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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 25 de janeiro de 2015

Cadê Dilma? Não foge, não, Dilma! - Por Ricardo Noblat

O ministro Pepe Legal – ou melhor: Pepe Vargas, das Relações Institucionais – avisou, avisou, avisou... Que não vai rolar nova CPI para investigar a roubalheira na Petrobras. Não vai rolar.

Basta! O caso já mereceu duas CPIs. Uma mista, formada por senadores e deputados. Outra formada só por deputados. Essa praticamente não funcionou.

A outra funcionou sobre o estrito controle do governo por meio dos seus áulicos no Congresso. E sabem no que deu? Em nada. Deu em nada. Sequer serviu para a oposição fazer barulho.

E assim foi apesar da presidente Dilma Rousseff, na época em que ainda precisava falar com jornalistas para se reeleger, ter ficado rouca de repetir que queria a verdade sobre a Petrobras.

Não importava quanto custaria. Ela, a presidente da República, ex-presidente do Conselho de Administração da Petrobras, ex-ministra das Minas e Energia, queria a verdade custasse o quanto custasse.

Era lorota, como se viu. Continuará sendo lorota caso Dilma volte a comentar o assunto. Está difícil. Ela foge dos jornalistas desde o final do ano passado. Não quer se juntar com notícias ruins. Só com boas.

E como as boas andam escassas... Há razões de sobra para que se instale uma terceira CPI da Petrobras.

Do encerramento das duas primeiras para cá, muita lama veio à tona comprometendo a imagem daquela que já foi uma das maiores empresas do mundo. A Era PT conseguiu rebaixá-la.

CPI é instrumento de investigação da minoria. Não perde a validade só porque o Ministério Público e a Polícia Federal saíram na frente das apurações.

O silêncio de Dilma, e a fuga à obrigação de oferecer rotineiras explicações ao distinto público, só conspiram para reduzir sua aprovação. É o que restará demonstrado pelas próximas pesquisas.

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