditado que também usei nas minhas intervenções: "pra frente é que as malas  batem". 

Amor - Por Rosa Avello.

Escarafunchar o passado do parceiro não leva a nada e gera sofrimento. Por insegurança, certas pessoas tornam-se investigadoras obsessivas das antigas relações de seus companheiros e isso é uma tremenda bobagem. Primeiro, porque todos mudamos com as nossas experiências. Segundo, porque cada relacionamento amoroso é único. Quem insiste nessa pratica perde de vista o presente e, com ele, a oportunidade de uma conciencia plena.

Quando se tem demasiada curiosidade acerca das coisas que se faziam no passado, fica-se quase sempre na grande ignorância das que tem lugar no presente. A fase do filosofo francês Renê Descartes chama a atenção para uma atitude extremamente danosa aos relacionamentos afetivos: escarafunchar o passado do parceiro. Mais comum do que seria desejado, esse mau habito nasce da crença nas palavras de outro filosofo Chinês Confúcio : Se queres prever o futuro, estuda o passado.

Embora esta pareça ser uma sabia verdade, ou, mais especificamente, as relações passadas de nosso parceiro costumam fazer mais mal do que bem a relação. Partindo do pressuposto de que somos seres inteligentes e, como tal, aprendemos e somos transformados por nossos erros e acertos, de que adianta remexer no passado? Afinal ele foi vivido por uma pessoa que já não somos mais. Estamos hoje mudados por nossas experiências.

Você certamente diria: Mas tem gente que não muda. É verdade. Porém, mesmo nesse caso, o passado não importa muito. Num relacionamento amoroso, o modo de ser de um tem efeito direto sobre o do outro. A cada nova relação vivida abrem-se possibilidades de mudança e de troca que antes inexistiam. De nada vale, portanto, analisar um modo de ser que resultou da união de nosso parceiro ou parceira com outras pessoas, diferentes de nós.

Investigar o passado da cara metade nada mais é do que um sinal de insegurança, de medo de sofrer. É uma atitude tipica de quem não tem critérios próprios ou não valida as próprias referencias, de quem pensa em comparar o que foi com o que está sendo para avaliar quase plena é a sua entrega atual - o que obviamente não tem nenhum fundamento.

Querer saber o passado do outro para diminuir a chance de sofrimento revela despreparo para a vida afetiva. Para viver plenamente uma relação é preciso enxerga-la sempre como uma experiência única - e, entregar-se a ela como tal.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Insatisfação humana.


Há gente preocupada com o que os outros pensam a seu respeito. Nada mais errado. Nunca se preocupe com o pensamento negativo dos outros a seu respeito. A critica tem sido, ao longo do tempo um desafio muito grande para muitos e caminho de destruição para outros. Quem se preocupa com o que dizem a seu respeito parou no tempo e dificilmente alcançará aqueles que não deram ouvidos as maledicências de terceiros.

A propósito da maledicência, conta-se uma velha historia de um velho, de um menino, e de um burro. Certa feita, um velho saiu a caminho montado num burro, indo o menino atrás dele, a pé. Ao se aproximar de uma aldeia, ouviu o povo que o criticava dizendo: Mas que velho mais egoísta. Ele vai tranquilamente montado no aminal enquanto a pobre criança curte sol inclemente, acompanhando a pé. Passando a aldeia, o velho desceu do burro e colocou o menino sobre o animal. Chegando perto de um povoado, algumas pessoas estavam prontas para criticar: Mas que menino desalmado, tão cheio de saúde, vai tranquilamente montado, enquanto o pobre velho vai a pé esfolando os pés sob este sol escaldante.

Preocupado, o velho, depois de passar pelo povoado, montou de novo no animal, e juntamente com o menino, seguiu seu caminho. Ao chegar na cidade, ouviu os comentários: mas que falta de humanidade, um homem vigoroso e um menino forte, esfolando o lombo do burro, quando podiam poupar o infeliz animal. Próximo de um riacho, onde o velho se deteve para beber água, começou a meditar: Se eu monto, reclamam que o menino é vitima. Se o menino monta e eu vou a pé, dizem que o menino é desalmado. Se os dois montamos, o burro passa por mártir. Afinal, o que essa gente quer? Partiu ele, então, para a única alternativa que lhe parecia mais lógica para agradar a todos. Seguiram viagem, mas desta vez sem que nenhum dos dois montasse no burro. Assim a entrada da ultima aldeia, o velho e o menino vinham a pé na frente, puxando o burro pelo cabresto, que caminhava tranquilamente sem o peso da montaria. O velho achou que desta vez o deixariam em paz, mas isso não aconteceu, por que entre risos irônicos, o povo comentava: Mas que idiotas, esse velho e esse menino, com um burro tão forte para transportá-los, caminham a pé, esfolando os pés e queimando-se ao sol enquanto que o animal recebe às vezes de rei! Moral da historia: não há quem possa atender a insatisfação das pessoas. Se tentarmos enlouqueceremos.

Quando o bom exemplo é dado.


Vale a pena lê.
Devia estar assim pelos nove anos – um talento, um gênio em matéria de maroteira. Papai me ensinara, há muito, a marca ou código da loja. Em cada letra um valor determinado, de 1 a zero. Aconteceu que certo dia, numa dessas ”ciestas” de papai, apareceu um caboclo da Serra dos Cavalos, todo jegue, leso e perfeito bestalhão, que, aos meus olhos de psicólogo e ladrãozinho, parecia ser uma boa isca. Perguntou se tinha riscado nacional e pediu para ver. Apanhei umas peças do tal riscado e, com sacrifício, dado o peso, botei-as no balcão. Olhou um cinzento com listrinhas azuis e gostou. Correu a unha na fazenda para ver se era encorpada e... gostou mais, ainda. Já eu havia reparado o preço, escrito a tinta, no rotulo da peça. Lá estavam claras, visíveis e bonitas as duas letrinhas – CS mil e quinhentos, o metro. Quando perguntou o preço, não tive duvida e sapequei: mil e seiscentos. Ele olhou para mim e disse, titubiando – Mas, seu Ferreirinha vende a mil e quinhentos. Tanto bastou para que eu lhe dissesse: Papai só tem um preço e aqui está marcado mil e seiscentos. Olhe aqui. E lhe mostrei, com toda minha sem vergonhice de menino safado, o CS – grande, claro, inconfundível. Diante de tão justa e honesta explicação, mandou que eu medisse 6 metros, entregando os pontos. No exato fim da medida, dei o talho de tesoura e, como não tinha forças para rasgar o pano, pedi-lhe que o fizesse. Dobrei a fazenda, em porções de metros, como aprendera, fiz um pacote decente, passei um cordão e entreguei. Recebi uma cédula de dez mil reis e, na minha cabeça, a conta já estava feita: nove mil e seiscentos... devo voltar quatrocentos reis. Guardei a cédula na gaveta e lhe dei, com a cara mais lisa desse mundo, um patacão de cruzado.
Quando papai chegou e eu fui prestar contas do apurado feito, lá no meio de um maço de pregos, uma enxada, duzentos reis de azeite doce, estavam os 6 metros de riscado nacional, vendido a mil e seiscentos. Papai olhou para mim, solene, e perguntou, muito serio: Seu José... já sabia, havia alguma coisa troncha, qual é o preço do riscado nacional? Mil e quinhentos lhe respondi eu e, continuei: mas, o freguês tinha cara de besta e lhe vendi mais caro!
E aqui tem preço pra quem é besta e pra quem não é? Você conhece esse freguês? Vá pela rua, procurá-lo, devolva-lhe seis seiscentos reis, lhe explique o preço real, peça desculpas. Depois, venha conversar comigo. Entregou-me duas moedas e me despachou com um olhar, a um tempo, decepcionado e decepcionante. Pouco depois, encontrei o homenzinho e lhe entreguei as gaitas solenemente roubadas. Voltei a loja, envergonhado da sujeita cometida e ouvi o sermão da montanha... que foi seguido de seis magistrais bolos, com que Dona Régua me ensinava que os preços de seu Ferreira deviam ser respeitados. Nos dias atuais, com a falta de escrúpulo e de honestidades reinantes, o balconista teria recebido abraços e seu paizinho, diria esta linda frase: Este menino vai longe, nasceu para o comercio. Graças ao bom Deus.