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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 9 de março de 2015

Planalto está perplexo com afastamento do PMDB e derrotas no Congresso - Blog do Camarotti.



Inicialmente, o Planalto trabalhava com o cenário de que a revelação dos nomes de políticos envolvidos no escândalo de corrupção na Petrobras iria enfraquecer aliados e o Congresso Nacional. E com isso, o governo iria retomar o controle da pauta legislativa. 

Mas, nas palavras de um ministro petista, está acontecendo exatamente o contrário. O PMDB tem culpado nos bastidores o governo pela inclusão de caciques do partido na lista do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. E com isso, tem feito um movimento claro de aliança com a oposição, especialmente o PSDB, para emparedar o Planalto e o PT.

Isso ficou claro hoje na CPI da Petrobras, quando, por determinação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, houve a criação de quatro sub-relatorias, esvaziando o poder do relator petista, Luiz Sérgio. O que se viu na CPI foi mais um movimento de isolamento do Palácio do Planalto, o que tem agravado a crise política. 

O governo tem sofrido sucessivas derrotas no Congresso, como a aprovação de mais uma etapa da PEC da Bengala, que amplia de 70 para 75 anos a idade máxima para a aposentadoria de ministros de tribunais superiores. Se confirmada em nova votação na Câmara, a presidente Dilma Rousseff deve deixar de indicar cinco novos ministros do STF, já que as aposentadorias serão adiadas. 


A decisão de Renan Calheiros de devolver a MP que revê as desonerações da folha de pagamento de vários setores da economia já tinha acendido a luz amarela no Planalto. O governo teme novas derrotas, já que perdeu o controle da base aliada. Mas com uma articulação política capenga, comandada pelo chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, a presidente Dilma ainda não sabe como reagir.

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