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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 30 de setembro de 2016

MORO : "TERÍAMOS QUE SOLTAR TODOS OS PRESOS DO PAÍS"


No despacho em que confirma a prisão preventiva de Antonio Palocci e Branislav Kontic, o juiz Sérgio Moro explica que os investigados "já estão presos desde 26/09/2016".

"A decretação da preventiva na presente data apenas alterará o título prisional, sem alteração da situação de fato."

Leiam o trecho abaixo:

"É evidente que o objetivo do legislador foi o de evitar a efetivação da prisão de alguém solto no referido período e não a continuidade de prisões, ainda que cautelares, já efetivadas. Do contrário, seria o caso de entender que, no referido período, seria necessário a colocação em liberdade de todos os presos provisórios ou definitivos no país, uma interpretação extravagante."

"Ademais, considerando a causa das prisões preventivas, entre elas a prova, em cognição sumária, de que os investigados Antônio Palocci Filho e Branislav Kontic teriam intermediado o pagamento subreptício de milhões de dólares e de reais para campanhas eleitorais, inclusive para o pagamento de publicitários em conta secreta no exterior, o propósito da lei, de evitar interferência indevida nas eleições e proteger a sua integridade, parece ser mais bem servido com a prisão cautelar do que com a liberdade dos investigados."

"Portanto, não se tratando da efetivação de prisão, mas de continuidade, ainda que sob outro título, da prisão efetivada em 26/09/2016, não há óbice legal à prisão preventiva ora decretada."

Nos debates de Ontem - Por Antônio Morais


ACM Neto ataca Alice Portugal: Por Breno Costa

“Quem entende de penitenciária é a senhora”

Pra quem imaginava um prefeito ACM Neto (DEM) quieto durante o debate da TV Bahia viu o candidato à reeleição fazendo ataques a Alice Portugal (PCdoB). O demista foi questionado por Alice sobre a relação dele com Nicolau Junior, dono de uma construtora responsável pela construção de 3 UPAs em Salvador, que está preso.

“É impressionante como Alice Portugal insiste nas mentiras e nos ataques, essa foi a tônica da campanha dela desde o começo”, disse, negando que Nicolau tenha sido contratado e dizendo que houve licitação para a construção das unidades. “A deputada Alice fala, mas não olha pra dentro da casa dela. Você que mora em Plataforma, desde 2010 a unidade de Plataforma está fechada. Eu já até pedi para o governador que passasse para a Prefeitura, mas ele não quer”, acrescentou.

A comunista insistiu no assunto e disse que “o Facebook de pessoas muito próximas a ele demonstra a intimidade com o senhor Nicolau Junior”. Neto novamente foi duro na resposta, citou a colocação de Salvador no ranking de transparência e disparou: “Quem entende de penitenciária é vossa excelência, porque muitos companheiros seus estão presos”.

Desembargadores, mesmo com vultuosos salários, vendiam sentenças.

A operação que investiga o comércio de sentenças judiciais no Ceará detectou também indícios de participação de advogados em crimes contra a liberdade sexual e pornografia infantil. 

De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), caso sejam confirmadas as evidências os crimes serão julgados na primeira instância. 

O alvo da segunda fase da operação Expresso 150 deflagrada nesta quarta-feira (28) são advogados e desembargadores supostamente envolvidos na venda de decisões nos plantões do Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE).

"Com o aprofundamento de investigações relacionadas ao caso, apuram-se ainda indícios de prática de crimes contra a liberdade sexual e pornografia infantil que podem ter advogados como participantes do esquema. Caso sejam confirmadas as evidências, os crimes serão julgados pela primeira instância de Justiça", diz nota da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Os mandados da segunda fase da Expresso 150 foram cumpridos nesta quinta contra advogados, dois desembargadores da ativa e um aposentado, suspeito de participação em comércio de sentenças, entre 2012 e 2015, para liberação de criminosos a partir de liminares em habeas corpus em plantões judiciais do TJ-CE. Dois representantes da PGR acompanharam as ações.

O nome da operação, Expresso 150, faz alusão ao valor pago por advogados para soltura de criminosos, que chegava a R$ 150 mil. Em relação a essa prática, são investigados os crimes de corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e associação criminosa.

Foram realizadas, com autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ), 24 conduções coercitivas e foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão, com foco nos desembargadores e advogados.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

A noite que poderá definir o resultado da eleição de domingo - Por Ricardo Noblat

É natural que candidatos com chances de passar para o segundo turno apliquem estocadas nos líderes das pesquisas de intenção de voto. Mas o previsível, o que os marqueteiros aconselham, é que alvejem de preferência os candidatos que disputam com ele o segundo lugar. Gastar munição com os favoritos, que dificilmente perderão tal condição, seria bobagem e perda de tempo.

A ser assim, é o que deverá acontecer no último debate entre os candidatos a ser promovido logo mais à noite pela Rede Globo de Televisão. Os favoritos cuidarão de se preservar, de não entrar em bola dividida, em driblar eventuais ataques. Focarão suas propostas de campanha, este ano mais realistas devido à crise econômica, herança do governo Dilma. Ou melhor: do desgoverno dela, de triste memória.

No Rio de Janeiro, o saco de pancadas será o deputado Pedro Paulo, candidato do PMDB à sucessão do prefeito Eduardo Paes. Ele apanhará principalmente de Marcelo Freixo (PSOL), Índio da Costa (DEM) e Jandira Feghali (PC do B), tecnicamente empatados em segundo lugar. Em primeiro está Marcelo Crivela (PRB), que prefere enfrentar Freixo ou Feghali, mas que imagina poder ser eleito sem disputar o segundo turno.

Pedro Paulo é vulnerável a pancada desde que espancou sua ex-mulher. Ela prestou queixa à polícia, depois recuou e o processo acabou arquivado pela Justiça. Pedro Paulo conta com o apoio da máquina administrativa da prefeitura, capaz de catapultá-lo para o segundo turno. Representa, pois, um perigo para todos, inclusive Crivela. No debate, serão todos contra ele. De resto, não poderá ser muito agressivo para não reforçar a sua imagem de destemperado.

Em São Paulo, não haverá um único saco de pancadas, mas vários. Russomano (PRB) será um deles, talvez o principal, porque está em segundo lugar nas pesquisas, embora caindo. Mas Haddad (PT) irá também para cima de Marta Suplicy (PMDB), com ele empatada. E Marta irá para cima de Russomano e de Haddad ao mesmo tempo. Dória (PSDB) observará do alto das pesquisas o desempenho dos seus adversários.

A curta campanha eleitoral deste ano, e o pouco interesse que ela despertou nos eleitores, transformaram os debates desta noite no momento mais decisivo para a sorte dos candidatos. Não haverá outro até o próximo domingo.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Lava Jato vira do avesso consultoria de Palocci - Por Josias de Souza


Nas palavras de um integrante da força-tarefa de Curitiba, a Lava Jato vai virar do avesso a empresa Projeto Consultoria Empresarial e Financeira Ltda.. Tem sede em São Paulo. Pertence ao ex-ministro petista Antonio Palocci, preso nesta segunda-feira. Apura-se a suspeita de que dinheiro de propina passou pela caixa registradora da firma.

Ironicamente, parte da matéria-prima que ajuda os investigadores a varejarem a empresa de Palocci foi produzida pelo Ministério da Fazenda, a pasta que ele comandou no primeiro mandato de Lula. Afora dados colecionados pela Receita Federal, há pelo menos um relatório do Coaf, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras, outro órgão da Fazenda, que fiscaliza operações bancárias atípicas.

Datado de 23 de outubro de 2015, o documento do Coaf veio à luz em 31 de outubro do ano passado, em notícia produzida pelo repórter Thiago Bronzatto. Chama-se Relatório de Inteligência Financeira 18.340. Tem 32 páginas. No trecho dedicado a Palocci, informa que passaram pelas contas bancárias da consultoria Projeto R$ 216 milhões entre entradas e saídas, desde junho de 2011.

Anotou-se no texto do Coaf que as contas da empresa Projeto “não demonstram ser resultado de atividade ou negócios normais, visto que utilizadas para recebimento ou pagamento de quantias significativas, sem indicação clara de finalidade ou relação com o titular da conta ou seu negócio.”

O Coaf resumiu os informes que recebeu da rede bancária: “A empresa Projeto, Consultoria Empresarial e Financeira Ltda […] foi objeto de comunicações de operações financeiras […] com valor associado de R$ 216.245.708,00, reportados no período de 2008 a 2015, dos quais R$ 185.234.908,00 foram registrados em suas contas correntes e o restante em contas de terceiros…”

Numa das transações, a empresa de Palocci recebeu R$ 5.396.375 da montadora de automóveis Caoa, investigada noutra operação policial, a Zelotes. Além de Palocci, “o italiano” das planilhas do departamento de propinas da Odebrecht, o relatório do Coaf revela movimentações bancária suspeitas de outros personagens sob investigação policial. Entre eles Lula e mais dois ex-ministros petistas: Fernando Pimentel (Desenvolvimento), hoje governador de Minas, e Erenice Guerra (Casa Civil), na mira de Curitiba. Juntos, movimentaram notáveis R$ 297,7 milhões.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

A "República das Propinas": Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo viram réus na Lava Jato



Por unanimidade, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu hoje (27) denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e seu marido, o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Com a decisão do colegiado, os dois passam à condição de réus nas investigações da Operação Lava Jato.
Em maio, o casal foi denunciado ao Supremo sob a acusação de ter recebido R$ 1 milhão para a campanha da senadora em 2010. De acordo com depoimentos de delatores na Lava Jato, o valor é oriundo de recursos desviados de contratos da Petrobras. Ambos foram citados nas delações do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.
Os ministros seguiram o voto do relator, ministro Teori Zavascki. Para o ministro, a denúncia descreveu a conduta individual dos acusados e indicou que Paulo Bernardo solicitou o pagamento ao ex-diretor, que determinou a Youssef a entrega dos recursos, por meio de uma pessoa interposta.
Ao contrário do que sustentou as defesas, Zavascki afirmou que não houve contradições nos depoimentos dos delatores.
"Em declarações prestadas nos autos de colaboração premiada, Alberto Youssef não só confirmou a realização da entrega de valores, detalhando a maneira como procederam os pagamentos, reconhecendo, ainda, mediante fotografia, a pessoa do denunciado Ernesto Rodrigues, como responsável por receber a quantia da denunciada Gleisi Hoffmann", afirmou o ministro.
O entendimento do relator foi acompanhado pelos ministros Celso de Mello, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes.
Pela acusação, o subprocurador da República Paulo Gonet, representante da Procuradoria-Geral da República (PGR), disse que os denunciados tinham plena ciência do esquema criminoso na Petrobras e da "origem espúria" dos valores recebidos por meio de Ernesto Kugler Rodrigues, empresário ligado ao casal, que teria intermediado o repasse de Paulo Roberto Costa. Rodrigues também foi denunciado.
"Paulo Roberto Costa esperava, com esse repasse de quantias obtidas criminosamente, colher o apoio do casal denunciado para permanecer nas suas funções de diretor da Petrobras.", disse Gonet.

Patrimônio Histórico -- enquanto Crato destrói, Juazeiro preserva: "painel-mural" de Nossa Senhora de Fátima será restaurado


Este era o bonito painel em homenagem à passagem da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima, que visitou Juazeiro do Norte no dia 16 de novembro de 1953, existente ainda hoje no lado externo da Basílica de Nossa Senhora das Dores, na Rua Padre Cícero, embora um pouco descaracterizado. 
A ideia deste painel partiu da educadora Amália Xavier de Oliveira. A foto mostra o painel original, instalado no paroquiado de Monsenhor José Alves de Lima. Hoje ele está um pouco modificado, sem a cor original, estando inclusive com algumas letras faltando, e muita gente passa por ele sem dar a menor importância, como se não notasse a sua existência.
Mas ele tem um significado muito importante para a história religiosa de Juazeiro.  Por isso, a comissão de história do Centenário da Paróquia de Nossa Senhora das Dores está estudando a possibilidade de fazer uma restauração do painel e a ideia já conta com a aprovação do Reitor e Pároco da Basílica, Padre Cícero José da Silva. O Painel voltará a sua forma original, mais vistoso, mais atrativo, para chamar a atenção dos transeuntes.
Parabéns à comissão História do Centenário da Paróquia de Nossa Senhora das Dores.
(Postagem original: site Portal de Juazeiro)

Tchau, PT - Por Ricardo Noblat


A menos de uma semana da eleição de 463.374 vereadores e dos prefeitos de 5.568 municípios, o PT parece destinado a ter que recomeçar.

Fundado em 1980, cinco anos depois ele elegeu em Fortaleza seu primeiro prefeito de capital.

Nas eleições de 1988, emplacou os prefeitos de três capitais – São Paulo, Porto Alegre e Vitória.

Este ano, só elegerá no primeiro turno o prefeito de Rio Branco, no Acre.

Aquele que em dezembro de 2009 era o partido preferido por 25% dos brasileiros, em 2015 só contava com a preferência de 9% a 12% deles.

Foi atingido em cheio pelos resultados desastrosos de pouco mais de cinco anos de governo Dilma, pela pior recessão econômica desde os anos 30 do século passado, e pelo maior e mais barulhento escândalo de corrupção política da história do país.

O fundador do PT, presidente da República por oito anos, e uma vez apontado como “o cara” por Barack Obama, é réu em dois processos da Lava Jato e poderá ser condenado, tornando-se assim inelegível.

A mulher que ele elegeu e reelegeu para sucedê-lo foi impedida pelo Congresso de continuar no cargo. O partido corre o risco de perder o seu registro na Justiça.

Tão ou mais grave do que isso será para o PT continuar perdendo apoio popular. E a julgar pelo que indicam até aqui as pesquisas de intenção de voto em 24 capitais, é o que deverá acontecer tão logo se abram as urnas de domingo.

Em São Paulo, o prefeito Fernando Haddad, candidato à reeleição, não acredita mais em vitória. Ali, o segundo turno será disputado por João Dória (PSDB) e mais um.

No Rio, o segundo turno reunirá Marcelo Crivella (PRB) e mais um. O PT sequer lançou candidato próprio.

Ficará também de fora do segundo turno da eleição em Belo Horizonte onde seu candidato amarga 4% das intenções de voto. Fernando Pimentel (PT) governa Minas Gerais. E responde a processo por ter se beneficiado de dinheiro sujo para se eleger. Parte do dinheiro ajudou Dilma a reeleger-se.

O candidato do PT a prefeito de Porto Alegre liderou as pesquisas até há pouco. Foi ultrapassado pelo candidato do PMDB.

Nem candidato a prefeito tem o PT em Salvador. A Bahia é governada pelo PT. É também o Estado que conferiu a Dilma em 2014 uma expressiva vitória.

O candidato do PT a prefeito do Recife irá para o segundo turno contra o atual prefeito do PSB. Os demais se juntarão para derrotá-lo.

Foi para o Nordeste que o PT migrou quando seus votos começaram a escassear no resto do país. Pois bem: por lá, o PT só tem chances de eleger o prefeito de Teresina. O Piauí é governado pelo PT.

Em Fortaleza, a candidata do PT está em terceiro lugar. O PT não lançou candidatos a prefeito em Aracaju e São Luís. Seu candidato em Natal não passou ainda da marca dos 5% dos votos. Nem dos 2% em Maceió e em João Pessoa.

Até a semana passada, o PT imaginava eleger o prefeito de Porto Velho. Agora, não mais.

O Norte e o Centro-Oeste são gigantescas manchas sem um único ponto vermelho à exceção de Rio Branco, reduto dos irmãos Vianna, governador do Acre e senador.

Fora das capitais, o PT perde a eleição em Garanhuns, onde Lula nasceu, e em São Bernardo Campo, onde ele mora. Nos dois lugares, Lula não apareceu para pedir votos.

O maior partido de massas que a esquerda já construiu na América Latina está em liquidação.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Biografia de Minha Professora Marília Feitosa Ferro - Por Madre Feitosa.


Biografia - Marília Feitosa Ferro

Autora: Madre Feitosa.

Publicado por: Heitor Feitosa Macêdo
       

Marília Feitosa Ferro, nasceu na cidade de Crato, no dia 09 de maio de 1943. É filha de Aderson Feitosa Ferro e Mariêta Solano Feitosa.

Fez seus estudos de 1º Grau, àquela época - curso primário -  no Grupo Escolar Teodorico Teles de Quental, nos anos de 1950 à 1955, em Crato - Ceará. O curso Ginasial e o 1º Científico, de 1956 à 1960 foram feitos no Colégio Santa Tereza de Jesus, de Crato - Ceará. O 2º e o 3º Científico, de 1961 à 1962 foram cursados no Colégio Diocesano do Crato.

Marília Feitosa Ferro revelou-se sempre aluna estudiosa e aplicada, obtendo as excelentes resultados nos estudos. Intrépida e corajosa, nunca se acomodou. Procurou crescer, e, muito cedo, dedicou-se ao trabalho do Magistério assumido por vocação. Era o desabrochar de uma nova professora que surgia para luzir a cada dia, como nova estrela do magistério cratense.

Em 1967, fez seu ingresso no Curso de Letras na Faculdade de Filosofia do Crato, obtendo o título de licenciada em letras no ano de 1970, sendo seu diploma registrado no MEC - Ministério da Educação e Cultura - sob o número 10.347 - Livro GC 15, folha 180. Fez opção preferencial pelo estudo e pelo ensino da língua inglesa.    

Além de interessada e competente, era a mestra amiga que sabia cortar as arestas e despertar nos seus alunos o interesse pelo aprendizado da Língua Inglesa. Possuía a magia de atenuar as dificuldades e conduzia seus alunos a bom desempenho nos vestibulares e ao longo da caminhada da faculdade. Era responsável, séria, forte e serena ao mesmo tempo. Compreendia a dificuldade dos seus alunos, procurando saná-las com sabedoria e justiça.

Foi professora de Língua Inglesa - 1º e 2º Graus - do Colégio Estadual Wilson Gonçalves - Crato - Ceará, desde 1967, assumindo a Coordenação Pedagógica no período de 1972 à 1976; foi professora de Língua Inglesa - Colégio Diocesano - Crato - Ceará, no período de 1970 à 1981; foi professora de Língua Inglesa - 1º Grau - Colégio São João Bosco - Crato - Ceará, no período de 1967 à 1971; foi professora de Língua Inglesa - 1º Grau - Patronato Padre Ibiapina, no período de 1961 à 1965 e Suplente de Chefia do Departamento de Letras da Faculdade de Filosofia do Crato, eleita para o biênio de 1986 - 1988.

Em 1975, a professora Marília Feitosa Ferro deslocou-se para Salvador para fazer a pós-graduação, especializando-se em Metodologia do Ensino Superior, na Universidade Católica de Salvador, de fevereiro a julho de 1975, participou deste curso, conseguindo resultados excelentes, trazendo para a Faculdade de Filosofia do Crato, novas experiências para o ensino da Língua Inglesa.

O currículo da referida professora está enriquecido por sua participação em muitos cursos e simpósios, conforme comprovam os certificados de frequência em sua pasta individual, hoje pertencente ao arquivo familiar.

Conforme declarações também em arquivo - Marília Feitosa Ferro lecionou na Faculdade de Filosofia do Crato as disciplinas: Língua Inglesa I, II e III e Introdução às Literaturas de Língua Inglesa. Língua Inglesa V, Literatura Inglesa I e II, Literatura Norte Americana I e II, Prática de Ensino da Língua Inglesa e Estágio Supervisionado.

Como professora titular da disciplina Língua Inglesa, foi homologada pelo Parecer Nº 1.322/79 do Conselho Federal de Educação - Declaração do Diretor da Faculdade de Filosofia - 16/10/1986. Diretora do Centro de Cultura Britânica da Faculdade de Filosofia do Crato. Exercício do Magistério - Matrícula Nº 76.102, folhas 2.717, lotada no Departamento de Ensino com exercício no Colégio Estadual Wilson Gonçalves e com efetiva regência de classe, desde 28 de julho de 1981 a 29 de setembro de 1987.

Marília é vítima de câncer - a doença que desafia a medicina, no momento em que se encontrava matriculada em Belo Horizonte para concluir o Mestrado em Língua Inglesa. É forçada a licenciar-se, já quase no seu final de vida. Falece aos 08 dias do mês de dezembro de 1988. A Marília, lutadora, intrépida, corajosa tomba sob o peso do grande mal. Estava cumprida sua missão na terra, translada-se para o céu, nos braços de sua protetora - Nossa Senhora da Conceição, exatamente no dia de sua festa, 08 de dezembro.

Marília Feitosa Ferro Casou-se em primeiras núpcias com José de Araújo Feitosa Filho, falecido em 10/10/1966. Deste consórcio nasceu a filha Maria da Conceição de Araújo Feitosa. Em segundas núpcias, casou-se com Natalício Barros Cavalcante.

Sua morte foi pranteada por toda a comunidade cratense, que ao lado de seus familiares, em profunda consternação e com estes, mensuravam o valor da perda sofrida com o desaparecimento daquela que se fizera, por vocação, educadora de gerações.
                

Início da 2ª feira: Ex-ministro Antonio Palocci é preso em nova fase da Operação Lava Jato

Fonte: Agências de Notícias
O ex-ministro Antonio Palocci foi preso durante a 35ª da Operação Lava Jato, segundo o BandNews TV. A PF (Polícia Federal) confirmou a realização de uma nova fase da Operação Lava Jato nesta segunda-feira (26). O nome desta nova etapa é "Omertà".
Palocci é alvo porque teria pedido, através do doleiro Alberto Youssef, R$ 2 milhões da cota de propinas do PP para a campanha presidencial da presidente Dilma Rousseff em 2010. A denúncia foi feita pelo também delator, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa.

O político foi ministro da Fazenda do governo Lula e da Casa Civil do governo Dilma.
Há indícios de que Palocci teria atuado como intermediário entre grupo político ligado à empreiteira Odebrecht, de acordo com a PF. O ex-ministro teria propiciado vantagens econômicas ao grupo empresarial nas mais diversas áreas de contratação com o Poder Público, "tendo sido ele próprio e personagens de seu grupo político beneficiados com vultosos valores ilícitos", segundo a PF.
São cumpridos 45 mandados judiciais nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e no Distrito Federal. São 27 de busca e apreensão, três de prisão temporária, e 15 de condução coercitiva.

Nome
O nome "Omertà" dado à investigação policial é uma referência à origem italiana do codinome que a construtora usava para fazer referência ao principal investigado da fase ("italiano"), bem como ao voto de silêncio que imperava no Grupo Odebrecht que, ao ser quebrado por integrantes do "setor de operações estruturadas" permitiu o aprofundamento das investigações. "Além disso, remete à postura atual do comando da empresa que se mostra relutante em assumir e descrever os crimes praticados", aponta a PF.
Os alvos de mandados de condução coercitiva serão levados às sedes da PF nas respectivas cidades onde foram localizados e serão liberados após prestarem esclarecimentos. Os detidos com prisão cautelar decretada serão levados à sede da Polícia Federal em Curitiba, "onde permanecerão à disposição das autoridades responsáveis pela investigação", aponta a instituição.

34ª fase
Na semana passada, durante a 34ª fase da operação, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega (PT) chegou a ser preso pela PF. Mais tarde, porém, o juiz Sergio Moro mandou soltar o petista.




Não nos permitamos.


Refletindo sobre nossos companheiros de jornada, é provável que, em alguns momentos da vida, nos deparemos com uma angustiante questão. Olhamos para nossos pais, cônjuge, filhos ou amigos e nos perguntamos: Quando foi a última vez que recebi ou que lhes ofertei um abraço? O toque, seja através do afago, do beijo ou do abraço expressa nossos sentimentos, enche a vida de ternura e aquece a alma de quem o oferece e de quem o recebe. As manifestações sinceras de afeto fazem as pessoas se sentirem amadas e queridas pois demonstram o amor que as envolve.

Ter a liberdade de falar sobre os sentimentos e expressá-los, com equilíbrio e sensatez, também mantém apertados os laços que nos unem às pessoas com as quais nos relacionamos. Ao constatarmos a distância estabelecida sutilmente entre os afetos, uma grande tristeza nos invade. É o momento em que  nos questionamos: Quando e como começou a ser estabelecida essa distância? Como pudemos permitir que chegasse a esse ponto? Quem foram os responsáveis? E agora? Como fazer para construir novamente essa ponte de ligação com as pessoas amadas?

Olhamos para trás buscando as respostas, na tentativa de começar a construir um caminho diferente, uma nova aproximação. Muitas vezes, essas respostas não serão facilmente encontradas pois, por mais que busquemos nos arquivos de nossa memória, será difícil identificar o registro de quando foi que tudo começou.

Essa análise do passado é importante, pois descobrindo onde erramos, podemos, a partir dessa constatação, agir de outra forma. Verificamos então, que talvez tenhamos nos permitido adotar algumas atitudes que podem ter nos distanciado lenta e gradativamente dos seres amados.

Foi o Bom dia deixado de lado pela pressa de começar logo as atividades de mais uma jornada de trabalho; o Boa noite esquecido, vencido pelo cansaço. Os sentimentos ocultados pela quietude diária, onde cada um se envolve apenas com suas próprias questões pessoais. A falta de compreensão e de companheirismo, o egoísmo, as mentiras sutis, as mágoas acumuladas e os pequenos desentendimentos. Essas atitudes são como gotas pequeninas que, com o tempo, se transformam em imensos oceanos. E quando nos damos conta, não mais sabemos atravessar esse espaço e tocar alguém que tanto estimamos.

Não deixemos que isso aconteça pois transpor essa distância que construímos é uma difícil tarefa. Não nos permitamos deixar de dar o sorriso de boas vindas, o abraço de despedida, o afago de boa noite e de bom dia. Esse esquecimento pode significar o início dessa barreira invisível que se forma entre as pessoas. Falar sobre os sentimentos, perguntar com interesse como vai o outro, escutar, importar-se, perceber o que incomoda, vibrar com o que felicita, dividir as angústias e as alegrias, faz muita diferença.

Lembremos que todas as manifestações sinceras de carinho e amor são vibrações que envolvem o próximo, aquecem as almas, alegram e embelezam a vida.

domingo, 25 de setembro de 2016

A decadência do lulopetismo – por Percival Puggina

Ser petista ficou dureza. Imagina o sujeito que passou a vida exaltando as elevadas qualidades morais e o discernimento com que o PT oposicionista apontava soluções para os problemas do país. Sonhava com o PT no poder. Nas tendas e barracas em que o PT vendia adesivos, distintivos, camisetas do Che e bandeirinhas de Cuba, o cara tinha conta em caderno. Pagava por mês e ainda contribuía para o caixinha do partido. 

Era fã do Zé, do Genoíno, da Marta. Entrava em surto cívico até nos discursos do Suplicy. Tinha foto com o Lula na parede da sala, adesivo com estrela no carro e bandeirinha vermelha tremulante na janela. A vida era cheia de certezas. Numa delas, o PT salvaria o Brasil de si mesmo porque o partido tinha aquele caráter que parecia faltar ao eleitor brasileiro, esse vendilhão de votos em troca de favores. O PT seria o fim da estrada para a política do “é dando que se recebe”. E, sobre tudo, havia o Lula, o metalúrgico pobretão, apto a mudar o mundo com um megafone.

 Lula dizia, o PT repetia e a vida confirmava: do outro lado da cena política atuava um bando de patifes. Contados um a um pelo próprio líder maior, eram mais de 300. Entre eles, o Collor, o Renan, o Maluf, o Sarney, o Barbalho... Santo Deus! Que bênção seria livrar o Brasil do poder dessa gente. E isso só o PT poderia fazer porque só o PT tinha a força moral necessária.
 Passaram-se 13 anos. Dezenas de lulopetistas foram condenados, presos e estão sendo processados. Bilhões de reais escoaram para bem enxaguadas contas.

 Escabrosas histórias envolvendo o partido, seus agentes e parceiros são contadas mundo afora. Sob o governo petista, o país enfrentou um pacote de crises endógenas, todas de produção própria, caseira. Na contramão de uma conjuntura internacional favorável (a economia mundial crescerá 3%), o Brasil, apesar de ter mudado de governo, ainda sofre com a inflação, recessão, desemprego, descrédito e o PIB despencando ladeira abaixo... Nos últimos dias do finado governo Dilma só 7,7% da população brasileira apoiava seu governo. É por isso que o movimento “Fora Temer” vai  fracassar. 

Mas ainda restam  os petistas fanáticos. Aqueles que acreditam  que os governos de Lula e Dilma tiraram “30, 40 milhões da pobreza”(SIC). Essa falsa euforia não convence quase ninguém. Mas  faz lembrar o Tavares, o canalha rodriguiano, criado por Chico Anysio: “Sou, mas quem não é?”.

O Antagonista.

A Lava Jato fica

Por favor, leiam este trecho do editorial de hoje do Estadão:

"Questionar eventuais equívocos e excessos de uma operação ampla e complexa como a investigação da corrupção generalizada no governo é uma obrigação dos cidadãos conscientes. A mídia tem feito isso, exemplarmente. Mas há uma enorme diferença entre a crítica objetiva e isenta e a deliberada e maliciosa tentativa de induzir as pessoas a acreditar que o erro não é a exceção, mas a regra, e que, portanto, a Operação Lava Jato deve ser proscrita, como uma coisa 'do Mal'".

E mais:

"Para alegria e orgulho dos brasileiros honestos, o fato é que a conspiração contra o combate à corrupção oficial, também com certa ironia, revela que as instituições democráticas têm sido suficientemente fortes para resistir ao assédio de quem só pensa em tirar proveito político e pessoal do poder. O povo brasileiro está cansado de ser enganado e espoliado por governantes inescrupulosos e aposta firme no saneamento do aparelho estatal, até o ponto em que isso é humanamente possível. A Lava Jato fica, a tigrada – a que não for presa – passa."

"Chaga incurável"

Em conversa reservada, Lula lembrou "a amigos" que sempre se deu bem com Michel Temer, mas que não quer mais ter nenhum tipo de relacionamento com ele.

"O que aconteceu deixou uma chaga incurável para sempre", disse Lula, segundo Jorge Moreno, em O Globo.

A condenação e a prisão de Lula e o fim do PT ajudarão a curar as chagas que eles deixaram abertas no país.

Engole o choro, Gim

O MPF reforçou o pedido de condenação contra Gim Argello, Léo Pinheiro, Ricardo Pessoa e outros seis investigados na Lava Jato.

Entre os crimes atribuídos à turma, estão organização criminosa, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

Falta pouco para Sérgio Moro decidir em relação às acusações de que Gim recebeu R$ 5 milhões em propina da UTC e R$ 350 mil da OAS.

Desse jeito...

Leonardo Boff, suposto ex-frei, também pede votos para o prefeitinho.

Fernando Haddad vai longe.

sábado, 24 de setembro de 2016

D. Pedro II do Brasil.


Quando D. Pedro II do Brasil subiu ao trono em 1840, 92% da população brasileira era analfabeta, em seu último ano de reinado em 1889, essa porcentagem era de 56%, devido ao seu grande incentivo a educação, a construção de Faculdades e principalmente de inúmeras Escolas que tinham como modelo o excelente Colégio Pedro II.

Em 1887, a média da temperatura na cidade do Rio de Janeiro era 24° no ano. No mesmo ano a máxima no verão carioca no mês de janeiro foi de 29°.

A Imperatriz Teresa Cristina cozinhava as próprias refeições diárias da família imperial apenas com a ajuda de uma empregada (paga com o salário de Pedro II).

Em 1871, a Imperatriz Teresa Cristina doou todas as suas joias pessoais para a causa abolicionista, deixando a elite furiosa com tal ousadia. No mesmo ano A Lei do Ventre Livre entrou em vigor, assinada por sua filha a Princesa Imperial Dona Isabel.

(1880) O Brasil era a 4º Economia do Mundo e o 9º Maior Império da História.

(1860-1889) A Média do Crescimento Econômico era de 8,81% ao Ano.

(1880) Eram 14 Impostos, atualmente são 98.

(1850-1889) A Média da Inflação era de 1,08% ao Ano.

(1880) A Moeda Brasileira tinha o mesmo valor do Dólar e da Libra Esterlina.

(1880) O Brasil tinha a Segunda Maior e Melhor Marinha do Mundo. Perdendo apenas para Inglaterra.

(1860-1889) O Brasil foi o primeiro país da América Latina e o segundo no Mundo a ter ensino especial para deficientes auditivos e deficientes visuais.

(1880) O Brasil foi o maior construtor de estradas de Ferro do Mundo, com mais de 26 mil Km.

A imprensa era livre tanto para pregar o ideal republicano quanto para falar mal do nosso Imperador. "Diplomatas europeus e outros observadores estranhavam a liberdade dos jornais brasileiros" conta o historiador José Murilo de Carvalho. "Schreiner, ministro da Áustria, afirmou que o Imperador era atacado pessoalmente na imprensa de modo que 'causaria ao autor de tais artigos, em toda a Europa, até mesmo na Inglaterra, onde se tolera uma dose bastante forte de liberdade, um processo de alta traição'." Mesmo diante desses ataques, D. Pedro II se colocava contra a censura. 
"Imprensa se combate com imprensa", dizia.

"Quanto às minhas opiniões políticas, tenho duas, uma impossível, outra realizada. A impossível é a república de Platão. A realizada é o sistema representativo a Monarquia. É sobretudo como brasileiro que me agrada esta última opinião, e eu peço aos deuses (também creio nos deuses) que afastem do Brasil o sistema republicano, porque esse dia seria o do nascimento da mais insolente aristocracia que o sol jamais alumiou"

MACHADO DE ASSIS.

ESCRITOR E FUNDADOR DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS

1. A média nacional do salário dos professores estaduais de Ensino Fundamental em (1880) era de R$ 8.958,00 em valores atualizados.

2. Entre 1850 e 1890, o Rio de Janeiro era conhecido na Europa como “A Cidade Dos Pianos” devido ao enorme número de pianos em quase todos ambientes comerciais e domésticos.

3. O bairro mais caro do Rio de Janeiro, o Leblon, era um quilombo que cultivava camélias, flor símbolo da abolição, sendo sustentado pela Princesa Isabel.

4. O Maestro e Compositor Carlos Gomes, de “O Guarani” foi sustentado por Pedro II até atingir grande sucesso mundial.

5. Pedro II tinha o projeto da construção de um trem que ligasse diretamente a cidade do Rio de Janeiro a cidade de Niterói. O projeto em tramito até hoje nunca saiu do papel.

6. Pedro II mandou acabar com a guarda chamada Dragões da Independência por achar desperdício de dinheiro público. Com a república a guarda voltou a existir.

7. Em 1887, Pedro II recebeu os diplomas honorários de Botânica e Astronomia pela Universidade de Cambridge.

8. Descontruindo boatos, D. Pedro II e o Barão/Visconde de Mauá eram amigos e planejaram juntos o futuro dos escravos pós-abolição. Infelizmente com o golpe militar de 1889 os planos foram interrompidos.

9. Oficialmente, a primeira grande favela na cidade do Rio de Janeiro, data de 1893, 4 anos e meio após a Proclamação da República e cancelamento de ajuda aos ex-cativos.

10. D. Pedro II tinha 1,91m de altura, quando a média dos homens brasileiros era de 1,70m e mulheres 1,60m.

11. Na época do golpe militar de 1889, D. Pedro II tinha 90% de aprovação da população em geral. Por isso o golpe não teve participação popular.

12. José do Patrocínio organizou uma guarda especialmente para a proteção da Princesa Isabel, chamada “A Guarda Negra”. Devido a abolição e até mesmo antes na Lei do Ventre Livre , a princesa recebia diariamente ameaças contra sua vida e de seus filhos. As ameaças eram financiadas pelos grandes cafeicultores escravocratas.

1. O Paço Leopoldina localizava-se onde atualmente é o Jardim Zoológico

2. O Terreno onde fica o Estádio do Maracanã pertencia ao Duque de Saxe, esposo da Princesa Leopoldina.

3. Santos Dumont almoçava 3 vezes por semana na casa da Princesa Isabel em Paris.

4. A ideia do Cristo na montanha do corcovado partiu da Princesa Isabel.

5. A família imperial não tinha escravos. Todos os negros eram alforriados e assalariados, em todos imóveis da família.

6. D. Pedro II tentou ao parlamento a abolição da escravatura desde 1848. Uma luta contra os poderosos fazendeiros por 40 anos.

7. D. Pedro II falava 23 idiomas, sendo que 17 era fluente.

8. A primeira tradução do clássico árabe “Mil e uma noites” foi feita por D. Pedro II, do árabe arcaico para o português do Brasil.

9. D. Pedro II doava 50% de sua dotação anual para instituições de caridade e incentivos para educação com ênfase nas ciências e artes.

10. D. Pedro Augusto Saxe-Coburgo era fã assumido de Chiquinha Gonzaga.

11. Princesa Isabel recebia com bastante frequência amigos negros em seu palácio em Laranjeiras para saraus e pequenas festas. Um verdadeiro escândalo para época.

12. Na casa de veraneio em Petrópolis, Princesa Isabel ajudava a esconder escravos fugidos e arrecadava numerários para alforriá-los.

13. Os pequenos filhos da Princesa Isabel possuíam um jornalzinho que circulava em Petrópolis, um jornal totalmente abolicionista.

14. D. Pedro II recebeu 14 mil votos na Filadélfia para a eleição Presidencial, devido sua popularidade, na época os eleitores podiam votar em qualquer pessoa nas eleições.

15. Uma senhora milionária do sul, inconformada com a derrota na guerra civil americana, propôs a Pedro II anexar o sul dos Estados Unidos ao Brasil, ele respondeu literalmente com dois “Never!” bem enfáticos.

16. Pedro II fez um empréstimo pessoal há um banco europeu para comprar a fazenda que abrange hoje o Parque Nacional da Tijuca. Em uma época que ninguém pensava em ecologia ou desmatamento, Pedro II mandou reflorestar toda a grande fazenda de café com mata atlântica nativa.

17. A mídia ridicularizava a figura de Pedro II por usar roupas extremamente simples, e o descaso no cuidado e manutenção dos palácios da Quinta da Boa Vista e Petrópolis. Pedro II não admitia tirar dinheiro do governo para tais futilidades. Alvo de charges quase diárias nos jornais, mantinha a total liberdade de expressão e nenhuma censura.

18. Thomas Edison, Pasteur e Graham Bell fizeram teses em homenagem a Pedro II.

19. Pedro II acreditava em Allan Kardec e Dr. Freud, confiando o tratamento de seu neto Pedro Augusto. Os resultados foram excelentes deixando Pedro Augusto sem nenhum surto por anos.

20. D. Pedro II andava pelas ruas de Paris em seu exilio sempre com um saco de veludo ao bolso com um pouco de areia da praia de Copacabana. Foi enterrado com ele.


Em VEJA desta semana: Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann: sr. Propina e sra. Caixa Dois

Mensagens e planilhas revelam que o ex-ministro desviava dinheiro de contratos da pasta que comandava – e a senadora usava o dinheiro para bancar campanhas
 Bernardo disse que nada sabia sobre o dinheiro que abastecia as campanhas de sua mulher (Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)

Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann são casados há duas décadas. Ela, senadora da República, foi ¬ministra-chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff. Ele foi ministro do Planejamento no governo Lula e ministro das Comunicações no governo Dilma. Ambos são petistas. Ambos integram a seleta lista de companheiros da estrita confiança do ex e da ex-presidente. Ambos são investigados pela Operação Lava-Jato. Paulo Bernardo chegou a ser preso pela Polícia Federal há três meses. Gleisi é alvo de inquéritos em curso no Supremo Tribunal Federal que a colocam como beneficiária de dinheiro do petrolão. Embora os dois sejam investigados em frentes diferentes, as suspeitas que recaem sobre eles se entrelaçam. E, nestes tempos em que os políticos se esforçam para tentar restringir os flagrantes de roubalheira a inocentes deslizes destinados a financiar campanhas eleitorais, o casal petista é a mais perfeita prova de que caixa dois e corrupção são, quase sempre, inseparáveis — um casamento, digamos assim, sólido.

Paulo Bernardo é acusado de ter orquestrado um esquema milionário de desvio de dinheiro no Ministério do Planejamento quando ocupava a pasta. A Consist, uma empresa de São Paulo, foi escolhida para administrar a lista de funcionários públicos, pensionistas e aposentados endividados que recorriam aos empréstimos consignados, cujas parcelas vêm descontadas automaticamente na folha de pagamento. Quem recorria aos créditos pagava uma taxa de administração — o lucro da empresa. A taxa cobrada dos funcionários e aposentados, claro, era superfaturada. O excedente era dividido, e o PT ficava com 70% de tudo. De acordo com a Polícia Federal, o partido arrecadou mais de 100 milhões de reais em cinco anos com base nesse método.

O ex-ministro sempre foi considerado um homem de partido, um soldado, como os petistas gostam de dizer. Um quadro técnico, competente e pragmático. A Operação Lava-Jato desmontou uma parte dessa biografia. A competência e o pragmatismo eram de fato reais, mas serviam a propósitos nada nobres. O dinheiro arrecadado por Paulo Bernardo e seu bando foi usado para garantir a aposentadoria e a tranquilidade de alguns companheiros dele do PT, financiou apartamentos de luxo em Miami para outros amigos meliantes, além de ajudar a eleger Gleisi Hoffmann, a senadora mais votada do Paraná, depois de uma campanha suntuosa. A cota do ex-ministro era transferida diretamente pela Consist para um escritório de advocacia de Curitiba, que providenciava a redistribuição da propina. A ideia era não deixar rastro. Mas não funcionou…
Gleisi, a senadora, e a planilha: o STF vai decidir nesta semana se aceita ou não a denúncia de corrupção (Aloisio Mauricio/Fotoarena)

A senadora Gleisi Hoffmann foi fisgada pela Lava-Jato logo nos primeiros meses da investigação. Os policiais descobriram que ela recebera 1 milhão de reais em propinas desviadas da Petrobras. Dinheiro repassado por doleiros. Era o fio da meada de um escândalo muito maior para o casal mais poderoso da Esplanada. O escritório de advocacia de Curitiba para o qual o dinheiro era desviado gozava da confiança absoluta de Paulo Bernardo e Gleisi — um de seus sócios, Guilherme Gonçalves, era encarregado de defender a senadora em processos na Justiça. Era o álibi perfeito. A Consist fazia de conta que pagava pelos serviços de advocacia e os advogados pagavam as despesas do casal sem deixar rastros. Descobertos, todos entoaram o mesmo mantra. Paulo Bernardo não sabia de nada. Gleisi não sabia de nada. O advogado Guilherme Gonçalves, que também defendeu a ex-presidente Dilma em processos no Tribunal Superior Eleitoral, não sabia de nada.

Mas havia gente que não sabia e tentou descobrir. Acusado de envolvimento no escândalo, um dos sócios da banca, o advogado Sacha Reck, resolveu agir. Pediu a uma empresa independente que fizesse uma auditoria nas contas e nos arquivos do escritório. O resultado surpreendeu. Foi então que ele descobriu aquilo que a Polícia Federal não demoraria a desbaratar: o contrato de serviços jurídicos com a Consist não passava de fachada. Mensagens e planilhas guardadas em pastas secretas registravam o destino final do dinheiro: “Eleitoral — Gleisi”.

VEJA teve acesso aos documentos da auditoria entregues às autoridades. Ao todo, o escritório recebeu 7,2 milhões de reais da Consist. Não se sabe ainda, com precisão, quanto desse valor foi parar no caixa dois eleitoral de Gleisi, mas há fartos indícios de que não foi pouco. De acordo com os investigadores, a propina teria sido usada para pagar de tudo: ônibus para transporte de cabos eleitorais, jantares para prefeitos, motorista particular da senadora, aluguel de um flat usado como escritório informal da campanha. Um estagiário do escritório fazia o papel de entregador de dinheiro vivo, sempre que necessário. Em depoimento, ele disse ter ouvido do antigo chefe uma frase que resume bem o esquema: “O dinheiro pertencia a Paulo Bernardo, que intentava bancar a campanha de Gleisi Hoffmann para os cargos que disputasse”. Na próxima terça-feira, o STF decide se aceita ou não a acusação de corrupção contra a senadora no caso do petrolão. O casamento entre corrupção e caixa dois, ao contrário do que dizem os que desejam uma anistia generalizada, nunca foi tão perfeito.

Em Crato, é a "maioria silenciosa" quem vai decidir as eleições de 2016 -- por Armando Lopes Rafael



Li, tempos atrás, um artigo de João Francisco Neto onde constavam os dois parágrafos abaixo:

“Em 1969, quando era Presidente dos EUA, Richard Nixon visando obter o apoio da opinião pública e enfrentar as crescentes manifestações de rua contra a Guerra do Vietnã, convocou a imprensa e proferiu um vigoroso discurso, em que apelava pelo apoio da “maioria silenciosa”. Para ele, a maioria silenciosa seria composta pelo grande número de cidadãos americanos que não saíam às ruas para protestar, e que, ao contrário, seriam favoráveis à continuação do conflito. Enfim, essa chamada “maioria silenciosa” seria formada pelos cidadãos comuns, contrários aos valores da contracultura da época, e que, enfim, pretendiam apenas viver normalmente e criar seus filhos num país estável e seguro.
O discurso foi muito bem recebido pela população americana, e Nixon se convenceu de que, realmente, tinha o apoio da grande maioria silenciosa, que não protestava pelas ruas. Tanto foi assim que, em seguida, enviou mais tropas para o Vietnam e, no ano seguinte, em 1970, promoveu a invasão do Camboja, um pequeno país vizinho ao Vietnam, que acabou envolvido no conflito, juntamente com o Laos”.

Mutatis mutandi, ou transplantando as coisas para o lado de cá, o dado concreto é que existe mesmo essa “maioria silenciosa”.  Ela é formada pela maioria que não está nas ruas, nem nos comícios. É formada pela maioria que fica observando o desenrolar dos acontecimentos. Gosto de ouvir o homem comum, pois ele é, geralmente, um observador privilegiado. Na última 4ª feira, um desses homens (que lava meu carro semanalmente) fez-me uma observação a respeito do comício feito por Lula no centro de Crato, naquele dia.
– Tinha muitos ônibus e carros trazendo pessoas de Juazeiro, Barbalha e até de municípios próximos de Crato... daqui de Crato tinha pouca gente. Depois, Lula não é mais aquele homem de quando era o presidente. Hoje o povo olha pra ele meio desconfiado...

Aquilo me deixou com uma pulga atrás da orelha. Naquele momento convenci-me de que é a maioria silenciosa  quem vai decidir as eleições do próximo dia 2 de outubro. Posso até estar enganado, mas essa maioria silenciosa, que assiste diariamente notícias sobre a roubalheira que tomou conta do Brasil é que vai se pronunciar.

É a maioria silenciosa, perplexa e indignada, com os frequentes e sucessivos escândalos, pela falta de ética e respeito com o povo, formada por pessoas que apenas almeja trabalhar, criar seus filhos e viver com dignidade num país de respeito e numa cidade tranquila quem vai dar a palavra final... É aguardar para conferir!

Postado por Armando Lopes Rafael
             

Coisas da República: Tribunal de Contas da União-- TCU propõe bloquear bens de Dilma

Parecer da área técnica do Tribunal de Contas da União diverge de auditora que isentou Conselho de Administração no caso de Pasadena
Fonte: O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) pede que ex-integrantes do Conselho de Administração da Petrobrás, entre eles a ex-presidente Dilma Rousseff, sejam responsabilizados e tenham os bens bloqueados por perdas na compra da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). É a primeira vez que o setor de auditoria da corte propõe tornar indisponível o patrimônio dos ex-conselheiros por prejuízos no negócio, investigado na Operação Lava Jato.

A área técnica do tribunal analisa a culpa de Dilma e de outros ex-membros do colegiado também nas maiores obras da estatal.

O parecer obtido pelo Estado foi concluído no último dia 19 e é subscrito pelo chefe da Secretaria de Controle Externo da Administração Indireta do TCU no Rio de Janeiro (Secex Estatais), Luiz Sérgio Madeiro da Costa. Ele divergiu de auditora que avaliou a transação e, dias antes, havia reiterado entendimento do tribunal de isentar o conselho, aplicando sanções apenas a ex-dirigentes que tinham funções executivas. Desde 2014, ex-diretores da companhia têm os bens bloqueados.

Dilma era ministra da Casa Civil do governo Lula e presidente do Conselho de Administração em 2006, quando foi aprovada a aquisição dos primeiros 50% da refinaria. O secretário pede que os ex-conselheiros sejam considerados responsáveis solidários por perdas de ao menos US$ 266 milhões (R$ 858,3 milhões). O bloqueio, inicialmente por um ano, visa a cobrir eventual ressarcimento à estatal.

Além de Dilma, estão na lista o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil), os empresários Cláudio Haddad e Fábio Barbosa, o general Gleuber Vieira e o ex-presidente da companhia José Sergio Gabrielli – como integrava também a Diretoria Executiva, este último já está com os bens bloqueados. O grupo participou da reunião que aprovou a compra em 2006.

A estatal pagou, inicialmente, US$ 359 milhões ao grupo belga Astra Oil, que, no ano anterior, havia desembolsado US$ 42 milhões por 100% dos ativos. Em março de 2014, o Estado revelou que a então presidente da República votou a favor do negócio. Ela disse que só deu seu aval porque se baseou em “resumo tecnicamente falho” que omitia cláusulas das quais, se tivesse conhecimento, não aprovaria.

Após um desacordo, a Astra acionou uma dessas cláusulas, que lhe assegurava o direito de vender sua fatia em Pasadena à estatal. Em 2012, a Petrobrás pagou US$ 820 milhões pelos 50% remanescentes à empresa belga. Em 2014, ao bloquear bens de ex-diretores, o TCU concluiu que a perda total pela compra foi de US$ 792 milhões (R$ 2,5 bilhões).

Em relatório anexado a um desses processos, que traz a análise sobre a maior parte das perdas (US$ 580 milhões ou R$ 1,8 bilhão), a auditora da Secex Estatais Maria Lúcia Samico defendeu responsabilizar não só os ex-diretores já implicados em 2014, mas outros cinco ex-funcionários da Petrobrás que negociaram com a Astra. No entanto, reiterou que o conselho não tem culpa pelos prejuízos, pois não detinha as informações necessárias para antever que o negócio seria nocivo. O parecer não discute as delações premiadas da Lava Jato, entre elas a do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró, informando que Dilma conhecia em detalhes a compra.

‘Dever de diligência’. O chefe da secretaria contestou as conclusões. Para ele, Dilma e os demais ex-integrantes do conselho descumpriram normativos da Petrobrás e a Lei das Sociedades por Ações ao não “acompanhar a gestão da Diretoria Executiva” por meio da “análise devida das bases do negócio” e ao não solicitar “esclarecimentos mais detalhados sobre a operação”, antes de autorizá-la. Com isso, argumenta ele, violaram o “dever de diligência” para com a companhia.

Os pareceres foram enviados ao relator dos processos, ministro Vital do Rêgo, e ao procurador-geral do MP de Contas, Paulo Bugarin, que vão apresentar suas considerações. Depois, o caso será pautado para julgamento. Não há previsão.

Defesa. A ex-presidente Dilma Rousseff informou, em nota, que o assunto Pasadena “é antigo e já foi arquivado em 2014 pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, por considerar que nem ela nem os demais ex-conselheiros de Administração da Petrobrás tiveram responsabilidade pelos eventuais prejuízos”.

Dilma afirmou que o próprio TCU a “excluiu” do processo em 2014, por considerar que o Conselho de Administração “não havia sido devidamente informado de todas as cláusulas no processo de aquisição de Pasadena”.

O Estado entrou em contato com a secretária de Cláudio Haddad e ela disse que ele só poderia se pronunciar a partir de segunda-feira. Fábio Barbosa não quis se manifestar. Gleuber Vieira disse que desconhece o parecer do tribunal e não poderia comentá-lo em detalhes.

Defensor de José Sergio Gabrielli, Antônio Perilo disse que parecer de técnicos do TCU acolhe argumentos de seu cliente. Ele alegou que auditoria admite que a carta de intenções do negócio não foi autorizada por Gabrielli. Graça Foster não comentou.

“Coisas da República”: Moro determina que Planalto analise bens apreendidos de Lula

O juiz federal Sérgio Moro solicitou à Presidência da República que analise os bens apreendidos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para que verifique se alguns deles devem ser incorporados ao acervo presidencial. Os bens foram apreendidos durante as investigações da Lava Jato.Em despacho publicado nesta sexta-feira (23), o magistrado da 13ª Vara Federal de Curitiba atende a pedido do Ministério Público Federal para que a Secretaria de Administração do Palácio do Planalto verifique o patrimônio apreendido em fevereiro deste ano em um cofre do Banco do Brasil em São Paulo.
O objetivo das investigações é examinar o que pertence ao acervo pessoal do ex-presidente e o que deveria ter sido armazenado como patrimônio público da Presidência

O objetivo das investigações é examinar o que pertence ao acervo pessoal do ex-presidente e o que deveria ter sido armazenado como patrimônio público da Presidência, como por exemplo presentes recebidos por líderes estrangeiros durante visitas oficiais e viagens de Estado.
Na decisão, Sérgio Moro utiliza como referência a auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) que constatou, no mês passado, que 4,5 mil itens do patrimônio da União estão desaparecidos. O juiz informa que o órgão poderá contar com a ajuda do TCU e pede que a averiguação seja feita, se necessário, na própria agência.
"Assim, faz-se necessário solicitar exame por órgão administrativo acerca do material apreendido para que possa ser feito o necessário crivo, entre o que pertence ao acervo pessoal do ex-Presidente - e há objetos, como medalhas, que aparentemente são pertinentes ao acervo pessoal, e o que eventualmente deveria ter sido, na esteira do disposto nos decretos, incorporado ao Patrimônio da Presidência da República", disse o juiz.

Moro pede ainda que seja verificada a "origem dos bens ali depositados", e dá o prazo de 45 dias, prorrogável se necessário. Além da intimação, ele pede que o Ministério Público, a defesa de Lula e a Polícia Federal tomem conhecimento do despacho.
Fonte: Site Terra  – Colaborou André Richte

Coisas da Monarquia: Mas por que, afinal de contas, um Rei seria melhor do que um presidente republicano? que diferença faz o país ser governado por um monarca ou um presidente?

1 – O Rei, sendo vitalício, pode inspirar e conduzir um projeto nacional, com obras de longo alcance e que visem às futuras gerações. O Presidente tem quatro anos (renováveis uma vez) para elaborar e executar seu projeto, cujo alcance é voltado quase exclusivamente à sua reeleição.
2 – O Monarca não tem interesse em interromper as obras dos antecessores, das quais participou antes mesmo de subir ao trono. O Presidente quer executar seu próprio projeto, e com frequência interrompe o dos antecessores.
3 – O Rei é o símbolo vivo da nação, personifica sua tradição histórica e lhe dá a unidade e continuidade. O Presidente tem mandato de apenas quatro anos e é eleito por uma parte da nação. Por isso não a personifica nem lhe dá unidade.
4 – O Monarca representa para o povo a figura de um pai e cria na nação a consciência de uma grande família, com um destino em comum a realizar. O Presidente é um mero funcionário público temporário, e ninguém constitui vínculos psicológicos duradouros com ele, pois é substituído a cada quatro anos.
5 – O Rei não está vinculado a partidos nem depende de grupos econômicos; por isso é independente e pode se dedicar ao que é melhor para o país inteiro. O Presidente se elege com o apoio de partidos e depende de grupos econômicos, que influem nas suas decisões.
6 – O Monarca é educado desde criança para reinar com honestidade, competência e nobreza, e durante toda a sua formação já participa dos problemas e do governo do país. O Presidente não é educado para o cargo, sendo frequentemente um aventureiro, um improvisado.
7 – O Rei trata os súditos com amor, como um pai que ouve e se interessa pelos problemas dos filhos. O Presidente trata o povo de modo impessoal, com se fossem estranhos.
Fonte:  Trecho da cartilha "Direita? Esquerda? Siga o melhor caminho: Monarquia" da Pró Monarquia – divulgada pela Casa Imperial do Brasil

Editorial do Estadão: Os limites de Lula - Por victoriraja

Ex-presidente e seus advogados decidiram simplesmente denunciar o sistema judicial brasileiro, como se aqui vigorasse a mais grossa ditadura.

O ex-presidente Lula se considera um perseguido político. Essa será sua linha de argumentação no processo em que é acusado de auferir vantagens do esquema do petrolão, flagrado pela Lava Jato. Isso significa que, agora transformado em réu pelo juiz federal Sergio Moro, Lula exercerá seu direito de defesa além da mera formalidade, uma vez que atende às exigências do devido processo legal e ao mesmo tempo nega sua validade, pois considera o processo ilegítimo e vê o tribunal e os promotores como integrantes de um complô para impedir sua volta à Presidência da República.

Assim, Lula e seus advogados decidiram simplesmente denunciar o sistema judicial brasileiro, como se aqui vigorasse a mais grossa ditadura. Para Lula, o processo nem deveria existir, dado que sua inocência é clara como a luz do dia e só é questionada por quem tem má-fé. Por esse raciocínio, a Justiça só provará sua isenção se absolver Lula e se lhe pedir desculpas, algo que o ex-presidente, aliás, já cobrou.

Tal estratégia mal esconde a aflição de Lula com o risco de vir a ser preso. A denúncia que Moro aceitou já é a segunda relativa ao petrolão – a primeira, que corre na Justiça Federal de Brasília, o acusa de obstrução de Justiça. No caso que está na 13.ª Vara Federal de Curitiba, Lula é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no esquema de assalto à Petrobrás, do qual, segundo o Ministério Público Federal, o ex-presidente é o “comandante supremo”.

A acusação afirma que Lula recebeu R$ 3,7 milhões em propina da empreiteira OAS entre 2006 e 2012. Moro considerou haver “indícios razoáveis” de que um triplex no Guarujá foi dado pela OAS a Lula, embora a empresa tenha se mantido como proprietária formal. A empreiteira realizou melhorias no apartamento sob orientação da mulher de Lula, Marisa Letícia, razão pela qual a ex-primeira-dama também foi denunciada. Ademais, a empreiteira custeou o armazenamento do acervo que o ex-presidente alega ser seu, acomodado em 14 contêineres. O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto – outro denunciado –, reconheceu esse pagamento, mas insistiu que não se trata de crime. Okamotto não disse qual foi a contrapartida para tanta generosidade.

A acusação de que Lula chefiou o petrolão não consta do processo, embora tenha sido enfatizada pelos procuradores na apresentação da denúncia. Moro entendeu que essa omissão se justifica porque a acusação de associação criminosa consta de processo que, por envolver agentes com foro privilegiado, corre no Supremo Tribunal Federal. Mesmo assim, o juiz considerou que a acusação dos promotores sobre o papel proeminente de Lula no esquema é relevante, uma vez que as vantagens materiais dadas pela OAS ao ex-presidente só se justificariam no contexto do petrolão.

Moro também deixou claro que este ainda não é o momento de fazer um exame das provas, mas apenas de analisar se a denúncia tem justa causa. Isso significa que a aceitação da denúncia não representa qualquer julgamento sobre a culpa do réu, que “poderá exercer livremente sua defesa”.
Mas o direito à ampla defesa não parece interessar a Lula. Confrontado com tão evidentes sinais de que não é a “viva alma mais honesta deste país”, como certa vez se jactou, o ex-presidente parece intuir que será irremediavelmente condenado caso se submeta apenas ao devido processo legal. Assim, Lula desencadeou uma campanha mundial para caracterizar o processo como político.

No Brasil, Lula mandou que os candidatos petistas nas eleições municipais, que já enfrentam enormes dificuldades para superar a hostilidade do eleitor, usem a campanha para defendê-lo. Assim, o chefão petista atrela o seu destino e o do partido no que pode ser o abraço dos afogados. No exterior, a tigrada deflagrou uma campanha constrangedora intitulada “Stand with Lula” (“Estamos com Lula”), que pede apoio internacional ao ex-presidente, caracterizado como “pai do Brasil moderno”.
Como sempre, Lula refugia-se em mentiras e fabulações, ofendendo a inteligência alheia e a própria democracia, para não ter de responder por seus atos. Felizmente, porém, sua margem de manobra parece se estreitar cada vez mais.