O antagonista.

Erundina e os girassóis.

Enquanto Cristiane Brasil falou em paz e equilíbrio, Erundina fez um discurso de confrontação. Disse que sua candidatura representa mulheres, gays, negros e índios. Defendeu Dilma e chamou Michel Temer de golpista.

Jean Wyllys, Ivan Valente e Chico Alencar aplaudiram e distribuíram girassóis.

Sai o Centrão, entra o Michelzão.

Não há mais um Centrão. Agora só há um Michelzão.

O presidente da República conseguiu exatamente o que queria:

1 - A candidatura de Marcelo Castro, costurada pelo PT, foi humilhada. Lula, hoje, vale menos do que um Giacobo.

2 - O bloco que orbitava em torno de Eduardo Cunha se fragmentou. O centro do poder voltou a ser o governo.

3 – Rodrigo Maia é o melhor interlocutor para Henrique Meirelles, pois seu eleitorado apoia convictamente o ajuste fiscal.

Michelzão fez bem em matricular Michelzinho numa escola em Brasília.

 A derrota de Rogério Rosso

Quatro pontos que ajudam a explicar a larga derrota de Rogério Rosso:

1. Rogério Rosso é parlamentar de primeiro mandato. A pouca experiência na Casa, querendo ou não, pesou muito.

2. A imagem de Rosso ficou muito colada com a de Eduardo Cunha, apesar do esforço dos aliados em amenizar essa associação. E Cunha já era.

3. Rosso não queria ser presidente tampão, já que o mandato de seis meses inviabilizaria os planos dele de presidir a Casa no ano que vem.

4. Ao decidir se lançar (ou ser lançado, no caso), Rosso demorou demais para puxar para si a principal candidatura do chamado 'centrão'.

Rodrigo Maia: "Rosso foi um grande adversário"

Rodrigo Maia, já sentado na cadeira de presidente da Câmara, agradeceu a Rogério Rosso. "Foi um grande adversário. É um grande amigo e parlamentar."

Maia chorou ao falar da família e do pai, César Maia.

Ele também agradeceu o apoio de Carlos Sampaio e Orlando Silva, que tiveram a ideia de lançá-lo para a presidência após a renúncia de Eduardo Cunha.