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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Encerramento de atividades do Blog - Por Antonio Morais


Quando nascemos abrimos os olhos para o mundo, dentro de um ambiente que se nos vai tornando familiar, à proporção que os anos passam e à medida que nos vamos integrando nele. Tudo em torno de nós começa, aos poucos, a fazer parte da nossa própria vida até que, toma aspecto comum, sem que disso nos vamos dando conta.
A vida decorre placidamente, entremeada apenas por ligeiros encrespamentos, quando o próprio acervo do teatro em que nos movimentamos, desperta, e sai da sua casa quase letargia. Nossa imaginação se perde em fantasiar uma vida mais ativa, mais cheia de imprevistos que nos proporcione algo mais palpável, para satisfazer os nossos anseios. O tempo passa, os primeiros arroubos são amortecidos e aí, então, acontece o que não esperávamos. Basta que distanciemos da paisagem amiga que nos acolheu e abrigou para que comecemos a sentir nostalgia e darmos vida a aquilo que, às vezes, passava despercebido. Longe começamos a rever, na imaginação, nos mínimos detalhes, aquele todo que nos pareceu tão igual, invariável e quase insignificante. Sentimos algo se movimentar dentro de nós, uma sensação esquisita, agradável e benéfica que faz com que nos transportemos, pelo espaço ilimitado, e nos façamos presente ao tempo longínquo. Assim é que sem sabermos por que, aquelas pequenas coisas que nada significavam outrora, atuam em nosso espírito e despertam sentimentos que não supúnhamos fossem capazes de existir.

Passamos a viver com a sombra das imagens de tudo que deixamos para trás, e a dar vida e movimento ao que, ate então, estava inanimado. Vêem-se recordações do tempo de nossa infância em que, livres e despreocupados, percorríamos alegres as veredas do incógnito para atingimos uma meta até certo ponto imaginaria. Chegamos à quadra da nossa juventude quando os sonhos e as ilusões preenchiam totalmente aquela existência descuidada. Entramos então na realidade presente e vemos que todos esses pensamentos, que povoam o nosso cérebro cansado, são resultantes da saudade que nos atinge.
Começamos a nos interessar por informações que constam do nosso banco de dados, algumas delas contemporâneas, vividas e outras repassadas em conversas com pessoas que já não se encontram em nosso meio. Na ausência de registros oficiais, essas informações verbais vão surgindo, pouco a pouco, e muitas vezes bem ao gosto das conveniências e dos interesses de cada época e cada povo, tornando-se reais para as gerações futuras.

O Blog do Antonio Morais será um arquivo com informações onde poderemos encontrar algumas passagens da historia de minha terra Várzea-Alegre.

Aos meus netos Ana Thays, João Pedro, Aluísio, Flora e os que vierem depois deles.

Um arquivo  genealógico com  informações importantissimas da  historia religiosa e politica da cidade.

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1.300.000 acessos.

Estamos encerrando as atividades com o mesmo texto que postamos no seu inicio  em 21  janeiro de 2009.

Obrigado a todos que direta ou indiretamente contribuíram com  coletânea de costumes e verve de nossa gente alegre e feliz.

Paz e bem a todos.

Antonio Alves de Morais

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Fechando o cerco - Por Merval Pereira.


Se Lula desconfiava, conforme relatos, de que o objetivo final da Operação Lava-Jato é ele, ontem deve ter tido certeza disso. Nunca a Operação Lava-Jato chegou tão perto dele, por enquanto apenas na retórica de seus procuradores ou do próprio Juiz Sérgio Moro, mas com ações que se aproximam cada vez mais de denúncias que envolvem diretamente Lula no esquema de desvio de dinheiro da Petrobras.

O procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima, afirmou em entrevista coletiva para explicar a nova fase – sugestivamente chamada de “Nessum Dorma” (“Ninguém dorme”) - que ‘não tem dúvida nenhuma’ de que os escândalos de corrupção da história recente do País – Mensalão, Petrolão e Eletronuclear – tiveram origem na Casa Civil do Governo Lula, cujo titular mais famoso, o ex-ministro José Dirceu, está preso pela segunda vez.
  
Ele não apenas insinuou, mas garantiu que as investigações indicam que foi montado um esquema de compra de apoio político para o governo federal conectados entre si desde o mensalão, pela mesma organização criminosa e pessoas ligadas aos partidos políticos.

Já o juiz Sérgio Moro escreveu em um de seus despachos condenado o ex-tesoureiro do PT João Vaccari que “(...) A corrupção gerou impacto no processo político democrático, contaminando-o com recursos criminosos, o que reputo especialmente reprovável. Talvez seja essa, mais do que o enriquecimento ilícito dos agentes públicos, o elemento mais reprovável do esquema criminoso da Petrobras, a contaminação da esfera política pela influência do crime, com prejuízos ao processo político democrático. A corrupção com pagamento de propina de milhões de reais e tendo por consequência prejuízo equivalente aos cofres públicos e a afetação do processo político democrático merece reprovação especial."

 Juntando-se essas afirmações ao fato de que a operação “Nessun Dorma” apura a propina na Diretoria Internacional da Petrobras de 2007 a 2013, ocupada por Nestor Cerveró, que negocia uma delação premiada com o Ministério Público, tem-se que além das negociatas da Eletronuclear, estão sendo investigadas ações como o superfaturamento do contrato da sonda Vitória 10.000 que, segundo Cerveró, foi feita a mando do próprio presidente da Petrobras à época, José Sérgio Gabrielli, para saldar dívidas de campanha de Lula com o grupo Schahin.

Na proposta de Cerveró para a delação premiada, que ainda não foi aceita, ele afirma que Gabrielli lhe disse que a ordem veio “do homem lá de cima”, numa referência clara ao então presidente Lula.

O operador Julio Camargo, em cuja delação premiada aparece a acusação ao presidente da Câmara Eduardo Cunha, disse que representava a Samsung na transação do navio-sonda Vitória 10?000 e confessou ter pago 25 milhões de dólares a diretores e intermediários, incluindo aí o próprio Cerveró.

O ex-diretor da área internacional contou aos procuradores da Operação Lava-Jato que os contratos de compra e operação da sonda Vitória 10?000 foram direcionados à construtora Schahin com o propósito de saldar dívidas da campanha presidencial de Lula, em 2006 com o banco do mesmo nome.

Esse caso está ligado a outro, mais nebuloso, envolvendo o assassinato do prefeito Celso Daniel, e foi revelado à época do mensalão numa tentativa mal sucedida do lobista Marcos Valério de fazer uma delação premiada para se livrar da penas de mais de 40 anos a que foi condenado na ocasião.

Ele revelou que foi procurado pelo PT para pagar uma quantia em dinheiro a uma pessoa que ameaçava revelar detalhes do caso Celso Daniel, acusando líderes do PT pela morte. Segundo ele, que teria se recusado a entrar no esquema, coube ao pecuarista José Carlos Bumlai, amigo pessoal de Lula, fazer o pagamento, pelo qual contraiu um empréstimo de 6 milhões de reais no Banco Schahin, quantia que teria sido paga como parte da propina da sonda.

O próprio Milton Schahin admitiu ter emprestado 12 milhões de reais ao amigo de Lula, em declarações à revista Piaui, mas diz que não é obrigado a saber o que  faria com o dinheiro. Bumlai era a única pessoa que tinha autorização para entrar no Palácio do Planalto a qualquer hora, sem audiência marcada, de acordo com um aviso que havia na portaria do Palácio, com sua foto para que não houvesse engano.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

O que Lula não tem - Por Ricardo Noblat


Viver é muito perigoso. Mas viver no limite da irresponsabilidade é muito mais. Há quem goste. Soa como um desafio.

Exemplo: quanto não deve excitar Lula a proximidade da sombra da Lava Jato?

As informações reunidas pelo juiz Sérgio Moro comprometem Lula com o que começou de fato a acontecer durante o seu segundo governo. Era preciso pagar dívidas da campanha de 2006. A saída? Roubar a Petrobras.

Lula é um sobrevivente (cuidado com sobreviventes. Acham-se capazes de tudo).

Sobreviveu à seca no Nordeste, à miséria em São Paulo, aos riscos da vida sindical na ditadura de 64, e a três derrotas seguidas para presidente.

O candidato antes favorável à limitação do direito de propriedade privada, ao aborto e à estatização dos bancos, virou o Lulinha Paz e Amor e, afinal, elegeu-se.

Um dos segredos do seu sucesso: a falta de princípios. Poderia repetir a sério o que o comediante norte-americano Groucho Marx afirmou fazendo graça: “Esses são meus princípios. Mas se você não gosta deles, tenho outros”.

Lula por ele: “Sou uma metamorfose ambulante”. Lula por Hélio Bicudo, fundador do PT: “Ele só está em busca de vantagem para ele e para sua família”.

Na semana passada, Lula reuniu-se com Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados. Pediu-lhe que segurasse qualquer pedido de impeachment contra Dilma.

Indecorosa atitude! Um pedido de impeachment que respeite os preceitos legais deve ser mandado adiante. O presidente da Câmara exorbitaria dos seus poderes se o retivesse.

Se sabe disso, Lula não se importa. No seu primeiro governo, telefonou para José Viegas, Ministro da Defesa, intercedendo pelo advogado Roberto Teixeira. Havia morado de graça em um apartamento dele em São Bernardo.

Pediu a Viegas para facilitar a vida de Teixeira, interessado nos espaços ocupados pela massa falida da Transbrasil em aeroportos país a fora. Um ótimo negócio.

A Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT condenado no caso do mensalão, Lula pedia para esconder acesa a cigarrilha que fumava quando era alvo de fotógrafos.

Ao senador que o procurou em 2006 dizendo que Marcos Valério, operador do mensalão, queria dinheiro para ficar calado, Lula limitou-se a perguntar: “Você procurou Okamotto?” Paulo Okamotto, hoje, preside o Instituto Lula.

Valério jamais abriu a boca. Quando tentou era tarde. Pegou 40 anos de cadeia.

Lula escapou depois de se dizer traído pelos mensaleiros e entregar a cabeça de José Dirceu.

Nega-se a admitir que o mensalão existiu. Mas pediu o voto de quatro ministros do Supremo Tribunal Federal em favor dos mensaleiros. Um dos ministros: Gilmar Mendes.

O mesmo que assistiu, certa vez, a uma cena inesquecível. Estava na antessala do gabinete de Lula, no Palácio do Planalto, quando o viu sair acompanhado de José Sérgio Gabrielli, então presidente da Petrobras.

“Veja só, Gilmar. Um Procurador da Fazenda, no Rio, está chantageando a Petrobras”, narrou Lula. “Eu falei pro Gabrielli: Por que você não manda grampear ele?” Grampo é crime.

Lula não vê nada de mais em ter informado ao Exército, ao completar 18 anos, que media dois centímetros a mais do que media. Não se conforma em ter menos de um metro e setenta.

Nem vê nada demais no fato do seu filho mais velho ter enriquecido enquanto ele presidia o país.

Lula considera natural ter enriquecido prestando serviços a empresários, e de nessa condição aspirar a um novo mandato de presidente.

Ilegal não seria. Seria simplesmente  imoral.

sábado, 19 de setembro de 2015

Lula diz que a situação de Dilma “é gravíssima” - Ricardo Noblat

No que é mesmo que Lula ajuda Dilma quando vazam comentários feitos por ele durante encontros com seguidores e aliados?

Quase sempre o que ele diz, ou a maioria das coisas que diz, só serve para enfraquecer Dilma. E ele continua a dizê-las apesar disso.

Não foi assim em junho último quando Lula afirmou a um grupo de religiosos que Dilma e ele estavam no volume morto, e o PT abaixo do volume morto?

Na ocasião, ele acusou Dilma de ter mentido muito para se reeleger, criticou o governo por ineficiente, e se queixou de ser pouco escutado pela presidente.

Ele fala, fala, ela escuta, mas não faz o que Lula manda. Em resumo seria isso. De fato, é isso. Aconteceu outra vez nesta semana.

Lula desembarcou em Brasília com o propósito de sugerir a Dilma mudanças na política econômica, na composição do governo e no relacionamento com os partidos aliados.

Se dependesse dele, Joaquim Levy deixaria o Ministério da Fazenda para Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central no governo Lula; haveria nova inflexão na política econômica na direção da aposta no consumo; e Aloizio Mercadante acabaria defenestrado da chefia da Casa Civil.

No lugar dele entraria Jaques Wagner, atual Ministro da Defesa, homem de confiança de Lula, mas com fama de não gostar de pegar no pesado.

A coordenação política do governo seria entregue ao PMDB. E Dilma procuraria atuar mais afinada com seu vice Michel Temer.

Nada disso aconteceu ou acontecerá.

Então para não parecer que já não manda tanto assim em Dilma, Lula deixou vazar que viajará aos Estados em defesa do ajuste fiscal – logo do ajuste que ele tem condenado duramente entre amigos.

Deixou vazar também que pediu a Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, para segurar qualquer pedido de impeachment contra Dilma. E por qual motivo?

Porque se Eduardo não segurar, o impeachment irá adiante com o apoio das ruas. Afinal, como teria dito Lula a Eduardo, a situação de Dilma “é gravíssima”.

É ou não é procedimento de quem está realmente interessado em fortalecer a presidente?

Foi Lula, uma vez, quem se definiu como uma verdadeira “metamorfose ambulante”.

A metamorfose já teve mais força. E já fez mais sucesso.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Nota de falecimento - Por Ricardo Noblat


Já não está mais entre os vivos “a mulher de Lula”, a “gestora” mais competente do que ele, apta a dar continuidade à nobre tarefa de melhorar a vida dos pobres sem esquecer-se de forrar os bolsos dos ricos.

Descansa em paz desde a semana passada quando o Brasil perdeu o título de país bom pagador. Ficam seus exemplos de fé, perseverança, dedicação e de certa dificuldade em se fazer entender.

O infausto acontecimento havia sido precedido de outro de igual natureza.

Refiro-me ao passamento, depois de longa agonia, da “faxineira ética”, que escolheu seguir convivendo com ministros investigados sob a suspeita de ferir a lei.

Um deles por omitir da Justiça dinheiro recebido por fora para pagar despesas de campanha. O outro por extorquir empresários com o mesmo objetivo.

“A faxineira ética” se tornara conhecida como tal ao demitir seis ministros de Estado no seu primeiro ano de governo. Nunca se viu nada parecido na centenária história da República brasileira.

Diante de reles indícios de que eles haviam aproveitado os cargos para roubar ou facilitar o roubo, ela não hesitou. Veloz como um raio, sacou da caneta e fuzilou-os sem piedade. ''Hasta la vista, baby”!

Estreia digna de um Oscar de efeitos especiais.

Pena que o resto do filme não tenha sido condizente com o seu início. Ministros demitidos indicaram seus substitutos ou foram contemplados com outras sinecuras.

Ao mensalão, sucedeu a roubalheira apurada pela Lava Jato. Lula jura que não sabia do mensalão. A “ex-faxineira”, que tampouco sabia do saque à Petrobras. Triste fim!

O que resta dos atributos agregados pelo marketing à imagem pública da chefona de maus bofes, detestada pelos seus subordinados, centralizadora em excesso por se julgar uma sábia, quando, na verdade, é uma mulher insegura e solitária?

Quis o destino, com a ajuda dela, que fosse assim. Quis Lula, com os votos que já teve, que ela se elegesse e se reelegesse.

É a criatura que costuma se rebelar contra o criador. Lula merece o rêmio de melhor roteiro por se insurgir como criador contra sua criatura. Quer distância dela. E torce em silêncio pela sua possível desgraça.

Assim poderá passar à oposição ao novo governo na esperança de voltar à presidência em 2018. “Aquela mulher”, ele repete, amargo, entre amigos.

Cada vez mais enfraquecida, ela se mantém no cargo graças ao fato de que foi eleita. Não é pouca coisa. Deveria bastar. Mas, não. Balança.

Não é crime de responsabilidade governar de maneira desastrosa. Nem ter mentido à farta para se eleger.

Também não é crime ser impopular, rejeitada por oito em dez brasileiros. Seis em dez querem seu impeachment. Se ocorrerá? E como? E em que data?

Certa vez, perguntaram a Louis Armstrong, cantor e trompetista, um dos ícones da música negra norte-americana: “O que é jazz?” Ele respondeu: “Quando ouvir você saberá”.

Você saberá quando estiver madura a ocasião para se abrir o processo de impeachment.  Impeachment não depende só de desejo. Nem mesmo de maioria de votos no Congresso.

Haverá de acontecer se as circunstâncias o determinarem.

E se as contas do governo de 2014 forem rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União? E se a Câmara entender que as “pedaladas fiscais” do governo violaram a lei?

Por outro lado,e se Fernando Baiano, ex-operador de propinas do PMDB na Petrobras, fizer revelações que alcancem os caciques do partido?

sábado, 12 de setembro de 2015

Lulalá? - POR MERVAL PEREIRA


Lula, que continua com um faro político inegável, já viu que no momento o melhor é ficar na oposição. Como para ele esse malabarismo é coisa de criança, continuará dando sugestões à sua criatura, como se não tivesse culpa de nada do que acontece no país, e ao mesmo tempo ficará contra o ajuste fiscal que, segundo ele, só gera desemprego e sofrimento.

Tenho a sensação de que chegará um dia, mais cedo ou mais tarde, que o conselho de Lula será para que Dilma desapegue da presidência da República, deixando a batata quente para o vice Michel Temer. O PT iria assim para a oposição, preparando-se para tentar voltar ao poder em 2018, provavelmente com Lula.

Essa estratégia, no entanto, pode esbarrar nas investigações da Operação Lava-Jato, que, finalmente, podem chegar a Lula. Digo finalmente por que qualquer cidadão minimamente inteligente estranhava que tendo sido presidente da República durante o período em que o mensalão e o petrolão foram organizados, Lula estivesse fora das investigações.

 O delegado Josélio Sousa, da Polícia Federal, está fazendo o óbvio querendo interrogar presidentes que até agora foram poupados inexplicavelmente das investigações do Lava-Jato: o do país à época em que os fatos aconteceram e maior beneficiário deles, o ex-presidente Lula, e os presidentes da Petrobras José Eduardo Dutra e José Gabrielli.

Ele pediu autorização ao STF para interrogá-los, embora não tenham direito a foro privilegiado, por que o inquérito em que aparecem como suspeitos de atividades ilegais arrola vários políticos com mandato eletivo.

Como o relator no Supremo do Lava-Jato Teori Zavascki vai consultar o Procurador-Geral da República, é provável que a autorização seja dada por que Rodrigo Janot já encaminhou ao STF um pedido para investigar Lula devido a brindes que teria recebido de empreiteiras, revelados pelo dono da UTC em sua delação premiada.

 Partindo de uma lógica corriqueira, o delegado diz que, “na condição de mandatário máximo do país” na ocasião, Lula “pode ter sido beneficiado pelo esquema […], obtendo vantagens para si, para seu partido, o PT, ou mesmo para seu governo, com a manutenção de uma base de apoio partidário sustentada à custa de negócios ilícitos na referida estatal.”

Nada mais lógico que isso, e já começava a incomodar o cidadão comum a sensação de que a Justiça considera Lula um ser acima de qualquer suspeita, quando todos os escândalos descobertos a partir do mensalão aconteceram justamente na sua gestão, e ele foi, sem dúvida, o maior beneficiário dos esquemas montados, pois se destinavam primeiramente a montar uma base parlamentar que o apoiasse.

Os benefícios pessoais que daí adviriam são consequências lógicas de qualquer esquema corrupto. O ex-presidente já está sendo investigado pelo Ministério Público de Brasília com relação ao tráfico de influência, inclusive internacional, que utilizou em benefício da Odebrecht, sendo a recíproca verdadeira segundo diversos indícios que estão sendo apurados.

Não apenas a Odebrecht, mas também outras empreiteiras, como a OAS, teriam feito favores a Lula e sua família, como a obra no tríplex do Guarujá que Lula insiste em dizer que não é de sua família, embora dona Mariza Letícia tenha, segundo ele, cotas do condomínio que ainda não foram resgatadas.

Essas cotas, coincidentemente, correspondem ao tríplex, que poderá assim vir a ser uma propriedade dos Lula da Silva, mas ainda não é. O que é preciso investigar é o que dona Mariza andou fazendo por lá a ponto de dar a impressão a moradores de que estaria coordenando as reformas do apartamento.

“Atenta ao aspecto político dos acontecimentos, a presente investigação não pode se furtar de trazer à luz da apuração dos fatos a pessoa do então presidente da República”, alega o delegado da Polícia Federal. 

É justamente essa postura “atenta” da Polícia Federal e do Ministério Público que pode levar as investigações a bom termo. Mesmo que eventualmente o ministro Zavascki não autorize a investigação desta vez, se ela seguir o rumo correto como vem sendo feito até agora será inevitável que chegue a Lula. 

A desmoralização do PT como partido político é um fato. A popularidade de Lula já não é o que foi, e sua imagem está desgastada diante das revelações da Lava-Jato. Vai ser difícil a metamorfose ambulante se recuperar a ponto de poder voltar à disputa presidencial.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Reza atrapalhada - Por Antonio Morais

Moravam no sitio Formiga, localizado entre a sede do municipio e o Roçado Dentro, lugarejo onde a cada 13 de Dezembro reuniam-se centenas de fiéis e devotos de Santa Luzia para venerá-la. Gente de todas as localidades compareciam para pagar promessas e ex-votos. 

Os 14 filhos do casal José Alves de Menezes, Zezinho da Formiga e Maria Anacleta de Menezes, tanto as moças quanto os rapazes eram de finíssima educação social e religiosa, porém, de tanto exigirem pretendentes a altura, casaram-se apenas dois, os demais ficaram na prateleira.

Naquela casa, um cuidava do outro como quem cuidava de um filho que não tivera.

Quando atingiram a idade de 60 a 70 anos, firmaram maior fervor na sua religiosidade. Todo dia, à noitinha, se reuniam, na sala da casa e, rezavam o terço, coisa em desuso nos dias atuais.

Josefa, a irmã mais velha, ia tirando a reza enquanto os demais respondiam.

Na sala, existia uma pequena mesa onde, em cima, se colocava um santuário com as imagens e embaixo o cachorro Joly costumava fazer o seu descanso.

Um belo dia, de repente, surgiu uma catinga insuportável na hora da reza e se deu essa tragédia:

Josefa disse:

Ave Maria cheia de graças,
O Senhor é convosco.
Bendita sois vós,

"Chico ponha pra fora esse cachorro,
Que está bufando fedorento",

Entre as mulheres,
Bendito fruto do vosso ventre.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Antes e depois - Por Antonio Morais.

Há alguns anos  quando a agência STANDART POOR'S  selou o Brasil como  bom  pagador o Lula  saiu mundo a fora contando vantagens e  cagando goma.  Pra ele o país  era o Brasil e ele era o Cara.

Hoje, quando   a mesma  agência retira o selo de bom pagador o Cara silencia, desaparece, e, o que vemos - Vem o deputado  José Guimarães e debocha, diz que não é uma "agenciazinha" qualquer  do fim do mundo que  vai  interferir  na economia  do Brasil.

O deputado Guimarães entende que os investidores internacionais são como  os assessores do PT,  usam suas cuecas para transportar,  aplicar e depositar  seus investimentos.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Dilma assinou a lei e declara que não a respeita - Por Antonio Morais

"Segundo  definição do ex-governador do Ceará Ciro Gomes  o  Governo Dilma é um amontoado de ladrões  chefiados por Michel Temer".

Eu acho que não passa de  uma quadrilha  de amigos associados  chefiados por Lula e Dilma. 

Petistas doentes, cegos, imbecis e idiotas chegam a dizer que a Dilma assinou uma lei para combater  a corrupção. Inverdade deslavada. Atua em sentido contrario para impedir a aplicação da lei.

Os corruptos  são os seus amigos e convidados a fazer parte da quadrilha, muitos denunciados, condenados,  na cadeia e outros a caminho.

E, a comandante da  pilantragem  declara que não respeita delator,  não respeita a lei. A lei que ela assinou.

Assim é que chegamos onde estamos.  Pais quebrado, no fundo  do poço, desmoralizado  politicamente  e economicamente aqui e mundo a fora.

A presidente encurralada, escondida,  cercada pela proteção do  exercito sem poder  sair as ruas. Exercito que ela tanto  desprezou.

sábado, 5 de setembro de 2015

Para refletir - Por Antonio Morais


Há 6 anos estando eu em Várzea-Alegre fui convidado para  uma reunião politica no Sitio Varzinha. Um grupo de vereadores negociava o seu apoiamento ao Deputado Federal Aníbal Gomes. O deputado chegou num  carro luxuoso  e sem que ninguém lhe perguntasse disse apontando para o automóvel :  "isso é  carro de quem  vota no Lula".


No mesmo dia, o Jornal Nacional  mostrava o Deputado Cândido  Vacarezza no plenário da CPI do Cachoeira  passando uma mensagem  para o governador do Rio de  Janeiro Sérgio Cabral  dizendo : Não  te preocupes " você é meu e eu sou seu".

Cabe  aquele dito popular :  nada melhor do que um dia atrás do outro.  O deputado Aníbal  teve melhor sorte ainda é deputado e Vacarezza não se reelegeu.  Porém,  ambos estão  denunciados e sob os cuidados do Supremo Tribunal Federal.

Lula é malandro, pilantra. Fascina, seduz, ilude e quem  se misturou com ele se enrolou todo,  está denunciado a justiça, condenado, preso  ou a caminho.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Quem se habilita a identificar? - Por Antonio Morais.



O quem se habilita de hoje presta uma homenagem especial ao nosso amigo Cyrle Máximo, o maior fisionomista varzealegrense de todos os tempos. Fazemos em reconhecimento a sua colaboração para com o Blog do Sanharol. Aguardamos a identificação. 

Ora Senhor! Muito facil.

Grande abraço Cyrle.