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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 16 de janeiro de 2016

Brasil vive situação de "República das Bananas" - Por Forbes.


Os investidores no mercado brasileiro estão se perguntando: em que medida o mercado está caindo por causa da queda de commodities em comparação ao escândalo político que envolve o PT e a gigante Petrobras? Esta é uma pergunta relevante, segundo a Forbes, uma vez que, se o mercado precificou o desastre político, há mais risco de queda por conta das commodities.

E o problema da economia, em grande parte, é por causa da política. Para a revista, que tem como base para a matéria um estudo feito pela corretora Nomura em Nova York, o Brasil, que já foi visto como uma aposta madura e segura entre os latino-americanos, está vivendo um momento político digno de uma “república de bananas''.

A Nomura ressalta que o impasse da política tem impedido o ajuste fiscal e, desta forma, deteriora as perspectivas para a inflação (que fechou 2015 em 10,67%) e os preços dos ativos.

Em meio à crise e a incapacidade do governo que, com baixa popularidade, não consegue aprovar reformas estruturais para a economia, o ambiente político nacional é uma fonte de risco para os estrangeiros apostarem no Brasil. “Os brasileiros têm muitos motivos para reclamar, mas com certeza a responsabilidade não está toda nos ombros da presidente Dilma Rousseff. E a salvação não virá de tipos como Eduardo Cunha'', afirma a reportagem.

As incertezas políticas seguem elevadas, ressalta o índice da Nomura. Apesar da influência política nos ativos ter diminuído para os preços dos ativos ultimamente, ela segue no radar, representando uma parcela significativa depois de ter aumentado fortemente com a piora do impasse político e a mudança das metas do superávit primário para 2015, 2016 e 2017, em 22 de julho de 2015.

A Nomura ressalta que a mudança das metas foi o fator mais prejudicial em termos de deterioração da confiança, amplificado pelo primeiro rebaixamento de rating para grau especulativo que ocorreu no início de setembro do ano passado pela Standard & Poor's.

De acordo com o índice da Nomura, há mais inconvenientes atribuídos ao risco político por conta do processo de impeachment, que mantém a incerteza elevada, ao mesmo tempo que os sinais mistos do novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, e a perspectiva de atuação do Banco Central no combate à inflação seguem sendo fatores a serem monitorados. E o índice da Nomura aponta que a maioria das más notícias de política foram precificadas, mas não todas.

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