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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 10 de março de 2015

Para Lula, Dilma deveria avaliar reforma ministerial já - Por Daniela Martins.

Protestos na hora do pronunciamento surpreenderam Planalto. Em conversas reservadas, o ex-presidente Lula tem dito que a presidente Dilma Rousseff deveria avaliar a possibilidade de fazer uma reforma ministerial. Para ele, o atual ministério, que tem apenas dois meses e alguns dias, envelheceu precocemente.

Uma reforma ministerial seria feita para recompor pontes com o PMDB, dando ao vice-presidente Michel Temer maior espaço no governo e até uma eventual pasta, como aconteceu com o vice José Alencar, que foi ministro da Defesa no governo Lula. Há possibilidade de Lula e Dilma se encontrarem amanhã em São Paulo.

O Planalto insistiu na ideia de que a lista de Janot dividiria a crise com o Congresso e que isso seria bom para Dilma. A crise se estendeu ao Congresso, mas piorou politicamente a situação da presidente. Ou ela recompõe de verdade a sua relação com o PMDB ou vai enfrentar uma série de derrotas no Congresso que agravarão a crise.

O governo errou ao achar que poderia empurrar a crise para o Congresso. Isso irritou os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), porque foi uma demonstração de inabilidade política da presidente Dilma e de seus ministros.

No entanto, Renan e Cunha tiveram uma reação mais política do que jurídica ao apontar suposta perseguição política do Ministério Público e uma ação do governo para colocá-los na lista. Renan e Cunha precisam dar explicações para as acusações. Ameaçar retaliar o governo no Congresso, a partir da posição de comando que eles possuem, seria um abuso político de suas atribuições. É preciso serenidade na condução da Câmara e do Senado.

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