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Dom Helder Câmara


quarta-feira, 18 de março de 2015

Pesquisa Datafolha: Reprovação de Dilma aumenta em todas as regiões e segmentos sociais do país e atinge 62% - PorRicardo Noblat


Para não dizer que não, tem uma notícia boa, sim, para a presidente Dilma Rousseff na pesquisa do instituto Datafolha publicada, hoje, pelo jornal Folha de S. Paulo: a aprovação do Congresso é menor do que a dela.

Ouvidos 2.842 eleitores em todo o país nas últimas 48 horas, apenas 9% consideram ótimo ou bom o desempenho do Congresso. Para 50% deles, o desempenho é ruim e péssimo. Quanto a Dilma...

No terceiro mês do seu segundo mandato, 62% dos brasileiros classificam como ruim ou péssima a gestão de Dilma. Somente há 22 anos, quando Collor estava perto de ser deposto, houve uma desaprovação maior. A dele chegou a 68%.

A impopularidade de Dilma subiu de fevereiro para cá 18 pontos se comparada à pesquisa anterior do próprio Datafolha. Somam 13% os que consideram o governo de Dilma ótimo ou bom.

A mais baixa taxa de aprovação de Lula nos seus dois governos foi de 28% em dezembro de 2005, ainda por efeito do escândalo do mensalão – o pagamento de propina a deputados federais para que votassem como o presidente queria.

A de Itamar Franco foi de 12% antes do lançamento do Plano Real, em 1993. Em 1999, depois da desvalorização do real como moeda, a aprovação de Fernando Henrique Cardoso desabou para 13%.

A popularidade de Dilma está indo para o buraco em todas as regiões do país e em todos os segmentos sociais.

As taxas mais altas de rejeição dela estão nas regiões “Centro-oeste (75%) e Sudeste (66%), nos municípios com mais de 200 mil habitantes (66%), entre os eleitores com escolaridade média (66%) e no grupo dos que têm renda mensal familiar de 2 a 5 salários mínimos (66%)”, segundo a Folha.

A maior taxa de aprovação está na região menos populosa do país – o Norte, com 21%. No Nordeste, que ajudou a eleger e reeleger Dilma no ano passado, agora só 16% dos seus habitantes aprovam o governo de Dilma. ¨

De 0 a 10, Dilma obteve nota 3,7.

“Com exceção dos simpatizantes do PT e de seus próprios eleitores, todos os demais segmentos socioeconômicos, políticos ou demográficos reprovam majoritariamente o desempenho de Dilma. Mesmo nos estratos mais beneficiados pelas políticas sociais do governo, a rejeição disparou”, escrevem Mauro Paulino, Diretor-Geral do Datafolha, e Alessandro Janoni, Diretor de Pesquisas.

De 55% em fevereiro, passou para 60% o índice de pessimismo dos brasileiros com o futuro próximo da economia. É o índice mais alto desde 1997, no governo Fernando Henrique.

O desemprego tende a aumentar (69%). Bem como a inflação (77%).

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