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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 20 de maio de 2023

046 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Estádio Juremal em Várzea-Alegre.

Talvez o esporte bretão seja a atividade mais admirada  pelo varzealegrense, perdendo apenas para a cavalhada. Nas ultimas décadas a cidade  voltou a promover o campeonato municipal onde todos os distritos, sítios  e localidades são convidados a  participar.

Hoje em dia bem menos acirrado, mas antigamente  a disputa muitas  vezes ultrapassava os limites da civilidade. O principal problema era a arbitragem.  Por mais que organizassem havia sempre aquele arbitro  que  punia  por sua equipe. Era pratica dividir os tempos por sorteio, um apitava o primeiro e outro  o segundo tempo. Raramente  deixava de haver uma baita confusão.

Certa feita, o sitio São Cosme jogava com  o sitio Mocós. Quinco Severino apitou o primeiro tempo direitinho, com muito retidão, o seu time, Mocós  terminou o primeiro tempo perdendo por um a zero.

Trocado  o campo e o juiz, assumiu  o comando da arbitragem  o conhecido Balá filho de Doca de Sousa do São Cosme. Segurou o resultado, anulou pra mais de dez gols. Todo motivo e razão serviram  como justificativa.

O goleiro  dos Mocós bateu um tiro de meta,  um bicudo daqueles que a bola sobe rodando pra trás, foi indo e o goleiro do São Cosme adiantado a bola o encobriu, um  gol que nem Pelé conseguiu fazer.  A equipe todo comemorou, enquanto o Balá fazia sinal com o dedo que o  gol  não valeu. 

O capitão  dos Mocós se aproximou e disse para o juiz : Você já anulou pra mais de dez gols, sempre com as justificativas mais absurdas. E agora o que foi : Balá respondeu com a autoridade de Armando Marques : "Foi de longe demais". 

3 comentários:

  1. Por mais que pareçam mirabolantes essas historinhas são o retrato fiel de nossa gente alegre e bem humorada.

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  2. Francisco Giovani da Costa22 de maio de 2023 às 08:52

    Ontem num torneio no sítio Bebedouro, vi uma coisa que eu nunca tinha visto: começou o segundo tempo, um jogador da equipe do Boka Jrs. bateu o centro e o outro deu um chutão que encobriu o goleiro, só que valeu o gol.

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  3. O Sanharol foi jogar no Riacho do Meio, primeiro tempo 0 X 0. No intervalo, Luis Lixandre, muito malandro, chegou no ouvido de Seu Tonho, que ia assumir o apito e disse: Seu Tonho, nós não podemos perder esse jogo não! Seu disse: então combine com um jogador seu ue lance uma bola na área e você se jogue no chão que eu dou pênalti. Assim foi feito no finalzinho do jogo. Sanharol fez o gol e ganhou o jogo, mas a confusão foi grande: no meio da discursão, um senhor de lá, tentando apaziguar falou: foi pênalti mesmo, o juiz mora na rua e ele sabe!

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