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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 28 de junho de 2016

Decretos de crédito têm que respeitar a meta fiscal em vigor - POR MÍRIAM LEITÃO

A perícia do Senado concluiu que a edição de decretos de crédito suplementar afrontou a lei fiscal. O governo não estava cumprindo a meta em vigor quando autorizou o aumento de gastos. O entendimento derrubou um ponto repetido muitas vezes pela defesa da presidente Dilma.

Nas últimas semanas de 2015, o governo revisou a meta fiscal para o ano, que passou a comportar um déficit de R$ 120 bi. Foi uma conta de chegar, um número que atendia a todo o desequilíbrio fiscal do governo. 

A defesa da presidente achava que a revisão era uma anistia para os decretos irregulares, que foram editados quando o objetivo para o ano ainda era um superávit. Para os defensores de Dilma, o que importava era a meta fiscal ao final do ano, mas a perícia derrubou essa tese. A operação foi ilegal porque a meta em vigor não comportava o aumento de despesa dos decretos, editados sem autorização do Congresso.

A posição da perícia preserva a eficácia da meta. Se valesse a tese da defesa, bastaria revisar o objetivo no final do ano para que nele coubesse o descontrole fiscal do governo.

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