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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 12 de novembro de 2016

"Sou candidato por que sou político" - Mário Covas.


Sou politico. E não me envergonho de sê-lo. Não tenho na minha biografia nenhum ato que possa me envergonhar do meu passado político.

Em nenhuma circunstância, em nenhum instante me omiti. Não apenas na Constituinte. Não me omiti quando tomar posição era perigoso. Quando tomar posição significava correr riscos sérios. Quando tomar posição significava ver as pessoas atravessarem a rua pra não lhe cumrpimentar pra não se comprometer.

Tenho orgulho de ser político. Não tenho nada que me envergonhar com isso. Sou um político que aprendi com o povo e, por isso, sou candidato. Aprendi sobretudo quando passei pela Prefeitura de São Paulo, no convívio de uma intimidade muito grande com essa população, que me ensinou lições políticas extraordinárias.

Foi com esse povo que eu aprendi que ele prefere, muitas vezes, um "NÃO" discutido do que um "SIM" que ele sabe que não vai ser cumprido. Foi com esse povo que eu aprendi a existência da solidariedade e da fraternidade, que cresce do centro para a periferia e se avoluma e se amontoa exatamente onde moram as pessoas mais carentes.

Eu sou candidato porque imagino que tenho a melhor proposta. O primeiro partido a formular uma proposta foi o meu partido. Sou candidato porque imagino que tenho os melhores companheiros, o melhor time para fazer dessa proposta uma realidade concreta.

Sou candidato porque acho que é legítima essa aspiração para quem não vê o poder como um fim, mas apenas como um meio. Sou candidato porque tenho a humildade necessária para saber que o poder não tem outro significado a não ser um meio para justificar e dar vazão aos compromissos de natureza popular. Por isso, sou candidato."
Que falta faz uma liderança do quilate de Mario Covas!

Um comentário:

  1. Em tempos de pessoas se elegendo com o discurso da negação à política, como se fosse uma doença contagiosa, vale o recado do grande Mario Covas.

    São 23 anos, 20 deles depois do Mario Covas com o Geraldo Alkimin, o seu vice governando com horas e decência o maior estado do Brasil. Nas ultimas eleições acabou de eliminar a miseria do PT.

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