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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 31 de março de 2017

Cabral delata juízes, desembargados e membros do MP: ao todo, 97! - Por Reinaldom Azevedo.

A Lista de Janot vem causando movimentos sísmicos na política? Pois esperem para ver a “Lista de Cabral”!!! A terra pode tremer de verdade.

Segundo quem está por dentro do assunto e não costuma errar, neste exato momento, Sérgio Cabral, ex-governador do Rio, está fazendo o primeiro depoimento de sua delação premiada.

A julgar pelo procedimento adotado pela moral profunda da Lava Jato, o prêmio de Cabral será gigantesco, né?, já que o Paradigma Sérgio Machado prova que quanto mais bandido, mais benefícios se recebem.

Conhecem aquela piada do tenor que, coitado, arrancava as últimas reservas de ar de pulmões já cansados, sob uma intensa vaia da plateia?

O homem se cansou da humilhação e dos tomates e disse, no palco do Scala, de Milão: “Aspetta il barítono!!!”. Em tradução livre: “Ah, tão me achando ruim, né? Esperem o barítono”.

A Lista de Janot vem causando movimentos sísmicos desagradáveis na política? Pois esperem para ver a “Lista de Cabral”!!! A terra pode tremer de verdade. Escombros à vista!

Quem tem acesso a coisa assegura que ela inclui 97 nomes — 97!!! — de juízes, desembargadores e membros do Ministério Público”.

A coisa vai ser feia. Como já resta claro a esta altura, existiu o petrolão, sob o comando de uma verdadeira organização criminosa, com a sua devida hierarquia, e havia o “esquema do Rio”. Ali, Cabral conseguiu, vamos dizer, a sua independência. Ele chefiava uma espécie de enclave dentro do esquema geral.

Inverno e primavera - Por Xico Bizerra

Me disseram e estamparam nos jornais que era primavera. Folheei a agenda e confirmei: 22 de setembro, início da primavera. Abri a janela, olhei em volta e não vi flores. Onde estão as flores da primavera?

Ontem, também não choveu embora inverno ainda fosse, estação que teve seu fim decretado com a chegada da primavera. Onde estão as chuvas do inverno? Tudo enxuto, nenhuma neblina, tudo mentira.

Mas está escrito, embora tudo aconteça em sentido contrário ao que o jornal me disse e ao que minha agenda confirmou. São os tempos. Será que daqui a alguns dias vão tratar de desinventar também o amor, a meiguice, a ternura e essas coisas serão apenas palavras perdidas dentro dos Houaiss, dos Aurélios? Por que não desinventam a dor, a guerra? Por que deixam que existam os cruéis, os maus, os tiranos?

Poderia também ser somente ficção como ficção é a primavera e o inverno, vocábulos de um dicionário empoeirado e mentiroso.

VERISSIMO : CONGRESSO NÃO REPRESENTA SOCIEDADE E ATACA QUEM NÃO ESTÁ LÁ PARA SE DEFENDER.



"A grande, a eterna crise que vivemos, é uma crise de representatividade. Minorias com interesses restritos têm suas bancadas amestradas no Congresso. 

A imensa maioria do país tem representação escassa, em relação ao seu tamanho, e o que passa por 'esquerda' na oposição mal pode-se chamar de bancada, muito menos de coesa. 

Só a ausência de uma forte representação do povo explica que coisas como a terceirização e a futura reforma da Previdência passem no Congresso como estão passando, assoviando. 

Os projetos de terceirização e reforma da Previdência afetam justamente a maioria da população, a maioria que não está lá para se defender", escreve Luis Fernando Veríssimo nesta quinta; ele completa:"Os empresários têm o ouvido do Temer. O povo era um vago murmúrio, longe das conversas no Planalto"

Editorial do jornal O POVO: "Venezuela a caminho da ditadura plena"

É a hora de as democracias latino-americanas, incluindo o Brasil, tomarem uma posição clara acerca da Venezuela
A situação política e econômica da Venezuela se agrava a um ponto que torna cada vez mais improvável um entendimento ancorado pela via democrática. Na noite da última quarta-feira, a Sala Constitucional do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) assumiu as funções do Poder Legislativo venezuelano em uma decisão que pode ser vista como um firme passo em direção a um modelo de autoritarismo pleno no país.

Trata-se de uma intervenção da mais alta corte Judiciária da Venezuela na Assembleia Nacional. A composição do TSJ é controlada pelo Governo de Nicolás Maduro enquanto a Assembleia é de maioria oposicionista. É óbvio o desequilíbrio da situação. É natural que o parlamento tenha uma maioria de oposição, mas é inaceitável que o Tribunal siga os ditames do governo venezuelano.

Por trás da medida claramente arbitrária, a suspeita é que a decisão é parte do estratagema para evitar as eleições presidenciais de 2018. Seria, então, um caso muito parecido com o que aconteceu no Peru em 1992, quando o então presidente Alberto Fujimori dissolveu o Congresso e assumiu na marra controle absoluto do país.

Na trincheira política, parlamentares da oposição avaliam que a intervenção tem o mesmo efeito que dissolver a Assembleia. Ontem, a imprensa fez vários registros de que os opositores tentam convencer oficiais das forças militares para que reajam ao que consideram ser mais uma ruptura com a Constituição da Venezuela.

Pelo visto, o presidente Nicolás Maduro inaugurou um novo formato de golpe de Estado. Na verdade, um autogolpe. Afinal, permanece no poder e usa o Judiciário como a força para, na prática, dissolver o parlamento venezuelano de suas funções constitucionais.

É a hora de as democracias latino-americanas, incluindo o Brasil, tomarem uma posição clara acerca da Venezuela. O mesmo vale para a Organização dos Estados Americanos (OEA). Nas ruas das grandes cidades venezuelanas, a violência de confrontos passou a ser uma marca tão forte quando o empobrecimento econômico do país.

De imediato, é preciso que o parlamento retome sua autonomia e que a agenda eleitoral seja mantida de acordo com o texto constitucional em vigor no país.

Pinto Madeira, esse esquecido -- por Armando Lopes Rafael

   Joaquim Pinto Madeira nasceu no sopé da Chapada do Araripe, na localidade denominada Silvério, município de Barbalha. Devemos ao historiador Irineu Pinheiro, uma monografia, editada em 1946, de onde recolhemos algumas informações sobre este personagem, que passou à história como um dos mais conhecidos caudilhos do Cariri. 
Cresceu Pinto Madeira entre os afazeres da agricultura, em tempos de ódios e torvas intrigas. É que, diferente de hoje, o Cariri do século 19 era povoado, em boa parte, por gente dada à violência e ao crime. A esse respeito, o naturalista escocês George Gardner, em seu livro “Viagens ao Brasil” escreveu “serem rebeldes às leis os habitantes do Cariri”, região que, no seu dizer, “era um esconderijo de assassinos e vagabundos de toda a espécie vindos de todos os recantos do País”.

   Já a elite caririense, àquela época, se dividia entre adeptos dos princípios da Monarquia ( maioria) e simpatizantes da ideologia republicana (uma minoria).  O confronto dessas ideias era motivo para contendas as mais variadas.

   Afeiçoado por índole às coisas da Monarquia e à Família Real, Pinto Madeira, lutou ativamente contra os que promoveram movimentos republicanos, como a Revolução Pernambucana, em 1817 e a  Confederação do Equador, em 1824. Após a derrota da família Alencar, que organizou a Revolução Pernambucana de 1817 em  Crato e ardim, coube a Pinto Madeira conduzir até a cidade de Icó os 20 malogrados presos políticos. Provavelmente, durante o percurso, esses presos políticos sofreram humilhações por parte do caudilho, o que não é de admirar, face ao temperamento belicoso de Pinto Madeira.

   Escreveu Irineu Pinheiro: “Nunca perdoaram os Alencares e os liberais cratenses a ação de Joaquim Pinto Madeira naquelas duas agitadas fases da nossa história”. Além da sua participação nesses dois movimentos, após a abdicação de Dom Pedro I ao trono brasileiro em 1831, aliou-se Pinto Madeira ao atrabiliário Padre Antônio Manuel de Sousa, vigário de Jardim, pois ambos julgavam que os liberais teriam forçado o Imperador Pedro I a renunciar. Tratava-se de um engano, desmentido posteriormente pela história.
Foi o que bastou para os dois organizarem uma milícia, com cerca de dois mil homens, a maioria armada com rudimentares espingardas e invadirem a cidade do Crato, para dar caça aos liberais. Nessa invasão, Pinto Madeira não pôde (ou não quis) conter os violentos revoltosos, que saquearam o comércio e residências, cometeram assassinatos e queimaram arquivos. Pressionado pelo governo, Pinto Madeira negociou sua rendição com o famoso general Labatut, que o deveria conduzir preso ao Rio de Janeiro. Não foi o que aconteceu. Pinto Madeira foi enviado para a prisão na cidade de Recife. Depois de um ano, o caudilho foi transferido para as prisões de São Luís do Maranhão, onde amargou, por mais dois anos, as agruras do cárcere.

   Retornou preso ao Crato em 1834. Neste ano, num júri parcial - composto por antigos inimigos seus - Pinto Madeira foi condenado à forca. Não pelo crime de sedição, mas pela acusação de ter ordenado, anos antes, a morte de um parente de um dos jurados. Hoje se sabe que Pinto Madeira não teve ingerência na morte dessa pessoa, trucidado pelas tropas de Jardim, na localidade do Buriti (hoje bairro do Muriti, na cidade de Crato).
Para se ter uma ideia da parcialidade do julgamento, basta dizer que as testemunhas em favor de Pinto Madeira foram espancadas às portas do Tribunal de Júri, localizado no Senado da Câmara, hoje Museu de Fósseis, na Praça da Sé. Sem falar que pela Lei de 11 de setembro de 1826 nenhuma sentença de morte, em qualquer parte do Brasil, poderia ser executada sem subir primeiro à presença do Imperador. Pinto Madeira tentou usar o direito de apelação a que fazia jus, o que lhe foi negado pelo juiz, de forma ilegal. Sentindo que era seu fim, Pinto Madeira, alegou sua condição de Coronel, pedindo para ser fuzilado ao invés de enforcado.

Irineu Pinheiro arremata na sua monografia: “Morreu virilmente Pinto Madeira. Conta a tradição, ouvida por mim desde menino, que momentos antes do fuzilamento, ofereceu-lhe um lenço, para que vedasse os olhos, um dos seus mais implacáveis inimigos. Recusou o condenado a oferta (...) Durante anos a fio, fez-lhe promessas o rude povo do sertão, considerando-o um mártir, isto é um santo”.
 Pinto Madeira foi um fiel súdito do Imperador Dom Pedro I , honrado a Bandeira Imperial sob os céus do Cariri.

Ainda existe civismo na Capital da República : O nosso Brasil é verde dos Bragança e amarelo dos Habsburgo


No último domingo, dia 26, os Príncipes e Princesas da Casa Imperial do Brasil e os monarquistas, empunhando a Bandeira do Império, foram às ruas em mais de sessenta cidades de norte a sul do País (e até no Japão, onde vive um grupo de brasileiros monarquistas!), para protestar contra a corrupção generalizada das instituições republicanas e por melhoras para a vida do nosso povo. Para conferir a brilhante participação dos membros da Casa Imperial nas manifestações de São Paulo e Rio de Janeiro, acesse o link:
https://www.facebook.com/promonarquia/posts/1914879635415284

Quanto às centenas de monarquistas que foram às ruas, estes mostraram que os brasileiros estão mais do que prontos para fazerem refluir as ameaças de um regime que teve a ousadia de querer ir contra os mais profundos valores da gente e de tentar subverter a própria ordem natural. Nossa Bandeira jamais será vermelha, pois ela carrega o verde dos Bragança e o amarelo dos Habsburgo, representando nossos Pais Fundadores, o Imperador Dom Pedro I e a Imperatriz Dona Leopoldina.

Neste momento em que as instituições republicanas estão chafurdadas na lama da corrupção e da imoralidade, evidenciando os malefícios desse regime que foi imposto ao Brasil, por meio de um golpe, há quase 128 anos, é de suma importância que os monarquistas se façam presentes nessas manifestações, apresentando o ideal monárquico à população, que, sem saber, sente falta da Monarquia, pois a lembrança de nossa Era de Ouro, durante o reinando do Imperador Dom Pedro II, permanece viva na memória coletiva da Nação.

O bom número de monarquistas presentes nessas ocasiões, o número ainda maior de pessoas que manifestam seu apoio e simpatia quanto à restauração da Monarquia, todas as honras que são concedidas aos Príncipes e Princesas da Casa Imperial, o respeito devotado às figuras de nossos Imperadores e o destaque que o nosso movimento vem tendo na imprensa são provas incontestáveis de que o sentimento monárquico vem crescendo e se consolidando, sobretudo entre os jovens, de modo que logo o nosso grandioso Brasil voltará a trilhar o legítimo caminho que nos foi traçado pela Divina Providência.
A hora da Monarquia é agora!

Fonte: Pró Monarquia
Postado por Armando Lopes Rafael atendendo ao pedido de monarquistas residentes no Distrito Federal.

Sérgio Moro joga xadrez. Os políticos jogam damas - Por Ricardo Noblat

Com um único lance que surpreendeu seus adversários, a Lava Jato fez ontem uma jogada de mestre: pela primeira vez desde que existe, ao invés de ameaçar um político ou um grupo de políticos, pôs em xeque todo um partido. O Partido Progressista (PP) foi acusado de improbidade administrativa. Se a acusação for aceita mais tarde pela Justiça, ele terá que devolver R$ 2 bilhões aos cofres do Estado.

A tudo assistiu à distância o juiz Sérgio Moro. Enquanto em Curitiba os procuradores da Lava Jato anunciavam a novidade, ele se ocupava em Brasília em debater a reforma do Código de Processo Penal. Foi obrigado a ouvir críticas diretas e indiretas de deputados da oposição, órfãos da ex-presidente Dilma e do ex-presidente Lula, que no dia 3 de maio irá depor em Curitiba. Mas não se incomodou.

Aos deputados parece ter passado despercebido outro movimento sutil do juiz: a escolha da cidade para assinar a sentença que condenou a 15 anos e quatro meses de prisão o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Brasília é o coração de todas as tramas em curso contra a Lava Jato. Conspira-se, ali, abertamente para sufocar ou impor limites à Lava Jato. Ela começou em Brasília ao investigar uma rede de postos de combustíveis.

O xeque ao PP, com a denúncia também de seis dos seus atuais deputados federais e quatro ex-deputados, significa que mais adiante outros partidos deverão ser alvos da mesma acusação. Natural que sejam. Beneficiaram-se de propinas como o PP. De recursos desviados da Petrobras como o PP. E vários dos seus membros enriqueceram igualmente. Quem garante que eles sobreviverão quando a Lava Jato tiver chegado ao fim?

Mais de um partido não sobreviveu à Operação Mãos Limpas, na Itália. Foi devastador para eles a descoberta do mar de lama que acabou por afogá-los. De resto, seus principais líderes foram fulminados pela operação, como aqui estão sendo as estrelas de partidos de todos os tamanhos. Os resultados das eleições do próximo ano poderão provocar um dos maiores expurgos políticos da nossa história.

Com o xeque ao PP e a condenação de Cunha, os procuradores e Moro desidrataram ainda mais o discurso de que o PT e Lula são vítimas de perseguição política e objetivos preferenciais da Lava Jato. Cunha, sem o qual o impeachment de Dilma jamais teria existido, está em situação pior do que Lula. O PP tem mais nomes envolvidos com a Lava Jato do que o PT. Tal condição poderá ser reivindicada no futuro pelo PMDB.

quinta-feira, 30 de março de 2017

Condenação de Cunha é prenúncio da do Lula - Por Josias de Souza.


Quando o PT vem com o milho da promessa de barulho no depoimento de Lula em Curitiba, Sergio Moro já está voltando com o milho da condenação de Eduardo Cunha. Trinta e quatro dias antes do interrogatório do pajé da tribo petista, marcado para 3 de maio, o juiz da Lava Jato esvaziou o discurso da perseguição política levando à bandeja o escalpo de Cunha, um ex-aliado que o petismo expõe no seu mostruário como protótipo de vilão.

Cunha é uma espécie de degrau que leva Moro a Lula. Na sentença do ex-mandachuva da Câmara, o algoz da oligarquia política anotou a senha: ''A responsabilidade de um parlamentar federal é enorme e, por conseguinte, também a sua culpabilidade quando pratica crimes. Não pode haver ofensa mais grave do que a daquele que trai o mandato parlamentar e a sagrada confiança que o povo nele depositou para obter ganho próprio.''

Se é condenável usurpar a confiança do eleitor a partir de um mandato parlamentar, imagine-se a gravidade da ofensa praticada por alguém que planta bananeira na poltrona de presidente da República. Cunha amargou 15 anos e 4 meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Lula deve arrostar cana mais amena, sem o castigo pela evasão de divisas.

Ao preparar as manifestações que gritarão na porta da Justiça Federal de Curitiba que Lula é o “heroi do povo brasileiro”, o PT e os movimentos sociais tentam atrair Sergio Moro para uma briga de rua. Ao condenar Cunha antes de espremer Lula, o magistrado de Curitiba informa que prefere jogar xadrez. A condenação do rival do petismo é prenúncio da sentença do ex-mito do PT.

Há 195 anos nascia a Imperatriz Thereza Christina, a “Mãe dos Brasileiros”

Ela foi a terceira imperatriz do Império do Brasil
Fonte: Site neoabolicionistas
 


Sua Alteza Real a Senhora D. Teresa Cristina Maria Giuseppa Gasparre Baltassare Melchiorre Gennara Rosalia Lucia Francesca d’Assisi Elisabetta Francesca di Padova Donata Bonosa Andrea d’Avelino Rita Liutgarda Geltruda Venancia Taddea Spiridione Rocca Matilde di Borbone-Sicilie e Borbón, Princesa das Duas Sicílias e Princesa de Bourbon-Anjou, nasceu aos 14 de março de 1822, no Palácio Real de Nápoles.

Era a décima filha de S.M. o Senhor D. Francesco I (1777-1830), Rei das Duas Sicílias (etc.) e de S.M. a Senhora D. Maria Isabella (1789-1848), Rainha-Consorte das Duas Sicílias, nascida Infanta D. Maria Isabel de Espanha, Princesa de Bourbon-Anjou.

Quando nasceu a futura imperatriz brasileira reinava seu avô, D. Ferdinando I (1751-1825) — D. Ferdinando III de Nápoles e IV da Sicília, o primeiro a adotar o título de “Rei das Duas Sicílias”, no contexto do Congresso de Viena. A esposa dele, Rainha D. Maria Carolina (1752-1814), era a irmã predileta de Marie Antoinette da França (1755-1793). Em represália ao regicídio, a Armada napolitana uniu-se à espanhola para invadir a França Revolucionária em 1793.

A Princesa D. Teresa Cristina casou-se por procuração em Nápoles, em 30 de maio de 1843, com seu primo-sobrinho — sua mãe era irmã mais nova de D. Carlota Joaquina e sua tia, a mãe de D. Leopoldina —, D. Pedro II do Brasil (1825-1891), que foi representado na cerimônia pelo irmão da noiva, o Príncipe D. Leopoldo, Conde de Siracusa (1813-1860).
Desembarcou no Rio de Janeiro em 03 de setembro do mesmo ano e, no dia seguinte, o casal foi abençoado na Capela Imperial, pelo Bispo do Rio de Janeiro, D. Manoel do Monte Rodrigues de Araujo (1798-1863), Capelão-Mor de Sua Majestade e Conde de Irajá.

A decepção com as características físicas da consorte foi um dos episódios mais traumáticos da vida de D. Pedro II. Segundo os biógrafos antigos e contemporâneos (Heitor Lyra, Pedro Calmon e Roderick Barman), o casamento não se consumou no curso do primeiro ano.

O tempo fez brotar no casal considerável afeição. Do matrimônio nasceram 5 filhos mas só dois sobreviveram: as princesas Isabel e Leopoldina.

D. Thereza Christina passou 46 anos no Brasil, coadjuvando o marido, cuidando da prole, atuando na caridade social e incentivando as artes e o progresso científico e cultural da pátria de adoção. Está longe, contudo, de ter sido uma nulidade social e política. Deve-se a ela o nascedouro da imigração de povos itálicos ao nosso País. Em decorrência dos trabalhos infatigáveis com os pobres e desvalidos foi fixada no culto popular enquanto “Mãe dos Brasileiros”, epíteto que correspondeu grandemente à realidade.

Por ocasião da Proclamação da República, deu-se trânsito horrendo, em meio a nevoeiro e penumbra, entre a canhoneira Parnahyba e o paquete Alagoas. D. Thereza Christina, idosa e debilitada, cheia de dores reumáticas, gritando pavorosamente, quase caiu no mar. Um dos traidores de plantão, Capitão Mallet — João Nepomuceno de Medeiros Mallet (1840-1907), filho do Marechal Mallet, da Guerra do Paraguai — testemunhou mais tarde que se ela ou o Imperador tivessem caído, ele se jogaria junto, afogando-se, para não ser linchado no Rio de Janeiro.

Sua Majestade Imperial faleceu em 28 de dezembro de 1889, no Grande Hotel, na Cidade do Porto, em Portugal. Sem dúvida a morte resultou do golpe militar que jamais esperou e que fê-la prisioneira domiciliar no Rio de Janeiro e proscrita do Brasil.

D. Thereza Christina morreu convalescendo da asma de que sofria, na ausência do marido e da filha — D. Isabel estava na Espanha com os tios Duques de Montpensier. Na hora da morte, a Imperatriz tinha a seu lado sua dama de honra, Baronesa viúva de Japurá, D. Maria Izabel de Andrade Pinto Lisboa (1822-1904) e a filha desta, Maria Isabel Ribeiro Lisboa, sobrinha do Almirante Marquês de Tamandaré. Recebeu os sacramentos da Igreja, pois um padre foi trazido às pressas, do meio da rua, para lhos ministrar. Foi velada e sepultada na necrópole real bragantina, a Igreja de São Vicente de Fora, em Lisboa, em funerais oficiais decretados pelo recém-entronizado D. Carlos I de Portugal (1863-1908), sobrinho-neto do casal.

quarta-feira, 29 de março de 2017

“Coisas da República”: Kassab diz que poderá privatizar Correios se estatal não voltar ao azul

No ano passado, prejuízo da empresa se aproximou dos R$ 2 bilhões, pouco abaixo do valor registrado em 2015

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, disse nesta terça-feira (28) que os Correios poderão ser privatizados, se não ocorrer um processo que rapidamente traga de volta o equilíbrio financeiro à empresa. No ano passado, o prejuízo da estatal se aproximou dos R$ 2 bilhões, pouco abaixo do valor registrado em 2015.

Questionado sobre os motivos que levaram os Correios à essa situação, Kassab disse que diversos foram os fatores que levaram ao cenário atual. Ele destacou ainda que a União não pretende sustentar os prejuízos da estatal.

"Má-gestão é corrupção, loteamento, não ter capacidade de recursos adicionais, não fazer os cortes necessários para manter o equilíbrio. […] A empresa está correndo contra o relógio, porque o governo não tem recursos", disse o ministro em entrevista coletiva à imprensa.

Depois de promover um plano de demissão incentivada, a estatal, que terá 111 mil funcionários após a conclusão desse processo, avalia novas formas jurídicas de promover um encolhimento maior dos seus quadros. "Ou os Correios rapidamente cortam gastos além dos que já estão sendo cortados, ou vamos caminhar para a privatização", disse Kassab.

COMENTÁRIO DE ARMANDO RAFAEL 
Os Correios já foram um orgulho para os brasileiros. Era uma empresa eficiente e confiável. Na época do regime militar uma carta de São Paulo para Crato era entregue em 48 horas. Recentemente recebi um “sedex” vindo de Brasília, da Embaixada da Colômbia, com atraso de 18 dias. Note bem: era um Sedex, postagem cara, por ser encomenda urgente.

No tempo da Monarquia ser funcionário dos Correios era um privilégio e dava status. Mesmo na República, os Correios eram uma empresa que por muito tempo foi reconhecida como uma empresa de renome, uma empresa de alta credibilidade, uma empresa que realmente atendia a necessidade da sociedade. O grande Presidente Juscelino Kubitschek, para citar um único exemplo, foi funcionário dos Correios em Belo Horizonte. Quem entra na Agência Central dos Correios na capital mineira, na Avenida Afonso Pena, defronta logo com um enorme retrato de JK no saguão, e abaixo a legenda: “Funcionário modelo dos Correios”.


Entretanto, com a chegada do PT ao poder, em 2003, os Correios começaram a dar prejuízo. Hoje é uma empresa deficitária. O aparelhamento político da empresa foi a causa maior da sua decadência e hoje assistimos a essa declarações do ministro Kassab. Lamentável. Profundamente lamentável!


Cofre de dólares - Por Augusto Nunes.


Não falta mais nada, imaginava na manhã de oito de julho de 2005 o país atônito com o desfile das bandidagens da quadrilha do mensalão. Faltava o caso do dólar na cueca, descobriu-se no fim da tarde. Criminalista de larga milhagem, transformado pela crise em advogado de defesa do governo, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, acreditava que não se surpreenderia com mais nada. “Também fiquei surpreso”, reconhece ao recordar aquele dia inverossímil. “Eu estava no meio do uma solenidade no Palácio do Planalto quando o diretor-geral da Polícia Federal me telefonou para contar o que tinha acabado de ocorrer no aeroporto de Congonhas”, lembra.“O barulho era grande, demorei a entender o que ele dizia”, conta Márcio. Quando entendeu, demorou a acreditar no que ouvira: “Prendemos em São Paulo um sujeito com bastante dólar na cueca, mais um pouco numa pasta e uma agenda, e pelo jeito ele é muito ligado ao PT”, resumiu a voz do outro lado da linha. O ministro esperou que a cerimônia terminasse e subiu um andar para transmitir ao presidente a notícia espantosa. “Não pode ser’, duvidou Lula. Era aquilo mesmo, confirmou Márcio. O cearense Adalberto Vieira fora capturado quando tentava embarcar para Fortaleza com R$ 209 mil numa bolsa de mão e mais US$ 100 mil escondidos na cueca. ”Quando disse isso, alguém lembrou que havia no palácio um homem do Ceará”, conta Márcio. “O sujeito estava indo embora. Mandamos chamar e o presidente perguntou: ‘Fulano de tal é do PT? Não é do PT, né?’ E o sujeito respondeu: ‘É, presidente’”. Havia mais: o companheiro era assessor parlamentar do deputado estadual José Nobre Guimarães, que era irmão do deputado José Genoíno, que era o presidente nacional do partido e, pelo que já fora apurado, parceiro de Delúbio Soares e Marcos Valério na gerência do esquema do mensalão.

No interrogatório, o passageiro trapalhão alegou que conseguira o dinheiro com a venda de alimentos. A maluquice foi demolida em poucos minutos. Então disse que fizera negócio com um empresário conterrâneo cujo nome ignorava. A fantasia durou poucas horas. Pouco menos que a permanência de Vieira na cadeia. Libertado, entrou na mira da Justiça. Movida pelo procurador da República Márcio Torres, a ação por improbidade administrativa associou o dinheiro na cueca ao pagamento de propinas “por facilitação de um empréstimo concedido pelo Banco do Nordeste (BNB) ao Consórcio Sistema de Transmissão do Nordeste (STN), responsável pela construção de um “linhão” de energia entre as cidades de Teresina, Sobral e Fortaleza”.

Além de Vieira, viraram alvos também o deputado irmão de Genoíno, o presidente do Banco do Nordeste, Roberto Smith, quatro diretores e as empresas envolvidas na transação. Em 2007, graças a liminares concedidas pelo desembargador federal Napoleão Nunes Maia, todos foram excluídos do processo, à exceção de Vieira. Inocentado pela CPI instaurada pela Assembléia Legislativa, Nobre Guimarães mudou de emprego: deputado federal, divide o tempo entre Fortaleza e Brasília. No Congresso, convive com o irmão. Genoíno, afastado da presidência do PT horas depois do escândalo, também conseguiu uma vaga na Câmara.

Adalberto Vieira aguarda o julgamento em liberdade. Demitido do emprego, mora em Aracati, no litoral cearense. Nunca esclareceu a origem do dinheiro, que continua em poder da Polícia Federal. Nem revelou se foi da própria cabeça ou de outra que saiu a ideia de transformar cueca em cofre de dólares.

Os dois Leandros, dois ilustres e esquecidos cratenses – por Armando Lopes Rafael

O Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro foi o fundador de Juazeiro do Norte. Na gravura acima, à esquerda, a casa do Brigadeiro, na antiga Fazenda Taboleiro Grande (hoje cidade de Juazeiro).  À direita a primitiva capelinha de Nossa Senhora das Dores, por ele construída, em 1827. (reconstituição feita pela artista plástica Assunção Gonçalves)


   Ambos, avô e neto, receberam o mesmo nome: Leandro Bezerra Monteiro.
   O primeiro passou à história como o Brigadeiro Leandro e viveu entre 1740 e 1837. Nasceu no sítio Moquém, município de Crato. O segundo, o advogado Leandro, também nascido em Crato, viveu entre 1826 e 1911 e foi magistrado, político de destaque e conhecido líder católico, no reinado de Dom Pedro II.

   Sobre o brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro, podemos afirmar que sua memória foi programaticamente “esquecida”, a partir de 15 de novembro de 1889, devido ao golpe militar que implantou a forma de governo republicana no Brasil.

   Costuma-se dizer que a história é sempre escrita pelos vencedores. Os revolucionários de 1817 – derrotados pela contrarrevolução do monarquista brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro – passaram a ser exaltados como heróis, após a Proclamação da República. Seus feitos recebem proporções maiores que as reais, tanto nos meios de comunicação, como por parte de alguns historiadores. Do brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro pouco se fala. Quando se escreve sobre o efêmero movimento que foi a Revolução Pernambucana de 1817, em terras do Cariri cearense, omite-se a decisiva participação do brigadeiro Leandro, ao debelar a revolta, como também a coragem pessoal e cívica deste, naquele episódio.

   A fidelidade à Monarquia, por parte de Leandro Bezerra Monteiro, motivou a concessão – partida de Dom Pedro I – da honraria ao ilustre cratense do primeiro generalato honorário do Exército brasileiro. Àquela época, embora em desuso, o posto de brigadeiro correspondia – na escala hierárquica do Exército Imperial – à patente de general.

   Outras também foram as virtudes e qualidades do brigadeiro Leandro. E tão grande foi o seu valor que a sua fama refulgirá sempre, cada vez mais, pelos séculos futuros!
***   ***   ***
  No tocante ao neto do brigadeiro, conhecido como Dr. Leandro Bezerra Monteiro, (foto à esquerda)  diga-se, de passagem, que foi um honestíssimo magistrado, bem como deputado de projeção, em várias legislaturas, tanto na Assembleia da Província de Sergipe, como no Parlamento do Império, durante o segundo reinado. Igual ao avô, Dr. Leandro deixou no imaginário popular e na memória dos pósteros o exemplo de um católico fervoroso e monarquista fidelíssimo.

     Afastado da política, o golpe militar, que derrubou a monarquia e instaurou a forma de governo republicana, em 1889, veio encontrá-lo como advogado e empresário rural, em Paraíba do Sul, cidade do Estado do Rio de Janeiro. No entanto, manteve-se fiel ao seu ideal monárquico, ao tempo que via, decepcionado, antigos companheiros aderirem ao novo regime implantado pelo Marechal Deodoro.

Abaixo a cronologia da vida do Dr. Leandro Bezerra Monteiro

1826 – Nasce na cidade de Crato.
1847 - Inicia o curso de Ciências Sociais e Jurídicas, na Academia de Direito de Pernambuco, com vinte anos de idade.
1851 – Recebe o título de Bacharel, aos vinte e cinco anos de idade.
1852 – Fixa residência em Sergipe, onde se casa, em 31 de janeiro, com uma parenta, Emerenciana de Siqueira Maciel Bezerra.
1860 – Eleito deputado geral (hoje deputado federal), por Sergipe mandato interrompido em 1863 por dissolução da Câmara.
1864 – Fixa residência na cidade de Paraíba do Sul, estado do Rio de Janeiro.
1872 – Eleito, mais uma vez, deputado geral por Sergipe. Nessa legislatura ganha destaque nacional pela defesa que faz dos bispos de Olinda, dom frei Vital Maria Gonçalves de Oliveira e do Pará, dom Antônio Macedo Costa, processados e presos pelo Governo Imperial.
1877 – Eleito, novamente, deputado geral, agora pelo Ceará, mandato interrompido em 1878 pela ascensão do Partido Liberal.
1880 – Em 31 de julho é iniciada construção da Casa de Caridade de Paraíba do Sul, que foi concluída e inaugurada em 4 de abril de 1883.
1889 – No dia 15 de novembro um golpe militar, comandando pelo Marechal Deodoro, derruba do trono o Imperador Dom Pedro II e instaura a forma de governo republicana no Brasil.
1911 – No dia 15 de novembro morre no bairro Fonseca, em Niterói.    

Pesquisa, texto e postagem de Armando Lopes Rafael 


Governo dá como certo um adiamento no TSE - Josias de Souza.

Nélson Rodrigues ensinou que a dúvida é autora das insônias mais cruéis. Ao passo que, inversamente, uma boa e sólida certeza vale como um barbitúrico irresistível.

Na noite passada, os repórteres cutucaram Michel Temer. Queriam arrancar dele um comentário sobre a decisão do Tribunal Superior Eleitoral de marcar para terça-feira o início do julgamento do processo que pode levar à cassação do mandato presidencial.

“Marcou já? Ótimo. Vamos aguardar”, disse Temer, sem franzir o cenho. Deve-se a calma do presidente à certeza que se disseminou no Planalto segundo a qual o julgamento pode até começar na semana que vem. Mas não terminará tão cedo.


terça-feira, 28 de março de 2017

Ciro Gomes mira em Moro e acerta a própria testa - Por Augusto Nunes.

Se fosse um dos alvos da Lava Jato, o colecionador de bravatas receberia a visita da PF empunhando não um tresoitão, mas a bandeja com o cafezinho

Ciro Gomes nem precisa de adversários em campanhas eleitorais: ele sabe como ninguém perder sozinho. Na primeira disputa presidencial em que se meteu, a candidatura começou a derreter quando chamou de “burro” um eleitor com quem falava por telefone durante um programa radiofônico. O segundo naufrágio do gabola que primeiro fala e só depois pensa (se é que pensa) tornou-se inevitável com a definição do papel que a atriz Patrícia Pillar, com quem estava casado na época, desempenharia na campanha do marido: dormir com o candidato, resumiu.

O vídeo acima confirma que, quando se trata de gente, graves defeitos de fabricação não têm conserto. “Hoje esse… esse Moro resolveu prendê um… um bloguero?”, desandou no meio da entrevista o pistoleiro que faz mira só depois do disparo. “Ele que mande me prendê, que eu recebo a turma dele na bala”. Endereçado ao juiz que simboliza a Operação Lava Jato, o tiro ricocheteou na língua portuguesa antes de atingir, de novo, a testa do eterno candidato sem chances à Presidência da República.

Se fosse mais gentil com o idioma, Ciro receberia à bala, nunca “na bala”, os agentes da Polícia Federal que formam o que chama de turma do Moro. Se respeitasse a inteligência alheia, não diria que Sérgio Moro “resolveu prendê um bloguero”; apenas determinou que um blogueiro objeto de investigações prestasse depoimento. Se passasse menos tempo na cidade onde foi criado, governada pela família que se confunde com um bando de coronéis, teria descoberto que o país mudou. O Brasil não é uma imensa Sobral. E jamais será.

Já não existem figurões condenados à perpétua impunidade. A lei passou a valer para todos, aí incluídas todas as ramificações da tribo dos cirosgomes. O ex-governador do Ceará não acordou com batidas na porta às seis da manhã por uma razão singela: não existem (ainda) motivos para isso. Caso esteja enredado em alguma das patifarias atravessadas no caminho da operação, a usina ambulante de bravatas não tardará a receber a visita dos policiais.

Se restar algum juízo ao clã, Ciro será aconselhado pela família a receber os visitantes empunhando não um tresoitão, mas uma bandeja com o bule e xícaras de café.

segunda-feira, 27 de março de 2017

Um desagravo a Dom Fernando Panico – por Hiarles Macedo (*)


O terrível colapso porque passa o Hospital e Maternidade São Vicente de Paulo, de Barbalha, também poderia ter sido experimentado pelo Hospital São Francisco, pertencente à Fundação Padre Ibiapina, ligada à Diocese de Crato.

Poderia. Mas o Hospital São Francisco de Crato está passando ao largo da grande crise que vem fechando diversos hospitais do Cariri (dentre eles tiveram suas atividades encerradas: Hospital Manoel de Abreu, Hospital Pediátrico Mons. Rocha, Casa de Saúde Santa Teresa, todos em Crato. Em Juazeiro foram fechados: o Hospital Santo Inácio, o São Lucas, o PSIC). Agora a crise se abate em grande escala sobre o Hospital e Maternidade São Vicente de Paulo, de Barbalha.

Caso Dom Fernando Panico (hoje Bispo-Emérito de Crato) não tivesse tomado a iniciativa de confiar a administração do Hospital São Francisco aos Camilianos aquele nosocômio teria encerrado também suas atividades. A realidade, no entanto, é outra. O Hospital São Francisco de Crato hoje é referência.

À época, por conta de Dom Fernando ter entregado em comodato aquele hospital aos Camilianos (especializados em administração hospitalar) o bispo foi alvo de uma campanha midiática de todas as formas: calúnias, difamações, injúrias, mas a verdade dos fatos veio à tona.

Agora pergunto: E aqueles que atacaram covardemente o Bispo terão ao menos a dignidade e hombridade para se retratar? Duvido! Mas estas minhas singelas palavras sirvam de Desagravo a Dom Fernando Panico.

(*) Hiarles Macedo é advogado, possuindo um escritório em Juazeiro do Norte e atendendo clientes em diversos Estados do Brasil•.

Relator apressa voto que Temer preferia atrasar - PorJosias de Souza.


Relator do processo que pode resultar na cassação do mandato de Michel Temer e na inelegilidade de Dilma Rousseff, o ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral, se equipa para divulgar o seu voto nos próximos dias. Deve-se a corrida contra o relógio à tentativa do relator de se contrapor às manobras do Palácio do Planalto para retardar o julgamento. O governo dá de barato que a posição de Benjamin será a favor da interrupção do mandato do presidente.

Os operadores políticos do governo se movem com a sutileza de uma manada de elefantes. Levam o pé ao freio para permitir que Temer interfira no colegiado que irá julgá-lo. Dois ministros estão na bica de deixar o tribunal. Henrique Neves sairá em 16 de abril. Luciana Lóssio, em 5 de maio. Conforme já noticiado aqui, Temer indicará como substitutos, respectivamente, os advogados Admar Gonzaga e Tarcísio Vieira de Carvalho Neto.

O relator Benjamin prefere abrir o julgamento com a composição atual do TSE, oferecendo aos ministros que vão embora a oportunidade de acompanhá-lo em seu voto. Por mal dos pecados, a data da saída de Henrique Neves cairá no Domingo de Páscoa. Que será precedido do feriado da Sexta-feira Santa (14/04). Não é negligenciável a hipótese de o TSE enforcar a semana. Daí a pressa de Benjamin.

Depois de pronto, o voto do relator vai à mesa do presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, a quem cabe marcar a data para o início do julgamento. Gilmar é, hoje, um dos principais conselheiros de Temer.

‘Eu não tenho mais medo’, diz Regina Duarte em ato na Paulista - Por Eduardo Gonçalves.


"Em discurso na manifestação, atriz relembrou a frase da campanha contra Lula. 'Em 2002, eu estava sozinha. Mas agora acabou o medo".

Regina Duarte discursa em carro do Vem pra Rua durante protesto na Paulista.

Penúltima convidada a discursar no carro de som do Vem pra Rua, a atriz Regina Duarte afirmou aos manifestantes neste domingo na Av. Paulista, em São Paulo, que eles eram a razão de ela “não ter mais medo”.

A declaração foi uma referência à célebre frase que ela pronunciou em uma peça da campanha eleitoral do tucano José Serra, em 2002. Na ocasião, ela disse ter medo de que o “outro candidato” – no caso, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vencesse as eleições. Segundo ela, havia o risco de o país “perder toda a estabilidade que foi conquistada” e da “volta da inflação desenfreada”. Naquele ano, Lula conquistou o seu primeiro mandato como presidente após perder três pleitos seguidos.

“É por causa de vocês que eu não tenho mais medo. Em 2002, eu estava sozinha. Mas agora acabou o medo”, exclamou ela, em meio aos aplausos do público.

domingo, 26 de março de 2017

Ciro Gomes desafia Sergio Moro a prendê-lo

                                                                           Eu recebo a turma dele na bala”, afirmou Ciro
Fonte: Estadão
Pré-candidato a presidente da República pelo PDT, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (CE) criticou duramente o juiz federal Sérgio Moro por causa da condução coercitiva do blogueiro Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania.
“Hoje (último dia 21) esse Moro resolveu prender um blogueiro, ele que mande me prender. Eu recebo a turma dele na bala”, afirmou Ciro, em vídeo que circula nos WhatsApps dos advogados.
A ação da PF investiga o suposto vazamento de informações da 24ª fase da operação Lava Jato, iniciada em março de 2016, que tinha como alvos o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sua família e assessores.

Avenida Paulista voltou a ser ocupada, neste domingo, 26 de março de 2017, agora em apoio a Lava Jato

Fonte: Agências de Notícias 

Manifestantes ligados aos movimentos que pediram o impeachment de Dilma Rousseff no ano passado voltaram às ruas neste domingo, 26 de março, para protestar, desta vez, com foco no Congresso Nacional. Os protestos deste domingo são contra a anistia ao caixa dois, o voto em lista fechada e o foro privilegiado, entre outras pautas. Também querem reafirmar o apoio à operação Lava Jato e pedem o fim do estatuto do desarmamento. Os protestos deste domingo foram convocados pelos grupos Vem pra Rua e Movimento Brasil Livre (MBL) e acontecem mais uma vez em São Paulo (na avenida Paulista), no Rio de Janeiro, Brasília e em outras cidades do país.

Monarquistas marcam presença


 Convidado a subir no carro de som, durante a manifestação na Av. Paulista, em São Paulo, o Príncipe Imperial do Brasil, Dom Bertrand de Orleans e Bragança, discursa, sob os aplausos do grande número de manifestantes, contra a ineficiência do atual regime republicano, que força o Brasil a ser gerido por meio da corrupção, e apresentando a Monarquia com solução natural para os problemas do País.

Pensaram que nós só éramos contra o PT”, diz Fernando Holiday


Líderes do MBL (Movimento Brasil Livre) discursam em cima de um carro de som na Avenida Paulista, na esquina com a Alameda Campinas. Em vídeo transmitido ao vivo no Facebook, Fernando Holiday, vereador do DEM e integrante do MBL, disse que o grupo pretende permanecer atento e vigilante em defesa da operação Lava Jato, independentemente de quais partidos políticos sejam mirados. “Pensaram que nós só éramos contra o PT, os parlamentares do PMDB se assustaram. Pensaram que nós éramos tucanos, o PSDB não soube lidar com tanto barulho. Pensaram que nós nos calaríamos diante das acusações contra contra Aécio, contra Cunha, contra Serra, Alckmin…Não, nós não nos calamos. Todas as expectativas deles foram quebradas”, afirmou. Já Kim Kataguiri disse que o MBL vai continuar nas ruas exigindo punições “doa a quem doer, não interessa o partido político”.

As manifestações ocorreram nas maiores cidades brasileiras. Abaixo,  os protestos em Brasília


Textos e fotos: Agências de Notícias

O perigo de você ter um "laranja"! - Postagem do Antonio Morais.


Marco Maia "perde" apartamento de Miami. 

A revista Época informa que "delator" da Lava Jato põe imóveis à venda em Miami. Segundo a investigação, um deles pertence ao deputado petista Marco Maia".

Murilo Ramos escreve indicando que o delator da Lava Jato, o ex-vereador Alexandre Romano, o Chambinho, pôs à venda dois apartamentos em Miami para pagar multas à Justiça. As investigações sugerem que um dos imóveis, que está em nome de Chambinho, pertence de fato ao deputado Marco Maia (PT-RS).  

Agora Maia ficará sem teto – em Miami.

Lula chora, chama Dallagnol de ‘moleque’ e desdenha da religião do procurador.


O petista está totalmente sem estrutura emocional.

Um espetáculo de desespero, se resumiu a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no encontro petista promovido para discussão da Operação Lava Jato.

Na verdade, com a aproximação da data em que terá que sentar no banco dos réus na ‘República de Curitiba’, Lula deixa aflorar a sua agonia. Lula é atualmente o próprio passageiro da agonia...

O petista está em prantos e totalmente sem estrutura para enfrentar as acusações que pesam sobre si. No patético encontro petista denominado ‘O que a Lava Jato tem feito pelo Brasil’, Lula, depois do choro, com a voz fraca e abatido por uma virose, disse: ‘E aquele Dallagnol sugerir que o PT foi criado para ser uma organização criminosa...

O que aquele moleque conhece de política? Ele nem sabe como se monta um governo. Não tem a menor noção. Ele acha que sentar em cima da Bíblia dele dá a solução de tudo’. Dallagnol é membro da igreja Batista.

Em Curitiba, Lula sabe que não terá trégua, nem chance de fazer discurso e mentir.

sábado, 25 de março de 2017

A redescoberta da Imperatriz Leopoldina – por Armando Lopes Rafael

Nestes tempos de mediocridade e generalizado desconhecimento (por parte da população) dos grandes personagens que construíram o Brasil, o novo livro de Paulo Rezzutti redescobre o grande legado da Imperatriz Leopoldina na história da nossa Pátria.

A edição da revista “Veja”, de 22.03.2017, dedicou quatro páginas (92-95) ao livro que será lançado na próxima semana. Abaixo parágrafos da matéria de “Veja”:

“À medida que documentos inéditos sobre a Imperatriz Leopoldina são tirados do baú do passado, onde repousaram por 200 anos sem despertar maior interesse, e outros já conhecidos são analisados em profundidade, vem à luz uma jovem alegre, uma noiva apaixonada e uma imperatriz bem preparada e perspicaz, que desempenhou papel relevante em momentos definidores da formação do Brasil. Culta, esclarecida e decidida, Leopoldina dedicou-se com fervor ao movimento pela separação de Portugal depois que a corte de dom João VI retornou à Europa, o herdeiro Pedro permaneceu como seu representante e o Brasil se viu na iminência de voltar a ser mera colônia”.

“Ela se apaixonou pela causa e abandonou o sonho de retornar à Áustria. “Costumo dizer que o ‘fico de Leopoldina é bem anterior ao de dom Pedro”, diz o pesquisador Paulo Rezzutti, autor de novo livro, recém-lançado, D. Leopoldina: a História Não Contada, a ser lançado na semana que vem”.

“Além da preocupação sincera com o futuro dos brasileiros ela era querida e admirada pela população, a mulher de dom Pedro tinha motivos muito práticos para apoiar a independência. Independentemente das razões que a moviam, a relevância política de Leopoldina é incontestável. Em pelo menos três ocasiões em que viajou, dom Pedro a instalou como sua representante no Rio. Ela presidia o Conselho de Estado, órgão que assessorava o príncipe, na sessão de 1822 em que os conselheiros se puseram a favor da separação do Brasil de Portugal e da contratação de mercenários para a luta contra as tropas portuguesas. O passo seguinte foi o grito às margens do Ipiranga”.

“A biografia retrata com pinceladas até então desconhecidas a jovem arquiduquesa da rica e poderosa casa austríaca de Habsburgo que se casou por procuração com dom Pedro (no segundo centenário de sua chegada ao Brasil, ela é personagem na novela das 6, Mundo Novo, que estreou no dia 22, vivida por Letícia Colin). Até agora, pouco se sabia a respeito da longa viagem que a princesa realizou em 1817, saindo de Viena, passando pela Itália e pela Ilha da Madeira e cruzando o Atlântico rumo ao novo continente”.

Abro um parêntesis para dizer, ao final, que não vejo novelas da televisão, principalmente as novelas que exploram temas da história, pois esses folhetins sempre deturpam a realidade da época passada, tentando adaptar a realidade pretérita aos tristes dias que hoje vivemos no Brasil, pós era lulopetista. Por isso não espero nada de bom dessa novela “Mundo Novo”. a Globo apenas desembarcou no interesse pela redescoberta da importância da Imperatriz Leopoldina. As novelas da Globo – repito, folhetins de ficção – sempre fazem muito mal à decadente sociedade da republiqueta brasileira...

Mais um duro golpe na fama de honesta de Dilma - Por Ricardo Noblat.



Dilma empenhou-se ao longo dos seus cinco anos e poucos meses de governo em se distinguir de Lula em pelo menos uma coisa: ela sempre foi honesta. Nunca disse que Lula fora desonesto. Mas reafirmou sua honestidade todas as vezes que a de Lula foi posta em dúvida.

O depoimento ao juiz Sérgio Moro, no ano passado, do marqueteiro das duas campanhas de Dilma, João Santana Filho, foi o primeiro golpe duro aplicado contra a fama de honesta da ex-presidente. Ele confessou que fora pago no exterior pela campanha de Dilma em 2010.

O segundo golpe duro foi aplicado por Marcelo Odebrecht, ex-presidente da construtora que leva seu sobrenome, e pelo ex-executivo Alexandrino Alencar. É difícil avaliar qual dos dois produziu maior estrago na imagem de Dilma. O que eles disseram à Justiça Eleitoral vazou ontem.

Em maio do ano passado, quando visitou Palmas, Dilma afirmou indignada: "Falam que eu sou uma pessoa dura. Eu não sou uma pessoa dura não, eu sou honesta, é diferente. Eu não tenho contas no exterior, eu não recebi dinheiro de propina, eu não recebo dinheiro de corrupção”.

Quem nunca embolsou propinas não é necessariamente honesto, ora. Segundo Marcelo, Dilma tinha conhecimento, sim, do pagamento de despesas de campanha com recursos de caixa 2. “Disso não tenho a menor dúvida”, acrescentou.

Alencar contou como a Odebrecht participou da compra de tempo de propaganda eleitoral na TV para a campanha de Dilma em 2014. A pedido de Edinho Silva, então tesoureiro da campanha, a Odebrecht deu a três partidos (PC do B, Pros e PRB) um total de R$ 21 milhões em caixa dois.

Em troca desse dinheiro (R$ 7 milhões para cada um), os partidos se aliaram ao PT no apoio à candidatura de Dilma. Ao fazê-lo, beneficiaram Dilma com a entrega do tempo de propaganda eleitoral de cada um. Maior tempo de televisão é o trunfo mais precioso de um candidato.

Ao todo, de acordo com Marcelo, a Odebrecht repassou R$ 150 milhões para a campanha de Dilma à reeleição. Parte desse valor – R$ 50 milhões – foi uma contrapartida pela aprovação da Medida Provisória 470 (Refis), que facilitou a renegociação das dívidas de empresas do grupo.

Foi o ex-ministro Guido Mantega, da Fazenda, quem pediu dinheiro à construtora. Em maio de 2014, diz Marcelo ter ouvido de Mantega: “A orientação dela (Dilma) é que todos os recursos de vocês vão para a campanha dela. Você não vai mais doar para o PT, só pra ela”.

Naturalmente, Dilma nega tudo. A seu pedido, a Justiça Eleitoral abriu inquérito para tentar descobrir quem vazou os depoimentos de Marcelo e de Alencar.

Em tempo: Marcelo também complicou a vida de Lula com seu depoimento. Lula era “O Amigo” nas planilhas de propina da Odebrecht.

TSE deve pedir cassação da chapa Dilma/Temer - POR MERVAL PEREIRA.

Os depoimentos dos executivos da Odebrecht foram uma pá de cal. A questão agora é saber se a tese de separar as contas de Temer será aceita. É impossível anistiar, dizer que não houve nada na chapa. Essa vai ser a briga dos advogados do presidente. Não é uma decisão normal, mas há casos dessa separação. O ministro Herman Benjamin deve pedir a cassação por abuso de poder econômico.

Na questão da anistia ao caixa 2, acho que o Congresso vai aprovar. – não foi à toa que o Ministro Gilmar Mendes comparou-a com a repatriação. Mas estão misturando as coisas, dizendo que todo o dinheiro de corrupção é de caixa dois. O que aconteceu na grande maioria dos casos é crime de corrupção passiva, ativa, lavagem de dinheiro. E acontecendo a anistia, todos os políticos serão mais ou menos blindados, porque vira uma discussão jurídica.  

sexta-feira, 24 de março de 2017

"Não era um governo, era um negócio" - O antagonista.


Jerônimo Goergen, deputado pelo PP do Rio Grande do Sul, resumiu a O Antagonista suas percepções ao ler o depoimento de Marcelo Odebrecht ao TSE publicado com exclusividade neste site:

"Não era um governo, era um negócio."

Dilma, Lula e o PT, acrescenta o parlamentar, mentiram ao Brasil quando falavam de "um projeto político para construir um país melhor".

"Não existia ninguém no Palácio do Planalto que não soubesse que se tratava de um projeto de enriquecimento ilícito por meio de uma estrutura maluca."

Para o deputado, MO tem muito mais a falar: "É só o começo".

A sinceridade de Dom Pedro II e a demagogia dos Presidentes da República de plantão

 Lula demagogo, sentado no chão para conversar com alunos de uma escola

Os dois últimos presidentes do Brasil (Lula e Dilma) foram exímios nas "verborreias" ditas em  discursos sem nexo, cheios de erros gramaticais e prenhes de expressões chulas e de gírias. A rigor, cada vez que ambos discursavam, sempre o faziam dentro do binômio “nós” e “eles”. “Nós”, como se auto intitulam os despreparados lulopetistas. “Eles” para a imensa maioria dos brasileiros, que não aceita o PT, aí incluídos os tímidos políticos que fizeram uma  branda oposição à dupla citada.

A propósito lembro-me do discurso de Lula defendendo a vinda dos médicos cubanos. Disse ele na ocasião: “Se os médicos brasileiros não querem trabalhar no sertão, que a gente traga médicos do exterior”. Era o velho Lula de guerra, populista e demagogo até o centro da sua medula. Ele jogou nos nossos médicos a culpa pelo péssimo estado da saúde pública no Brasil. Entretanto, a culpa era dos governos petistas, mais comprometidos com o recebimento de propinas do que com a solução dos nossos graves problemas de saúde pública.

Digo isso para mostrar a diferença entre os presidentes lulopetistas e o nosso Chefe de Estado, nos saudosos e honrados tempos imperiais, o Imperador Pedro II.

Imperador Dom Pedro II: ético, sincero, sóbrio e dono de uma cultura invulgar 

Leiam como foi a cena. Diante de uma escola, numa cidade do interior por onde passava o Imperador Dom Pedro II, uma menina se preparava para ler um discurso em sua homenagem.
– Nada, nada, minha filha! Eu não gosto de discursos.
Mas logo se arrependeu, porque a criança, contrariada, assumiu um ar de choro.
– Bem, bem. Uma vez que você quer falar, venha cá. Venha conversar comigo.
Para encorajá-la, acrescentou:
– Vejo que você é inteligente. Não tenha medo. Mostre-me que você é inteligente, porque eu gosto muito de crianças. Eu tenho netinhos da sua idade. 

(Baseado em trecho do livro “Revivendo o Brasil-Império”, de Leopoldo Bibiano Xavier).
Postado por Armando Lopes Rafael

STF decide que escutas da Lava Jato são válidas!

O STF (Supremo Tribunal Federal) negou nesta quinta-feira (23) recurso da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra decisão do juiz Sergio Moro no processo que determinou a realização de interceptações telefônicas contra o petista no ano passado. A repercussão do caso levou a Justiça s suspender a posse de Lula como ministro.

O recurso foi negado por unanimidade pelos ministros, que seguiram o voto do relator, Edson Fachin. O ministro Alexandre de Moraes, participando de sua primeira sessão no STF, também apoiou o voto de Fachin.

A defesa de Lula pedia que fossem anulados todos os grampos que interceptaram conversas entre Lula e pessoas com foto privilegiado, como deputados, senadores e ministros. Por enquanto, apenas as conversas com Dilma Rousseff, na época presidente, foram anuladas. 

Os advogados de Lula também pediam que o processo fosse retirado do juiz Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na 13ªVara Federal de Cutiriba, e passasse a tramitar no STF ou ou na Justiça Estadual de São Paulo. 

A defesa de Lula ainda pedia que o STF remetesse cópia ao Ministério Público da decisão que anulou os grampos entre Lula e Dilma autorizados por Moro, para que a Procuradoria pudesse apurar se pudesse apurar se o juiz federal cometeu crime ao autorizar as escutas. 

Os ministros do STF negaram todos os pedidos e mantiveram a decisão do ministro Teori Zavascki, que já havia negado o recurso. Teori morreu no fim do ano passado em um acidente aéreo

Delator revela repasses para 'conta' de Lula - Por Erich Decat e Ricardo Galhardo, O Estado de S.Paulo.


Marcelo Odebrecht, herdeiro e ex-presidente do grupo que leva seu sobrenome, apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) documentos que apontam o detalhamento da suposta movimentação da conta-corrente do Setor de Operações Estruturadas – o departamento da propina – realizada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A informação consta de trechos das declarações divulgadas nesta quinta-feira, 23, pelo site O Antagonista. Entre os documentos está uma curta planilha em que aparece o codinome “Amigo”, que seria uma referência a Lula.

A lista revela que, em 22 de outubro de 2013, o saldo de “Amigo” era de R$ 15 milhões. Já em 31 de março de 2014, o valor passou para R$ 10 milhões – não foi explicado o que foi feito com R$ 5 milhões.

Delação de Alexandrino é ‘chave de cadeia’ para Lula.


O executivo Alexandrino Alencar era quem atendia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dentro da Odebrecht.

Transformou-se num verdadeiro parceiro do ex-presidente, coisa que se estendeu para toda a família.
Sua delação premiada é fulminante porque conta fatos com detalhes, coisas do dia-a-dia e intimidades que só alguém muito próximo poderia conhecer.

Certa feita, numa festa, dona Marisa chamou Alexandrino num canto e numa conversa particular reclamou da demora na reforma no sítio em Atibaia.

Ou seja, era para Alexandrino que Lula e família pediam os ‘favores’ emergenciais. Nesse sentido, a delação é reveladora e vai implicar ainda mais o réu.

quinta-feira, 23 de março de 2017

Frente De Juízes E Procuradores Pede a Janot Que Investigue Gilmar Mendes.


A Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público (Frentas) – coordenada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) -, protocolou na Procuradoria-Geral da República, nesta quinta-feira, 20, pedido de apuração e “possível abertura de inquérito criminal” contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.

O documento, endereçado ao procurador-geral Rodrigo Janot, solicita uma análise das declarações do ministro durante sessão plenária no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na terça, 18.

Na ocasião, Mendes afirmou que “promotores e juízes ameaçam parlamentares com a Lei da Ficha Limpa (…) e não querem a Lei de Abuso de Autoridade porque praticam, às escâncaras, o abuso de autoridade. (…) Ao empoderarmos determinadas corporações, estamos dando a eles o poder que eles precisam para fazer esse tipo de chantagem.”

A frente de juízes e procuradores alega que as expressões usadas por Gilmar Mendes “constituem uma acusação criminosa a promotores e a juízes, o que, evidentemente, merece repulsa”.

As afirmações atribuídas ao ministro “podem ser configuradas como infração penal”, segundo avaliação da Frentas, integrada por oito entidades.

Para os integrantes da Frentas, “se algum magistrado ou membro do Ministério Público praticou a conduta, a denúncia precisa ser feita à Corregedoria e ao órgão competente para apuração da infração disciplinar e penal”.

“Não é possível aceitar a acusação feita de forma generalizada contra agentes públicos que atuam no combate à corrupção no País”, argumentam as entidades.

“Tais acusações, graves e sem demonstração concreta de qualquer caso de ‘chantagem’, o que serviria apenas para desqualificar o Ministério Público e a magistratura, precisam ser examinadas sob a ótica da Lei Penal e da Lei Orgânica da Magistratura Nacional e, porque não parece possível admitir que sejam perpetradas sem que se dê qualquer consequência, diante de um fato de tamanha gravidade”, afirma trecho do documento.

quarta-feira, 22 de março de 2017

Em discurso, Janot ataca "decrepitude moral" de Gilmar Mendes.


Em discurso na Escola Superior do Ministério Público da União, Janot defendeu a Operação Lava Jato e recomendou a realização de uma "urgente reforma no sistema político-partidário", pois a política "não pode continuar a ser uma custosa atividade de risco propícia para aventureiros sem escrúpulos."

Na sequência, Janot criticou o que vê como "críticas injustas" ao Ministério Público e disse que a instituição "não engana a ninguém e não costuma vender ilusões ou fantasias". 

Janot rebateu de forma veemente a informação publicada pela ombudsman do jornal Folha de S.Paulo, Paula Cesarino Costa, segundo quem os nomes dos alvos de inquérito oriundos das delações da Odebrecht foram repassados por um integrante da PGR a jornalistas em uma "coletiva em off". "É uma mentira, que beira a irresponsabilidade, afirmar que realizamos, na PGR, coletiva de imprensa para 'vazar' nomes da Odebrecht", afirmou.

Na sequência, Janot não citou Gilmar Mendes, mas seu discurso deixou evidente que a fala era uma resposta ao ministro, também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que na terça-feira 21 usou o artigo da Folha como base para suas acusações contra a PGR.

Em um trecho que não estava previsto no discurso (leia a íntegra abaixo), Janot deixou claro que respondia a Mendes. “Não vi uma só palavra de quem teve uma disenteria verbal a se pronunciar sobre essa imputação ao Palácio do Planalto, ao Congresso e ao STF", afirmou segundo site jurídico Jota.

"Procuramos nos distanciar de banquetes palacianos. Fugimos dos círculos de comensais que cortejam desavergonhadamente o poder político", disse Janot. Gilmar Mendes, figura próxima ao PSDB, é um assíduo frequentador de jantares com Michel Temer e outros poderosos de Brasília.

"Ainda assim, em projeção mental, alguns tentam nivelar a todos à sua decrepitude moral, e para isso acusam-nos de condutas que lhes são próprias, socorrendo-se não raras vezes da aparente intangibilidade proporcionada pela posição que ocupam no Estado", afirmou.

Ainda de acordo com Janot, "sempre houve, na história da humanidade, homens dispostos a sacrificar seus compromissos éticos no altar da vaidade desmedida e da ambição sem freios". São pessoas, afirmou, que "não hesitam em violar o dever de imparcialidade ou em macular o decoro do cargo que exercem; na sofreguidão por reconhecimento e afago dos poderosos de plantão, perdem o referencial de decência e de retidão".

Para Janot, não é preciso "se impressionar com a importância" que esses "difamadores" parecem "transitoriamente ostentar". Para encerrar, disse Janot, "compartilho com os senhores a advertência do mestre Montesquieu que sempre tive presente comigo: o homem público deve buscar sempre a aprovação, mas nunca o aplauso. E, se o busca, espera-se, ao menos, que seja pelo cumprimento do seu dever para com as leis; jamais por servilismo ou compadrio".

BLOGUEIRO CONFESSOU TUDO - O Antagonista.

O blogueiro petista, ontem, foi conduzido coercitivamente pela PF.

Durante o interrogatório, ele confessou tudo.

Em primeiro lugar, o nome de sua fonte, que vazou os detalhes sobre a batida policial contra Lula.

Em seguida, ele disse que, assim que recebeu a notícia, entrou em contato com o assessor de imprensa do Instituto Lula, José Crispiniano, e pediu-lhe para alertar o próprio Lula.

Ele admitiu igualmente que, agindo dessa maneira, prejudicou a coleta de provas por parte da PF e obstruiu a Justiça.

Todos esses fatos foram relatados espontaneamente pelo blogueiro petista e constam dos termos de declaração.


Temer afasta suspeitos miúdos e adula graúdos - Por Josias de Souza.

Na engrenagem aparelhada do Estado brasileiro, sempre que um servidor público é pilhado em atos de corrupção, deveria haver vergonha em pelo menos um gabinete de congressista ou de autoridade, que teria de explicar por que apadrinhou a nomeação de um desqualificado. Cada assalto feito no segundo ou no terceiro escalão tem sempre um cúmplice disfarçado no primeiro escalão. Entretanto, acima de um certo nível de poder, nenhuma cumplicidade justifica um rosto vermelhinho.

No escândalo da carne, o ministro Blairo Maggi obteve a concordância de Michel Temer para afastar os 33 servidores da pasta da Agricultura suspeitos de manter um relacionamento promíscuo com frigoríficos que deveriam fiscalizar. Maggi fez mais: abriu contra os servidores processos administrativos que podem resultar em demissão. O ministro fez pior: depois de enviar os suspeitos para o patíbulo do Diário Oficial, exibiu suas cabeças na vitrine da internet (veja a lista aqui).

O 7º nome da lista de execrados da Agricultura é o ex-superintendente da pasta no Paraná, Daniel Gonçalves Filho, um personagem que o ministro Osmar Serraglio (Justiça) chama de “grande chefe”. O 14º nome da relação é Gil Bueno de Magalhães, que substituiu Daniel Gonçalves na superintendência paranaense em 2016, sob o apadrinhamento de deputados do PP —entre eles o agora ministro Ricardo Barros (Saúde). Enquanto os afilhados são tratados na base do mata-e-esfola, os padrinhos fingem-se de mortos.

Em comunicado à imprensa, a pasta da Agricultura anotou que os 33 servidores foram “afastados em razão da investigação da Polícia Federal sobre supostas irregularidades em frigoríficos”. Se os crimes são supostos, a culpa é presumida. Ainda assim, optou-se pelo afastamento preventivo, acompanhado da abertura de processos administrativos. Nada poderia ser mais respeitoso com o contribuinte do que afastar a suspeição do exercício de funções públicas.

O acerto em relação aos suspeitos miúdos expõe o desacerto no trato com os suspeitos graúdos. No modelo criado por Michel Temer para proteger amigos em apuros, instituiu-se o afastamento em conta-gotas. Ministros investigados não devem nada a ninguém, muito menos explicações. Quando forem denunciados amargarão um afastamento temporário, conservando o salário e o foro privilegiado. Só depois de convertidos em réus pelo Supremo Tribunal Federal é que os ministros seriam enviados ao olho da rua.

Nos próximos dias, o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, puxará o manto diáfano que esconde os podres da colaboração da Odebrecht. Em condições normais, haveria escândalo em gabinetes do Planalto e da Esplanada. Mas já está entendido que o cinismo é o mais próximo que o governo conseguirá chegar da honestidade.

Se a pasta da Justiça pode ser gerida por alguém cuja voz foi captada num grampo travando diálogo vadio com um sujeito que a PF chama de “líder de uma organização crimionosa”, tudo é permitido. Inclusive tratar a plateia como cretina.

MIRO TEIXEIRA, REDE-RJ, DEPUTADO, EM DEPOIMENTO AO JUIZ SÉRGIO MORO.


O que se passa em Brasília é uma vergonha absoluta. Há uma tentativa de desqualificar a Lava-Jato. Mas acabar a Lava-Jato para esses que detém foro especial por prerrogativa de função. 

Os empresários que são cúmplices dos políticos, que estão presos, as empresas que estão fechadas, os empregos estão perdidos. E os políticos saem ricos.