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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 13 de março de 2015

Dilma pode entrar no livro dos recordes com uma avaliação negativa. Por que não? - Por Ricardo Noblat

Será tão difícil assim para a presidente Dilma, seus principais auxiliares, o ex-presidente Lula e o PT admitirem que a insatisfação generalizada dos brasileiros se deva acima de tudo ao fato de que se sentem enganados?

Acreditaram no que ouviram principalmente de Dilma – que o país ia bem; que ela não deixaria que ele se desviasse do rumo seguro do crescimento; e que votar na oposição seria pôr tudo a perder. Tudo que fora conquistado nos últimos 12 anos.

E deu no que deu. A perda do poder dos salários só fez aumentar. Assim como aumentaram preços que estavam sendo “administrados pelo governo”.

Isso quer dizer: preços que o governo segurou para Dilma poder se eleger. Soltou depois.

É só o que basta para entender o que se passa. O resto é firula. E, no caso do PT que se esgoela para negar o inegável, o resto é mais uma tentativa de se enganar e de enganar o distinto público. Não aprende. Mente para justificar mentiras.

Anotem o que o PT e sua turma dirão se as manifestações contra o governo no próximo domingo forem um sucesso: bem, pior não poderá ficar. Daqui para frente, Dilma irá se recuperar na avaliação dos brasileiros. Esperem para ver.

A seis meses de sua queda, Fernando Collor tinha 15% de ótimo e bom. E havia metido a mão na poupança dos brasileiros, congelando-a.

Há menos de três meses de empossada, Dilma tem 7% de ótimo ou bom, segundo Merval Pereira, de O Globo.

Corre o risco de entrar para o livro dos recordes como o primeiro presidente a exibir uma avaliação negativa. Faria algum sentido.

Se o crescimento do país no ano passado foi negativo, por exemplo, por que a avaliação de Dilma também não poderia ser?

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