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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 17 de janeiro de 2016

Dilma terá mandato cassado antes do julgamento do impeachment - Por Ministro Gilmar Mendes

O juiz Sérgio Moro, que conduz as investigações da Lava-Jato em Curitiba, enviou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) documentos para instruir a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) que pede a cassação do mandato da presidente Dilma Rousseff e do vice, Michel Temer. No material, estão incluídos depoimentos prestados pelo dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, conhecido como o chefe das empreiteiras que fraudavam licitações da Petrobras. 

Em setembro, o TSE pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) cópia dos depoimentos prestados por Pessoa no acordo de delação premiada. O relator da Lava-Jato no TSE, ministro Teori Zavascki, negou o compartilhamento de provas, porque a delação estava protegida por segredo de justiça. Na semana passada, Zavascki derrubou o sigilo e Moro liberou o conteúdo para o TSE. 

As informações são de reportagem desta segunda-feira do jornal O Globo. Em delação premiada, Pessoa afirmou ter sido orientado pelo então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, a doar R$ 20 milhões para a campanha de Dilma Rousseff à reeleição em 2014. Vaccari teria orientado o empresário a procurar o então tesoureiro da campanha petista, Edinho Silva, atual ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República. 

Segundo ele, Edinho pediu R$ 10 milhões em doações e lembrou ao empreiteiro a existência dos contratos da UTC com a Petrobras. “O declarante entendeu que, se não houvesse mais governo do PT, o declarante não teria o mesmo volume de contratos”, registrou a delação. 

De acordo com a publicação, a ação em questão, de autoria do PSDB, é uma das quatro que tramitam no TSE pedindo a cassação da chapa de Dilma Rousseff nas eleições presidenciais de 2014. O material foi enviado ao tribunal a pedido da relatora do processo, a ministra Maria Thereza de Assis Moura. 

As defesas de Dilma e Temer têm três dias para se manifestarem. O prazo é o mesmo que o Ministério Público Eleitoral terá para se manifestar sobre o caso. O processo, então, deverá retornar às mãos da ministra-relatora, que vai elaborar um voto determinando ou não a cassação da presidente. O voto será submetido ao plenário do TSE, composto de sete ministros.

Um comentário:

  1. As provas de evidencias de corrupção são tamanhas que os juizes não podem desconhecer. Vai ter muito trabalho para se defender. Pobre Brasil.

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