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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 4 de dezembro de 2016

5 de dezembro: 125 anos da morte de Dom Pedro II – por Vítor Abdala (*)

Rio de Janeiro – Completam-se amanhã, 5 de dezembro,  125 anos da morte do imperador Dom Pedro II, o governante que ficou mais tempo à frente do Estado brasileiro em toda a história do país. O aniversário da morte do monarca será lembrado pelos brasileiros que simpatizam com a forma de governo monárquica, por instituições culturais e por pessoas anônimas que vivem perplexas com a atual situação administrativa-política da nossa Pátria. 

Segundo o historiador Bruno de Cerqueira, do Instituto Dona Isabel I, de preservação da memória ligada à família Orleans e Bragança, Dom Pedro II foi figura central para a manutenção da unidade territorial brasileira.

Mesmo quando ainda era criança, dom Pedro II teria tido uma importância simbólica. Cerqueira explica que, sem a existência da figura do imperador, o Brasil teria se desintegrado em vários estados, na década de 1830, período em que dom Pedro I deixou o Brasil e o país teve que ser governado por regentes.

“Se não tivesse essa criança como centro do poder no Rio de Janeiro, não teria havido a continuidade do Brasil. O Brasil teria deixado de existir. Teriam sido criados diversos países aqui. Depois, em seu governo, foi ele que solidificou todas as instituições nacionais”, disse.

Nos dez anos em que o Brasil ficou sob o governo de regentes, ocorreram inúmeras revoltas, como a Balaiada e a Guerra dos Farrapos, que queria a independência do Rio Grande do Sul. Dom Pedro II foi coroado em 1841, com 15 anos de idade.
Segundo Bruno de Cerqueira, o monarca instaurou o parlamentarismo no Brasil em 1847, ao abdicar de parte das atribuições governamentais em favor de um presidente do Conselho de Ministros, uma espécie de primeiro-ministro.

No período em que dom Pedro II era imperador também ocorreram a Guerra do Paraguai, que se arrastou de 1864 a 1870, e a abolição da escravatura no país, em 1888. Dom Pedro foi retirado do poder por um golpe militar liderado pelo marechal Deodoro da Fonseca, que instaurou a República em 15 de novembro de 1889.

“A família imperial não reagiu. Se tivesse reagido, como queria o conde d’Eu [genro do imperador e marido da princesa Isabel], teria havido um banho de sangue, uma guerra civil enorme no Rio de Janeiro. Para evitar essa guerra, a família decide se retirar do país. Aí, eles são banidos, na madrugada de 17 de novembro de 1889”, explica.

Já bastante debilitado pelo diabetes, dom Pedro II morreu dois anos depois, em 5 de dezembro de 1891, no exílio, em Paris, na França, vítima de pneumonia. “Ocorreu uma coisa extremamente interessante, porque a França deu honras de imperador. Cento e vinte mil pessoas assistiram ao funeral, mas a nossa República brasileira não permitiu que o embaixador do Brasil em Paris o assistisse”, conta.

Seus restos mortais só voltariam ao Brasil em 1920, depois do fim oficial do banimento da família imperial. Desde então, os restos de dom Pedro II estão sepultados no Mausoléu Imperial, dentro da Catedral de Petrópolis, na região serrana fluminense.

(*) Vitor Abdala, Repórter da Agência Brasil

3 comentários:

  1. Sem duvida já tenho minha posição desfavorável a republica. Tenha duvidas quanto como seria implantada a monarquia. Se restabelecida a hereditariedade ou se com a eleição de um novo rei, porque a segunda hipótese prevalecendo corre-se o risco de um bandido se tornar rei.

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  2. Existem regras constitucionais para ocupar o Trono do Império Brasileiro e dentro delas se sobressai um princípio inalienável, caso um dia a monarquia venha a ser implantada: o da legitimidade.
    Dentro de tudo isso, o herdeiro do trono é o bisneto da Princesa Isabel, Dom Luís de Orleans e Bragança, que vem dentro da linha sucessória.
    Atualmente, de jure, esta é a linha de sucessão dos pretendentes ao trono do Brasil:

    A Família Imperial, os Príncipes que, quando da restauração, serão os "principais" aos olhos do Estado e dos brasileiros.

    1. Dom Luís de Orléans e Bragança, chefe da casa imperial brasileira;
    2. Dom Bertrand de Orléans e Bragança (irmão maios novo de Dom Luís) príncipe imperial do Brasil e de Orléans. Tanto Dom Luís como Dom Bertrand são solteiros. Assim o próximo sucessor é o 3º da hierarquia: Dom Antônio que é casado com Dona Cristina, princesa da Casa Real da Bélgica.
    3. Dom Antônio de Orléans e Bragança, príncipe do Brasil e de Orléans e Bragança;
    4.Dom Rafael de Orléans e Bragança (filho de Dom Antônio), príncipe do Brasil e de Orléans e Bragança;
    5. Dona Maria Gabriela de Orléans e Bragança,filha de Dom antônio, princesa do Brasil e de Orléans e Bragança;
    6. Dona Isabel de Orléans e Bragança,filha de Dom Antônio, princesa do Brasil e de Orléans e Bragança

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  3. Ontem, domingo, 4 de dezembro, muitas bandeiras tremularam nas manifestações a favor da Operação Lava Jato e contra os políticos republicanos. Um repórter de uma rede de televisão de São Paulo entrevistou um senhor de idade avançada e perguntou por que ele portava a bandeira do Império e ele respondeu:
    –– A que veio a república? Um golpe no IMPÉRIO do BRASIL! E atualmente pergunto que república é essa, além de golpista, inoperante, perdida, sem fundamento, uma vergonha para nós brasileiros. Esta na hora de refletir, organizar e agir, afinal a Monarquia não morreu foi retirada sem consentimento do povo brasileiro. Viva a Monarquia! Morra a república!MUDANÇA JÁ!!!

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