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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 31 de julho de 2017

As voltas que o mundo dá: "Imperatriz Leopoldina encarna o ideal de políticos que o Brasil precisa hoje", dizem autores da novela "Novo Mundo"


Na foto: Imperatriz Dona Leopoldina do Brasil, interpretada na novela "Novo Mundo" pela atriz Letícia Colin.

O canal televisivo Rede Globo tem transmitido, desde março deste ano, a novela "Novo Mundo", a qual gira em torno do romance entre a professora inglesa Anna (personagem de Isabelle Drummond) e o ator luso-brasileiro Joaquim (personagem de Chay Suede).

A teledramaturgia acontece no Rio de Janeiro do começo do século XIX, a partir da chegada da Arquiduquesa Leopoldina da Áustria ao Brasil e passando pelos acontecimentos que antecederam o Grito do Ipiranga. Como não poderia deixar de ser, entre suas personagens estão figuras históricas do período, como nossos primeiros Imperador e Imperatriz e José Bonifácio de Andrada e Silva.

Em recente entrevista concedida a Mauricio Stycer, do portal de notícia UOL, os autores da novela, Thereza Falcão e Alessandro Marson, disseram que "[a Imperatriz Dona] Leopoldina encarna o ideal de políticos que o país precisa: alguém realmente capaz de governar e com uma visão de interesses mais dignos do povo que lidera".

Sem dúvida, a capacidade de governar da Imperatriz Dona Leopoldina se deve à primorosa educação que Sua Majestade recebeu, desde a infância, para esse fim. A Casa de Habsburgo, a mais alta da Cristandade, Soberana da Áustria, era conhecida por produzir princesas altamente preparadas para servir com excelência aos países de seus esposos. Dizia-se que "casar-se com uma Habsburgo era ter consigo a melhor mulher que um governante poderia ter".

Aliás, o devido preparo para a Chefia de Estado não é exclusividade da Casa d'Áustria, mas sim uma característica comum das Casas reinantes e um dos principais pontos positivos da Monarquia.

Ora, se é de alguém devidamente capacitado e que visa ao bem comum que este País precisa, ninguém melhor do que o seu tetraneto, o Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, que, além de herdar o nobilíssimo sangue da Imperatriz Dona Leopoldina, recebeu também educação voltada aos interesses pátrios e compartilha dos mesmos valores monárquicos e cristãos de sua veneranda ancestral.

Por fim, é válido ressaltar que, apesar de a trama se desenvolver em um dos mais importantes momentos da História do Brasil, a novela "Novo Mundo" não tem comprometimento com a verdade histórica, tendo já, mais de um vez, transmitido cenas contrárias aos fatos que realmente aconteceram, com o intuito meramente apelativo, na busca por mais audiência. A Globo vem promovendo sistematicamente, nas últimas décadas, uma verdadeira revolução cultural, caracterizada pela desconstrução dos padrões tradicionais e a promoção da extravagância, da amoralidade e ausência de regras.
Postagem original: Facebook "Pro Monarquia"

Lula "mergulhou na lama da corrupção", diz Luciana Genro.

A socialista Luciana Genro rebateu a crítica ao PSOL feita por Lula na semana passada. 

O petista havia dito que o partido precisa vencer uma eleição para parar de "frescura".

"Eles vão perceber que não dá para a gente nadar teoricamente. Entra na água e vai nadar, porra."

Eis as respostas de Luciana, na Folha:

"Lula entrou tanto no mar que se afundou, porque mergulhou na lama da corrupção." "O problema do Lula é que ele não pode suportar a ideia de que a sua autoridade moral está sendo questionada. Ele se coloca num patamar superior ao dos mortais. Mas ficou evidente que ele estabeleceu relações promíscuas com as empreiteiras."

"Quando empreiteiras pagam milhões a um metalúrgico, ele deixa de pertencer à sua classe de origem. Vira um agente dos interesses do andar de cima."

Os socialistas, como se sabe, defendem o inchaço do Estado, mas afetam repúdio às consequências inevitáveis disso, como a venda de favor e influência de quem está dentro dele, como Lula e seus asseclas, a quem está fora, como as empreiteiras.

Até o PSOL, linha auxiliar do PT, já quer se limpar na sujeira do comandante máximo.

Saiba como será a sessão em que a Câmara decidirá se admite denúncia contra Temer - Por Bernardo Caram, G1, Brasília.


O plenário da Câmara dos Deputados tem sessão marcada para a manhã desta quarta-feira (2) para a votação da denúncia da Procuradoria Geral da República contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva.
As acusações do Ministério Público têm como base a delação premiada dos executivos da J&F, controladora da JBS.
Por se tratar do presidente da República, o Supremo Tribunal Federal (STF) só poderá analisar a denúncia se receber autorização da Câmara. Se não houver a autorização, o caso será arquivado.

LEIA A ÍNTEGRA DA DENÚNCIA.

Para que a denúncia siga adiante, ao menos 342 deputados terão que votar contra o parecer aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), do relator Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que recomenda a rejeição da peça apresentada pela procuradoria.

Como será a sessão.

Acompanhe abaixo cada uma das etapas da sessão de votação da denúncia contra Temer:

Abertura.

A sessão está marcada para as 9h e será aberta assim que for atingido o quórum de 51 deputados na Câmara.

Questões de ordem.

Logo no início da sessão, é possível que parlamentares apresentem as chamadas questões de ordem, indagações sobre o rito da reunião, com base no regimento interno da Câmara. O uso desse mecanismo pode atrasar o início dos trabalhos.

Ordem do dia.

Quando houver 52 deputados registrados no plenário, será iniciada a chamada “ordem do dia”, fase em que o tema da sessão começa a ser efetivamente analisado.

Relator e defesa.

O relator Paulo Abi-Ackel terá até 25 minutos para se pronunciar. Tempo equivalente será concedido ao presidente Michel Temer, que poderá apresentar argumentos pessoalmente ou por meio de seu advogado.

Deputados falam.

Em seguida, na fase de discussão, deputados poderão se pronunciar por até 5 minutos cada, alternando entre posicionamentos favoráveis e contrários ao parecer. Após a fala de quatro oradores, dois contrários e dois favoráveis, poderá ser apresentado um requerimento de encerramento da discussão. O pedido precisará ser votado pelo plenário, desde que haja ao menos 257 deputados na sessão.

Processo de votação.

Encerrada a discussão, a fase seguinte é a da votação, que só poderá ser iniciada se pelo menos 342 deputados marcarem presença em plenário. Se não for atingido o quórum de 342 votantes, outra sessão será convocada pelo presidente da Câmara para a realização de nova votação. Não há definição sobre quando poderia ser essa sessão. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já afirmou em entrevistas que, nesse caso, continuará pautando a denúncia até que seja votada.

Oradores pró e contra.

Na etapa de votação, dois oradores favoráveis ao parecer e dois contrários terão 5 minutos de fala cada, para fazer o chamado "encaminhamento de votação", quando vão apresentar argumentos sobre o voto que defendem. Líderes partidários poderão discursar para orientar suas bancadas por até um minuto cada.

Chamada nominal para votação.

O parecer da CCJ será submetido a votação pelo processo de chamada nominal dos parlamentares. Os deputados serão chamados em ordem alfabética de acordo com o estado que representam, numa sequência que vai alternar estados da região Norte e da Sul. Quando ouvir seu nome, o parlamentar deverá responder: “sim”, pela aprovação do parecer; “não”, pela rejeição; ou “abstenção”, se quiser se abster.

Chamada dos ausentes.

Após a chamada de todos os parlamentares de um estado, o presidente da Câmara repetirá a chamada dos ausentes, caso haja. Persistindo o silêncio, o parlamentar será considerado ausente.
Proclamação do resultado - Concluída a chamada e tendo votado ao menos 342 deputados, o presidente da Casa proclamará o resultado. Na prática, a denúncia será autorizada se pelo menos 342 deputados votarem “não”, rejeitando o parecer da CCJ. Se menos de 342 votarem não, o caso é arquivado.


domingo, 30 de julho de 2017

DO TEMPO DO BUMBA - Por Mundim do Vale.


DO PREÇO DO SAL AO FUNDO  DE  LATA

Alexandre Cabeleira, filho da parteira Antônia Cabeleira, era o que poderia ser chamado de versátil. Ele tinha cinco profissões a saber; Coveiro, enfermeiro, cambista, carpinteiro e ainda vendia sal moído no mercado velho.

Um dia chegou na sua banca, dona Petronila. Uma senhora muito conversadeira e extremamente religiosa. Petronila chegou logo puxando conversa:
Alexandre quanto é o quilo de sal?
É cinco cruzeiros.
Meu pai do céu, como tá caro.
Petronila. não é só o sal não. Tá caro é tudo. Tá caro o fumo, tá caro os ovos, tá caro o pinto e tá caro alho. Não tem quem possa com a carestia.
Valha me Nossa Senhora. Onde é que nós vamos parar?
Mas se o inverno pegar, de julho pra entrar agosto as coisas vão melhorar. Eu escutei no rádio que de Passo Fundo pra cá. As coisas já estão baixando.
Graças a Deus. Mas Alexandre eu estou aqui é para outra coisa.
Pois diga. Se eu poder eu ajudo.
Quanto é que o senhor cobra pra botar um fundo numa lata?
Depende; Se for com o meu pau é vinte cruzeiros. Mas se você der o fundo eu boto por dez cruzeiros.

Políticos não têm interesse em combater a corrupção, diz Moro - Por Eduardo Knapp/Folhapress


Para o juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, falta interesse da classe política brasileira em combater a corrupção.

"Lamentavelmente, eu vejo uma ausência de um discurso mais vigoroso por parte das autoridades políticas brasileiras em relação ao problema da corrupção. Fica a impressão de que essa é uma tarefa única e exclusiva de policiais, procuradores e juízes", afirmou Moro em entrevista concedida à Folha e a outros integrantes do grupo internacional de jornalismo colaborativo "Investiga Lava Jato" –o jornal é um dos coordenadores da iniciativa.

Rebatendo críticas sobre o fato de ter fixado benefícios para réus que ainda estão negociando delação premiada, o juiz afirmou que "o direito não é uma ciência exata".

Segundo ele, a prisão do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) mostra que não há investigações seletivas contra o PT.

Moro defendeu ainda o levantamento do sigilo da interceptação telefônica da conversa entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a então presidente Dilma Rousseff, em 2016. Segundo o magistrado, "as pessoas tinham direito de saber a respeito do conteúdo daqueles diálogos".

Antes da entrevista, Moro disse que resolveu falar ao grupo "para incentivar o trabalho cooperativo de jornalistas investigativos".

Local de trabalho - Por Antonio Morais.

Ludmila ficou viúva aos 22 anos, levantou postura e nunca mais quis saber de casamento.  Gervásio, o marido foi a óbito depois de comer uma buchada de bode com  pinga. Dizem as má línguas que foi congestão.

Generina, a única filha do casal foi criada com  todos os mimos, afetos e carinhos das mais nobres famílias da Rajalegue.

Depois de adulta teve uma paixão desenfreada por um soldado do destacamento local e terminou se casando com ele. 

Logo começaram os desentendimentos. Cidade pequena, o único lugar que tinha algum movimento era no cabaré, pois era lá que era dado o expediente. 

Todo dia o delegado reunia a tropa  e depois da corra no frege retornavam aos lares. Na volta do agente da segurança, Ludmila e Generina  estavam afiadas e a ladainha era uma só. 

Uma dizia : eu não sei como se tem uma única filha, criada com todos os cuidados e ela se casa com o vagabundo cujo local de trabalho é a fuzarca, a outra  repetia  a mesma lenga lenga.

Um dia, Severo, o policial genro resolveu botar moral e disse a todo pulmão : o governo  criou uma lei que  todo genro que mora na casa da sogra tem o direito de dormir uma noite com a esposa e outra com a sogra.

Generina deu o maior pinote : Essa não, nem pensar. No que Ludmila gritou do outra quarto : Generina, Generina, lei é lei, ninguém pode ir contra a lei.

sábado, 29 de julho de 2017

Em VEJA desta semana: A denúncia contra Temer: arquivamento à vista

Governo e oposição apostam que a Câmara conseguirá arquivar a denúncia apresentada pelo procurador-geral Rodrigo Janot contra o presidente Temer
Por Daniel Pereira
Reprovado - O presidente Michel Temer: 'Vivemos num país de muito otimismo' (Cristiano Mariz/VEJA)

Com popularidade próxima do traço, o presidente Michel Temer começa a semana otimista. Governo e oposição apostam que o peemedebista conseguirá se livrar, na quarta-feira, da denúncia apresentada pelo procurador-geral Rodrigo Janot. Confirmado o arquivamento, na prática a Câmara terá passado o recado de que acha desnecessário que o Supremo Tribunal Federal (STF) abra uma investigação contra o primeiro presidente acusado de corrupção no exercício do mandato. De acordo com Janot, o ex-assessor de Temer, Rodrigo Rocha Loures, flagrado correndo com uma mala recheada com 500.000 reais em propina, era o homem designado pelo próprio político para verdadeiramente executar suas ordens.

Se no processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff deputados dos mais diversos partidos discursaram em favor da ética ao justificar os votos pela deposição da petista, no caso da denúncia contra Temer, a tropa parlamentar perdeu o fervor cívico. A moeda de troca: cargos, o compromisso de pagar 2 bilhões de reais em emendas parlamentares nas três primeiras semanas de julho e o medo de acabar na cadeia como tantos políticos enfronhados nos esquemas de corrupção revelados pela Lava-Jato.

Com o país paralisado, Temer assumiu pessoalmente a ofensiva para se livrar do risco de ser investigado na justiça por corrupção. Espertamente, já enviou recados de que, tão logo a denúncia seja devidamente arquivada, haverá uma reforma ministerial para contemplar os deputados mais fiéis.

Em VEJA desta semana -- Youssef: "Eu disse que derrubaria a República no Brasil . E derrubei"


Doleiro Alberto Youssef falou com exclusividade a VEJA e contou o dia a dia da prisão e a rotina de políticos e executivos detidos no petrolão
 Fora da Cadeia - Libertado após três anos, Youssef mora em São Paulo, onde cumpre o resto de sua pena em regime aberto (Jefferson Coppola/VEJA)

Um dos principais delatores da Operação Lava-Jato, o doleiro Alberto Youssef é hoje um homem em busca de emprego. Cumprindo pena em regime aberto depois de revelar como funcionava o esquema clandestino de pagamento de propina a políticos, o operador financeiro do Partido Progressista (PP) no petrolão recebeu VEJA em duas oportunidades e esmiuçou o dia a dia da cadeia que hoje abriga, em Curitiba, o ex-ministro Antonio Palocci, o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Descreveu a compulsão do herdeiro Marcelo Odebrecht por ginástica, os roncos do ex-diretor da Petrobras Renato Duque e avaliou o papel dos partidos políticos no maior escândalo de corrupção do país.

Às vésperas de concluir um livro que mostrará o que considera a “verdadeira história” do petrolão, Youssef afirma, com a autoridade de quem conhece os meandros da distribuição de dinheiro sujo no mundo político: “essa fase de Lava-Jato vai passar e vai continuar tudo como está. O sistema vai continuar”.
(Mais detalhes na VEJA que começa a circular neste sábado)

CARTA ABERTA DA EX-COMISSÁRIA DA VARIG PARA O EX-PRESIDENTE LULA - Por Angel Nunes.


Angel Nunes, ex-comissária da Varig, enviou uma carta ao blog para lembrar sobre a atuação do governo Lula na falência da empresa gaúcha de aviação para beneficiar a concorrente Gol, que era de propriedade de Nenê Constantino, amigo do ex-presidente.


Leia :

A sua prisão nunca trará de volta os sonhos que perdi.
Os anos que envelheci.
As lágrimas que chorei.
As noites que não dormi.
A casa que não comprei.
O conforto que não usufrui.
A paz que me deixou.
A preocupação, a ansiedade, a depressão, por medo do mês seguinte.
As doenças somáticas que adquiri.
A suspensão de todo e qualquer lazer.
E tudo que não pude dar aos meus filhos.
Quando você não pagou à Varig, a quantia bilionária que devia.
Quando você bateu a porta do BNDES na nossa cara, nos negando crédito, enquanto financiava o metrô de Caracas.
Quando você não nos recebeu ou nos ouviu.
Quando você não se importou ou se interessou pelo destinos das milhares de famílias dos funcionários.
Quando todos os setores do governo e da imprensa caçoavam de nós, dizendo que éramos maus gestores e estávamos pagando o preço, sem que dessem a saber que havia uma dívida ganha na justiça que até hoje não foi paga.
Você quis nos quebrar para se locupletar.
Tinha poder e conseguiu!
A sociedade nunca saberá a realidade dos fatos nem a desgraça que foi para as nossas vidas te ter como presidente. Foi e é, pois sua pupila reza na mesma cartilha.
Você passará vergonha, mas não passará necessidade como nós passamos.
Você terá seu orgulho quebrado, mas não se atirará do décimo andar ou dará um tiro na cabeça como alguns de nós que se suicidaram.
Você será desprezado, mas nunca sentirá o desespero de ter um poder monumental, o poder de um governo, te massacrando, te tirando o pão da boca e da boca de seus filhos.
Em memória a todos que partiram em aflição e em honra daqueles que continuam cambaleantes, batendo com o braço fraco mas persistente, mas portas do intrincado judiciário brasileiro, onde teus seguidores recorrem protelatoriamente sem nos pagar, para que morramos um por um sem receber nossos direitos trabalhistas e previdenciários.
Pois bem, de 2006 pra cá, 1.200 de nós já morreu, mas 8.800 continuam lutando.
Somos teimosos e orgulhosos da nossa história, de nossas honradas profissões, e do patrimônio histórico que representaremos sempre na aviação brasileira.
Não seremos ressarcidos nunca.
Somos pessoas de bem.
Não nos dá prazer o seu mal.
Tudo que queríamos era um homem bom e justo como presidente.
Tudo poderia ter sido diferente para nós.
Tudo poderia ser diferente para você.
Mas, a escolha foi sua.
Que a justiça seja feita!
Ainda que parcial.

sexta-feira, 28 de julho de 2017

ESTRANHOS AO FUTEBOL NO PODER - Por Wilton Bezerra. Comentarista esportivo da TV Diário e Rádio Verdes Mares.

Fico encafifado com o fato de o futebol brasileiro estar nas mãos de gente sem nada a ver com a sua história e importância.

E o pior: quase todas envolvidas em tenebrosas transações.

Vejam na CBF, uma máquina de arrecadar dinheiro, os nomes atuais e pretéritos a ocupar.

De onde eles vieram?

Como chegaram a posições de comando tão importantes?
Ricardo Teixeira nunca aguentou assistir a um jogo de futebol.
Casou com a filha de João Havelange e herdou o poder da CBF.
Hoje vive a fugir da justiça de vários países.
José Maria Marin, político medíocre, refugo da ditadura, nunca reuniu condições morais e administrativas para dirigir coisa nenhuma.
Está preso há um ano nos Estados Unidos.
Marco Polo Del Nero, atual presidente da CBF, PROCURADO pela Interpol, não consegue botar os pés em um aeroporto há um bom tempo.
Os três citados são cabeças de chave.
A seguir, aparecem personagens ridículos, risíveis e igualmente desonestos.
São os vices do podre poder do futebol.
Cel. Nunes, do Pará, chegou a assumir a presidência em um dos sumiços de Del Nero.
Serviu à ditadura e recebe dinheiro como anistiado.
Vicente Feijó, outro vice, é prefeito de Boca da Mata (AL).
Não se entende como conseguiu chegar a essa posição.
Andou a desancar Del Nero, em certa época, e ganhou um lugar na comissão técnica da Seleção Brasileira remunerado com a bagatela de R$ 60 mil mensais.
A Família Sarney, uma das “tradições” do futebol brasileiro, é representada numa vice por um “grande” nome ligado ao esporte nacional – Fernando Sarney – empresário detentor de considerável histórico policial.
Vou parar por aqui.
Já sinto o mau cheiro a bafejar meu nariz.
O circo de horrores tem o espetáculo vasto para o nosso pequeno espaço.
O Ministério Público do Rio de Janeiro pediu intervenção na cúpula dirigente da CBF.
Motivo: uma assembleia fajuta, sem a presença dos clubes das séries A e B, na qual medidas biônicas foram tomadas para manutenção dos podres poderes emanados dos votos das federações.
Incrível como os clubes não mexeram uma palha diante dessas medidas que diminuíram o peso dos seus votos. 

Brasileiros comemoram em 2017 os 300 anos de encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida



    A Imagem milagrosa de Nossa Senhora Aparecida foi encontrada no rio Paraíba do Sul no ano de 1717. Portanto, em 2017 o encontro da Imagem completará 300 anos.

    Em comemoração à data, o Santuário Nacional de Aparecida promove o Jubileu “300 anos de bênçãos”, com uma programação devocional e obras de fé que vão nos preparar para o grandioso tricentenário.

  Imagens peregrinas estão sendo enviadas a diversas arqui(dioceses) e Missionários Redentoristas levarão a cada capital do país uma imagem fac símile da Padroeira. Durante a peregrinação, serão colhidas porções de terra das capitais brasileiras para compor uma coroa especial para Nossa Senhora Aparecida.

    Será inaugurado o Campanário do Santuário Nacional com sinos fabricados na Holanda e a grandiosa Cúpula da Basílica que também será inaugurada no Ano Jubilar. O dia 12 de outubro de 2016 marcará a abertura do Ano Jubilar em comemoração aos 300 anos.

   No ano de 1717, três pescadores, levados por necessidades históricas e econômicas, saíram a pescar, numa época escassa de peixes. Por ação misteriosa de Deus, chegando ao “Porto de Itaguassu”, a primeira coisa que caiu em suas redes foi o corpo de uma imagem quebrada, na altura do pescoço.

    Num segundo lance de rede, pescaram a cabeça da mesma imagem. Juntando as duas partes viu-se que se tratava da Senhora da Conceição. Depois do encontro da Imagem, a pesca de peixes foi abundante e os pescadores intuíram a presença e ação de Deus naquele singular evento. Por assim ter aparecido, o povo chamou-a de “Aparecida”, nome consagrado pela devoção popular, chegando a ser proclamada Rainha em 1904, e Padroeira do Brasil em 1930.

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Você sabia que São Pedro de Alcântara é o Padroeiro Principal do Brasil?
    Logo após a Independência do Brasil, o Imperador Dom Pedro I entendeu que o Brasil precisava ter um santo padroeiro oficialmente autorizado pelo Vaticano. É bom esclarecer que Dom Pedro I, já tinha feito de modo pessoal (sem autorização do Papa) a consagração do Brasil a Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Isso aconteceu na cidade de Aparecida do Norte, quando da vinda de Dom Pedro I de São Paulo para o Rio de Janeiro, logo após ter declarado o Brasil independente de Portugal, com o simbólico grito de “Independência ou Morte!”, em 7 de Setembro de 1822, às margens do Riacho Ipiranga.

   Mas voltemos ao pedido de Dom Pedro I ao Vaticano. Em sua carta o nosso primeiro imperador solicitou ao Papa que fizesse de São Pedro de Alcântara o Padroeiro do Brasil, tendo o Papa aprovado o pedido e enviado a Bula com a designação oficial do nosso Padroeiro e Protetor.

    Com o golpe militar de 15 de novembro de 1889, que instaurou – sem consulta popular – a forma de governo republicana no Brasil, São Pedro de Alcântara foi sendo discretamente e programaticamente esquecido, provavelmente porque seu nome lembrava o dos dois imperadores da nossa pátria (Dom Pedro I e Dom Pedro II, ambos registrados como “Pedro de Alcântara”).  Os golpistas, esses sim, foram autores de um golpe, pois não estava prevista na Constituição do Império a extinção da monarquia, acrescida da expulsão da Família Imperial do Brasil).

   Porém, ainda hoje, o nome de São Pedro de Alcântara consta nos missais mais tradicionais da Igreja Católica. E foi num desses missais mais tradicionais, que consta São Pedro de Alcântara como “Padroeiro do Brasil” que recentemente adquiri um exemplar,  reeditado pela Editora Artpress, de São Paulo, edição de 2015. Trata-se do “Adoremus – Manual de Orações e Exercícios Piedosos” – Por Dom Frei Eduardo, O.F.M. – XX Edição Bahia – Tipografia de São Francisco – 1942).

Quem é São Pedro de Alcântara
   Frei Pedro nasceu em Alcântara (Cáceres, Espanha) em 1499. Filho de Alonso Garabito e de Maria Vilela, recebeu no batismo o nome de Juan de Sanabria. Depois de três anos de estudos em Salamanca (1511-1515), entrou na Ordem Franciscana, na Custódia do Santo Evangelho (1516), que mais tarde, em 1520, se converteria em Província de São Gabriel. Em Majarretes (Badajoz), lugar de seu noviciado, nasceu um novo homem: Juan de Sanabria se transformou em Pedro de Alcântara.

   Durante muitos anos, Frei Pedro de Alcântara foi diretor espiritual da Família Real de Portugal.  Ali fez um grande trabalho de santificação com os membros daquela família, de onde surgiram alguns santos da Igreja. Ainda hoje a família Bragança é tida como a Família Real mais católica do mundo.

   São Pedro de Alcântara foi confessor e diretor espiritual de Santa Teresa de Ávila e ajudou na reforma da Ordem Carmelita. Santa Teresa escreveu sobre ele: “Modelo de virtudes era Frei Pedro de Alcântara! O mundo de hoje já não é capaz de uma tal perfeição. Este homem santo é de nosso tempo, mas seu fervor é forte como de outros tempos. Tem o mundo a seus pés. Que valor deu o Senhor a este santo para fazer durante 47 anos tão rígida penitência!”.

    Depois de uma grande atividade eremítica e apostólica, morreu em Arenas de San Pedro (Ávila), no dia 18 de outubro de 1562, aos 63 anos. Em 1622 foi beatificado por Gregório XV e, em 1669, foi canonizado por Clemente IX. Em 1826 foi declarado Padroeiro do Brasil.

    

Augusto Nunes pergunta: “O que espera o MST para invadir o sítio de Lula em Atibaia?”


Para justificar a invasão de fazendas do ministro Blairo Maggi, de Ricardo Teixeira, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol, do senador Ciro Nogueira (PP-PI) e de um amigo do presidente Michel Temer, entre tantas outras, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra divulgou uma nota oficial que ergueu um monumento ao cinismo com apenas duas frases. Primeira: “Os latifundiários que possuem estas terras são acusados, no cumprimento de função pública, de atos de corrupção, como lavagem de dinheiro, favorecimento ilícito, estelionato e outros”.

Faltou explicar o que espera o exército de João Pedro Stédile para invadir pelo menos o sítio de Lula em Atibaia e a fazenda de Delubio Soares em Goiás. A segunda frase tortura a língua portuguesa para avisar que “o MST também se posiciona pelo afastamento imediato de Michel Temer da presidência, primeiro presidente na história acusado formalmente de corrupção pela Procuradoria-Geral da República”. Se é assim, os estupradores do direito de propriedade têm de aplaudir a sentença de Sergio Moro sobre o caso do triplex no Guarujá.

Dono de uma imobiliária especializada na ocultação de escrituras, Lula tornou-se o primeiro presidente do Brasil condenado por corrupção e lavagem de dinheiro. Por que o general da roça é tão ousado quando lida com Temer quanto pusilânime se é Lula o protagonista das delinquências. Coragem, comandante Stédile. Coragem, general Stédile. É preciso mostrar que todos são iguais também perante a lei da selva imposta por milícias fora-da-lei.

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Fachin acelera Lava Jato para julgar políticos em 2017 - Por Breno Pires e Rafael Moraes Moura, de Brasília.


Ministro do STF tenta concluir ações penais contra Gleisi Hoffmann e dois deputados; sentenças serão as primeiras de alvos da operação com foro privilegiado.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin manteve os trabalhos em seu gabinete durante o recesso do Judiciário para tentar viabilizar julgamentos de ações penais da Lava Jato – operação da qual é relator na Corte – neste ano. 

Três processos estão em fase mais avançada e envolvem a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e os deputados federais Nelson Meurer (PP-PR) e Aníbal Gomes (PMDB-CE).

Quando um filho (a) diz - " Não te metas na minha vida"! - Postado por Antonio Morais.



“Quando o teu filho ou tua filha disser: Pai, mãe não se meta na minha vida”! Hoje que estou aprofundando meus estudos Teológicos na família, seus valores, seus princípios, seus conflitos. Recordo-me de uma ocasião em que escutei um jovem gritar para o seu pai: “Não te metas na minha vida”! Essa frase tocou-me profundamente. Tanto que, frequentemente, a recordo e comento nas minhas conferencias com pais e filhos.

Se em vez de sacerdote. Tivesse optado por ser pai de família, o que diria ante essa exclamação impertinente de meu filho (a). Esta poderia ser a minha resposta: Filho, um momento, não sou eu que me meto na tua vida, foste tu que te meteste na minha!

Faz muitos anos, graças a Deus, e pelo amor que tua mãe e eu sentimos chegastes as nossas vidas e ocupaste todo nosso tempo. Ainda antes de nasceres, tua mãe sentia-se mal, não conseguia comer, tudo o que comia, vomitava. E tinha que ficar de repouso. Tive que me dividir entre as tarefas do meu trabalho e as da casa para ajudá-la. Nos últimos meses, antes que chegasses, tua mãe não dormia e não me deixava dormir. Os gastos aumentaram incrivelmente, tanto que grande parte do que ganhava era gasto contigo, para pagar um bom medico que atendesse tua mãe e ajudasse a ter uma gravidez saudável, em medicamentos, na maternidade, em comprar-te todo um guarda-roupa etc. Tua mãe não podia ver nada de bebê, que não quisesse para ti, compramos tudo o que podíamos, contanto que tu estivesses bem e tivesse o melhor possível.

Chegou o dia em que nascestes: tivemos que comprar algo para dar de recordação aos que te vieram conhecer, tivemos que adaptar um quarto para você. Desde a primeira noite não dormimos. A cada três horas, como se fosse um alarme de relógio despertava para te darmos de comer. Outros, porque te sentias mal e choravas, sem que nós soubéssemos o que fazer, pois não sabíamos o que te tinhas, até chorávamos contigo. Começastes a andar e não sei quando foi que tive que andar atrás de ti, se quando começastes a andar ou quando pensaste que já sabia. Já não podia sentar-me tranquilo lendo jornal, vendo um filme ou jogo do meu time favorito, por que quando acordavas, te perdia da minha vista e tinha que sair atrás de ti para evitar que te machucastes. Ainda lembro do primeiro dia de aula. Quando tive que telefonar para o serviço e dizer que não podia ir. Já que tu, na porta do colégio, não queria soltar-me a mão e entrar. Chorava e pedias-me que não fosse embora. Tive que entrar contigo na escola, e pedir à professora que me deixasse está junto ao teu lado, algum tempo, na sala, para que te fosse acostumando.

Depois de algumas semanas, já não me pedias que ficasse e até esquecias de se despedir quando saia do carro correndo para te encontrar com os teus amiguinhos. Cada vez sei menos de ti mesmo, sei mais pelo que ouço dos demais, já quase não queres falar comigo, dizes que apenas reclamo, e tudo o que faço esta mal, ou é razão para que ti saias de mim.

Pergunto: como, com esses defeitos, pude dar-te o que até agora tens tido. Tua mãe passa noites em claro e, consequentemente, não me deixa dormir dizendo-me que ainda não chegastes, e que já é madrugada, que o teu celular está desligado, que já são três horas e não chegas. Até que, por fim, podemos dormir quando acabas de chegar. Já que quase não falamos, não me contas as tuas coisas, aborrece-te falar com velhos que não entendem o mundo de hoje.

Agora só me procuras quando tens que pagar algo ou necessita de dinheiro para a universidade ou para se divertir. Ou pior, procuro-te eu, quando tenho que chamar-te atenção. Mas estou seguro que diante destas palavras: “Não te metas na minha vida”. Podemos responder juntos: Filho (a) não me meto na tua vida, pois foste tu que te meteste na minha. Asseguro-te que desde o primeiro dia até o dia de hoje, não me arrependo que te tenhas metido nela e a tenhas transformado para sempre.

Enquanto for vivo, vou meter-me na tua vida, assim como tu te metes-te na minha, para ajudar-te, para formar-te, para amar-te e para fazer de ti um homem ou uma mulher de bem.

Só os pais que sabem meter-se na vida de seus filhos e conseguem fazer deles, homens e mulheres que triunfam na vida e são capazes de amar.

Pais: muito obrigado!

Por se meterem na vida dos seus filhos. Ah, melhor ainda, corrijo, por terem deixado que os seus filhos se metam nas suas vidas, E para vocês filhos: Valorizem seus pais. Não são perfeitos, mas amam vocês, sejam capazes de enfrentar a vida e triunfar como homens de bem! A vida da muitas voltas, e, e em menos tempo do que vocês imaginavam alguém lhes dirá: “Não te metas na minha vida”! “A paternidade não é um capricho ou um acidente, é um dom de Deus, que nasce do Amor”.

Deus abençoe!

A todos!

27 de julho, 5ª feira: Lava Jato: ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras é preso pela Polícia Federal

Segundo investigação, Aldemir Bendine usou sua influência para ajudar o grupo Odebrecht, e recebeu por isso
Veículos da Polícia Federal (Vagner Rosário/VEJA.com)

A Polícia Federal deflagra na manhã desta quinta-feira a 42ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Cobra. O alvo dessa etapa é o ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras Aldemir Bendine, acusado dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Ele estava em Sorocaba (SP) e foi preso temporariamente, segundo informações do programa Bom Dia Brasil, da TV Globo. São cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária no Distrito Federal e nos estados de Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.

Fonte: Site da VEJA

Joesley diz que utilizou dinheiro da "conta de Lula" para gastos pessoais

Fonte: "Folha de S.Paulo"
Joesley entre o "Pai dos Pobres" e a "Mãe dos Pobres"

O dinheiro da tal “conta de Lula”, que na verdade estava em nome de uma offshore controlada por Joesley Batista, foi gasto pelo empresário na compra de um apartamento em Nova York, de dois barcos e até mesmo na cerimônia de seu casamento, em 2012. O dono da JBS repatriou o patrimônio em 2016. Pagou mais de R$ 20 milhões de Imposto de Renda.

CONTABILIDADE
Depois da confusão por causa da “conta”, revelada em sua delação, Joesley explicou que, na verdade, depositava nela recursos destinados a pagar propina ao PT no governo Lula. Quando tinha que financiar o partido, ele desembolsava dinheiro no Brasil e apenas “descontava” contabilmente do que já tinha poupado no exterior. Os recursos seguiam lá fora.

TODO OUVIDOS
E Joesley está ouvindo de novo os áudios das conversas que gravou com políticos para tentar descobrir quais delas estavam no gravador em que registrou seu diálogo com Temer. Os demais tinham sido transferidos para um computador e apagados do aparelho. O gravador, no entanto, foi entregue à Polícia Federal para perícia. E ela recuperou o conteúdo de outros sete encontros.

MISTÉRIO
Uma das conversas registradas na época se deu entre advogados e executivos da JBS porque o gravador de Joesley ficou ligado por engano. É possível também que haja diálogos com Paulinho da Força (SD-SP), João Bacelar (PR-BA) e Gabriel Guimarães (PT-MG). O mistério é grande e a JBS já pediu à Justiça que mantenha o sigilo do conteúdo recuperado.

MÔNICA BERGAMO, na "Folha de S.Paulo"

De volta às ruas? - Por Paulo Guedes.

Há um cálculo político nas ruas vazias. A Velha Política morre em 2017 por excesso de provas. A Nova Política nasce com as eleições em 2018

O receio de que haja retrocesso nos resultados da Lava-Jato está no ar. Gilmar Mendes soltou José Dirceu, Marco Aurélio soltou Aécio Neves, Edson Fachin soltou Rocha Loures e o Judiciário de Porto Alegre absolveu João Vaccari. 

As gravações de Joesley teriam persuadido Temer: ou se salvam todos das guilhotinas, ou não se salva ninguém. A salvação das criaturas do pântano seria agora tentada por articulações com eminências que já aderiram à politização da Justiça e por novas indicações do presidente para o Ministério da Justiça e para a Procuradoria-Geral da República.

Pouco importa se procede essa versão dos fatos; o importante é que a perversidade da política se tornou a versão aceita pela opinião pública, após abundantes evidências de corrupção sistêmica. 

Os esforços das autoridades em favor da própria impunidade e sua omissão na reforma de práticas degeneradas apenas confirmaram essa versão da “banalidade do mal” no imaginário de uma maioria de eleitores já descrentes.

Mas a boa notícia é que não prevalecerão os que trabalham nas sombras. Pois segue em pleno funcionamento a busca de transparência como algoritmo de uma sociedade aberta em construção. Estagnação e corrupção levaram o povo às ruas para exigir mudanças. O governo Temer prometeu reformas e, apesar de sua inédita impopularidade, desfruta uma sensata trégua para tentar remediar a caótica situação herdada.

CARÍCIAS - Postagem do Antônio Morais

A analise transacional reconhece como instintiva a nossa necessidade de caricias. 

As caricias são absolutamente necessárias à nossa sobrevivência. Um sorriso, uma palavra, um gesto constitui caricias.

As primeiras caricias são recebidas durante a infância e são mais sob a forma de contato corporal: o bebê é manuseado, acariciado, embalado. 

Esses toques físicos expressam mensagem de vários sentimentos, positivos ou negativos, tais como reconhecimento, aceitação, amor ou rejeição, impaciência, hostilidade.

Durante toda vida, o contato físico constitui uma forma de expressão muito mais intensa do que uma palavra, um abraço, um beijo, um aperto de mão ou uma pancadinha no ombro.

A medida que a criança cresce, aprende a discernir as caricias desejáveis, valorizadas em sua família, e passa a agir de modo a obter essas caricias.

As caricias podem ser físicas ou verbais. Os dois tipos de caricia podem ainda ser positivos ou negativos, condicionais ou incondicionais.

terça-feira, 25 de julho de 2017

CONTOS DE VARZEA-ALEGRE - POR ANTONIO DANTAS.



A Importância das Figuras - Por Antonio Dantas.

Meu pai administrava a produção de rapadura no engenho do meu avo, Manoel Dantas, no sítio Baixio. Eu gostava de ir com ele bem cedo, ainda meio escuro, pra tomar uma caneca de garapa. No fim da tarde, eu retornava ao engenho pra experimentar os últimos pedaços de rapadura quente, e acompanhar meu pai de volta pra casa.

Certo dia, ao chegarmos a bodega do Raimundo Chico, meu tio avô; como era de costume, o pessoal da moagem, que terminava as tarefas mais cedo, já estava ali. Conversa vai, e conversa vem, um dos trabalhadores puxou do bolso um livro sobre os evangelhos. Outro, que estava sentado, virou-se pra traz e pediu para ver o livro.  O indagado respondeu num tom jocoso e disse: – Não tem figuras! Eu virei pra meu pai e perguntei, por que ele falou que não tem figuras? Meu pai deu uma de Alice no País das Maravilhas e me respondeu: – Ele não sabe ler, meu filho! 

Desde aquele dia remoto, aprendi com meu pai que os livros são importantes, mas aqueles com figuras são mais interessantes. Carreguei essa lição comigo.Quando lecionava economia, sempre avisava aos meus alunos para não se preocuparem com as dificuldades da matéria, pois havia escolhido um livro texto muito fácil; tinha bastante figuras (gráficos).

Outro dia, aqui nos Estados Unidos, uma amigo chegou à biblioteca, onde passo a maior parte do dia, e falou para bibliotecária: – Estou procurando um livro –  assim, assim – não me lembro bem do título. Como eu estava conversando com a moça, interrompi quem havia me interrompido, e disse pra ela: –  Arranje um livro com figuras pra ele. Eles riram!

Isto não foi grosseria, apenas uma brincadeira que eles gostaram. A fiz não para acusá-lo de analfabeto, mas para não esquecer da lição de meu pai.

Tá feia a coisa: Governo prepara PDV para servidores federais e espera adesão de 5 mil

Fonte: Estadão
 A República foi imposta com uma aura de esperança de dias melhores. Deu no que deu...
A ideia é oferecer aos interessados até 1,5 salário por ano trabalhado. As normas serão definidas em uma medida provisória e a economia calculada é de R$ 1 bilhão por ano
Brasília – Em dificuldades para fechar as contas, o governo prepara um programa de demissão voluntária (PDV) para servidores federais do Poder Executivo. A ideia é oferecer aos interessados até 1,5 salário por ano trabalhado. Uma Medida Provisória (MP) deve ser editada entre hoje e amanhã para estabelecer as normas do programa. Segundo o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, o governo espera adesão de 5 mil funcionários e uma economia de R$ 1 bilhão por ano com a medida.

As informações foram confirmadas pela assessoria de imprensa do Ministério do Planejamento, órgão responsável pela gestão de pessoal no governo federal. Os detalhes do PDV ainda estão sendo fechados, mas a expectativa é que os efeitos em termos de economia sejam percebidos apenas a partir de 2018.

A despesa com pessoal deve chegar a R$ 284,47 bilhões neste ano, segundo estimativa da área econômica divulgada no relatório de avaliação de receitas e despesas do terceiro bimestre. Trata-se do segundo maior gasto do governo, depois dos benefícios previdenciários (R$ 559,77 bilhões neste ano).

O governo tem sido criticado por ter aprovado, no ano passado, uma série de reajustes para servidores federais. Neste ano, a conta com despesas de pessoal e encargos sociais deve aumentar R$ 26,6 bilhões em valores nominais (sem descontar o efeito da inflação).

Em 2018 e 2019, a estimativa é de que esse gasto cresça R$ 22 bilhões em cada um dos anos, segundo a Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira (Conorf) da Câmara dos Deputados.

O PDV tem sido um instrumento muito utilizado em empresas estatais para diminuir o quadro de funcionários e, consequentemente, reduzir o tamanho da conta de pessoal. Nos últimos três anos, o governo federal desligou 50.364 funcionários das estatais com os PDVs e as aposentadorias incentivadas, como mostrou o Estadão/Broadcast. O número representa 77% do público-alvo dos programas autorizados pela Planejamento.

Lula, de olho no futuro, por Ricardo Nobla - Por Ricardo Noblat.


No mundo encantado de Lula, construído por ele para enganar sua clientela cativa, propina não passa de dinheiro doado por empresários para financiar campanhas. 

E se por acaso o dinheiro não foi declarado à Justiça, trata-se apenas de caixa dois, uma merreca de crime que nem merece ser chamado por esse nome. 

Melhor seria chamá-lo de irregularidade eleitoral. Talvez de mal feito, como preferia Dilma.

O fiasco de Lula - O Estado de São Paulo.


Está cada vez mais claro que o ex-presidente só está mesmo interessado em evitar a cadeia, posando de perseguido político

Faltou povo no ato que pretendia defender Lula da Silva, na quinta-feira, em São Paulo e em outras capitais. Apenas os militantes pagos - e mesmo assim nem tantos, já que o dinheiro anda escasso no PT - cumpriram o dever de gritar palavras de ordem contra o juiz Sérgio Moro, contra o presidente Michel Temer, contra a imprensa, enfim, contra “eles”, o pronome que representa, para a tigrada, todos os “inimigos do povo”.

À primeira vista, parece estranho que o “maior líder popular da história do Brasil”, como Lula é classificado pelos petistas, não tenha conseguido mobilizar mais do que algumas centenas de simpatizantes na Avenida Paulista, além de outros gatos-pingados em meia dúzia de cidades. Afinal, justamente no momento em que esse grande brasileiro se diz perseguido e injustiçado pelas “elites”, as massas que alegadamente o apoiam deveriam tomar as ruas do País para demonstrar sua força e constranger seus algozes, especialmente no Judiciário.

A verdade é que o fiasco da manifestação na Avenida Paulista resume os limites da empulhação lulopetista. A tentativa de vincular o destino de Lula ao da democracia no País, como se o chefão petista fosse a encarnação da própria liberdade, não enganou senão os incautos de sempre - e mesmo esses, aparentemente, preferiram trabalhar ou ficar em casa a emprestar solidariedade a seu líder.

Está cada vez mais claro - e talvez até mesmo os eleitores de Lula já estejam desconfiados disso - que o ex-presidente só está mesmo interessado em evitar a cadeia, posando de perseguido político. A sentença do juiz Sérgio Moro contra o petista, condenando-o a nove anos de prisão, mais o pagamento de uma multa de R$ 16 milhões, finalmente materializou ao menos uma parte da responsabilidade do ex-presidente no escândalo de corrupção protagonizado por seu governo e por seu partido. Já não são mais suspeitas genéricas a pesar contra Lula, e sim crimes bem qualificados. Nas 238 páginas da sentença, abundam expressões como “corrupção”, “propina”, “fraude”, “lavagem de dinheiro” e “esquema criminoso”, tudo minuciosamente relatado pelo magistrado. Não surpreende, portanto, que o povo, a quem Lula julga encarnar, tenha se ausentado da presepada na Avenida Paulista.

O fracasso é ainda mais notável quando se observa que o próprio Lula, em pessoa, esteve na manifestação. Em outros tempos, a presença do demiurgo petista com certeza atrairia uma multidão de seguidores, enfeitiçados pelo seu palavrório. Mas Lula já não é o mesmo. Não que lhe falte a caradura que o notabilizou desde que venceu a eleição de 2002 e que o mantém em campanha permanente. Mas seu carisma já não parece suficiente para mobilizar apoiadores além do círculo de bajuladores.

Resta a Lula, com a ajuda de seus sabujos, empenhar-se em manter a imagem de vítima. Quando o juiz Sérgio Moro determinou o bloqueio de R$ 600 mil e de bens de Lula para o pagamento da multa, a defesa do ex-presidente disse que a decisão ameaçava a subsistência dele e de sua família. Houve até quem dissesse que a intenção do magistrado era “matar Lula de fome”. Alguns petistas iniciaram uma “vaquinha” para ajudar Lula a repor o dinheiro bloqueado - e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, durante o ato na Paulista, disse que “essa é a diferença entre nós e a direita: nós temos uns aos outros”.

Um dia depois, contudo, o País ficou sabendo que Lula dispõe de cerca de R$ 9 milhões em aplicações, porque esses fundos foram igualmente bloqueados por ordem de Sérgio Moro. A principal aplicação, de R$ 7,2 milhões, está em nome da empresa por meio da qual Lula recebe cachês por palestras, aquelas que ninguém sabe se ele efetivamente proferiu, mas pelas quais foi regiamente pago por empreiteiras camaradas.

Tais valores não condizem com a imagem franciscana que Lula cultiva com tanto zelo, em sua estratégia de se fazer de coitado. Felizmente, cada vez menos gente acredita nisso.

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Quatro coisas que não podem ser recuperadas - Postagem do Antonio Morais.

Uma jovem estava a espera de seu vou, na sala de embarque de um grande aeroporto. Como deveria esperar varias horas, resolveu comprar um livro para passar o tempo. Comprou, também, um pacote de biscoitos. Sentou-se numa poltrona, na sala Vip do aeroporto, para poder descansar e ler em paz. Ao lado da poltrona onde estava o saco de biscoitos sentou-se um homem, que abriu uma revista e começou a ler.

Quando ela pegou o primeiro biscoito, o homem também tirou um. Sentiu-se indignada mas não disse nada. Apenas pensou: Mas que atrevido! Se eu estivesse com disposição dava-lhe um soco no olho, para que ele nunca mais se esquecesse desse atrevimento.

A cada biscoito que ela pegava o homem também tirava um. Aquilo foi-a deixando cada vez mais indignada, mas não conseguia reagir. Quando restava apenas um biscoito, ela pensou: Ah. o que vai esse abusado fazer agora? Então, o homem dividiu o ultimo biscoito ao meio, deixando a outra parte para ela. Ah! Aquilo era demais. Ela estava soprando de raiva.

Então, pegou o livro e o restante de suas coisas e dirigiu-se para a porta de embarque. Quando sentou confortavelmente numa poltrona, já no interior do avião, olhou para dentro da bolsa para tirar os óculos. Para sua grande surpresa, viu intacto o pacote de biscoitos que tinha comprado. Sentiu imensa vergonha. Percebeu que quem estava errada era ela. Tinha-se esquecido que tinha guardado os biscoitos na sua bolsa.

O homem tinha dividido os biscoitos dele com ela, sem se sentir indignado, nervoso e revoltado. Entretanto ela tinha ficado muito transtornada, pensando está a dividir os biscoitos dela com ele. E já não havia ocasião para se explicar nem pedir desculpas.

Existem quatro coisas que não podem ser recuperadas:

01 - A pedra depois de atirada.
02 - A palavra depois de proferida.
03 - A ocasião depois de perdida.
04 - O tempo depois de passado.

Mãe é Mãe

A mãe chilena que cobrou lealdade do filho a Michel Temer
Mariangeles, mãe do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), mandou mensagem ao filho mandando-o 'não conspirar' contra o presidente
O presidente Michel Temer conversa com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que assumirá o cargo enquanto Temer estiver fora (Alan Santos/PR)

   Mariangeles Ibarra Maia foi além de qualquer atitude padrão de uma mãe preocupada. A chilena enviou uma mensagem ao seu filho, presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mandando-o “não conspirar” contra o presidente Michel Temer (PMDB), de quem é o sucessor direto.

   O aviso foi enviado em meio a acusações de que Maia poderia estar articulando secretamente para substituir o peemedebista no cargo. As notícias sobre a “conspiração” causaram mal-estar entre os dois.

“Você me ensinou que eu tenho de ser leal, e assim eu sou”, teria escrito o parlamentar do DEM quase cinquentão —ele tem 47 anos— à mãe zelosa. Em entrevista à GloboNews, o presidente da Câmara contou ter mostrado a mensagem materna a Temer, como garantia de sua fidelidade.
   Quem conhece Mariangeles não se surpreendeu com o estilo —agora tornado público— de mãezona rigorosa com o filho crescido. Fontes ouvidas pela reportagem disseram que ela é considerada muito protetora, que preza sempre pela união familiar. No Brasil, Mariangeles tem a companhia da irmã, Carmen Ibarra, que também se casou no Chile com um brasileiro.

   Casada com o ex-prefeito do Rio Cesar Maia (DEM) desde o início dos anos 1970, ela é considerada mulher de forte personalidade, mas discreta e avessa a aparições. Deu algumas raras declarações públicas na presidência de Obra Social da prefeitura. O cargo, por tradição, é ocupado por mulheres dos prefeitos, como hoje é de Sylvia Hodge Crivella —casada com o prefeito Marcelo Crivella (PRB). César Maia foi prefeito do Rio por três mandatos (no período entre 1993 e 2009).

   Mariangeles teve como atribuições organizar ações para pessoas com deficiência e em situação de vulnerabilidade. Também discursou em nome do marido durante inaugurações de projetos ligados à saúde pública. Um dos seus orgulhos, obras no Morro Dona Marta, na zona sul do Rio, viraram objeto de discórdia com o sucessor de Maia, Eduardo Paes (PMDB). Ela considerou que o ex-prefeito não deu continuidade às realizações do marido. Mariangeles já demonstrara irritação com o peemedebista, sucessor de Cesar Maia, por críticas que fez ao seu padrinho político, durante a campanha de 2008.

Origens

   Hoje vereador no Rio, Cesar Maia contou que conheceu Mariangeles durante seu exílio no Chile. Ele decidiu deixar o Brasil depois de ter sido preso pelos militares —na época, militava em uma organização de esquerda originada do PCB. No Chile, Mariangeles deu à luz aos gêmeos Rodrigo e Daniela, em 1970. Mais tarde, voltaram todos para o Brasil, ainda durante o regime militar. Depois, foi a vez da família de Mariangeles se exilar no Brasil, após o golpe de Augusto Pinochet, em 1973.

   O presidente da Câmara foi procurado pela reportagem para falar sobre sua mãe, mas não deu resposta. Mariangeles também foi procurada para uma entrevista, por meio de seu marido, mas não respondeu. Questionado sobre a discrição de sua mulher, Cesar Maia disse que “como chilena, prefere acompanhar a política sem intervir diretamente”.

Fonte: Estadão

DIA DO FUTEBOL - Por Wilton Bezerra. Comentarista da TV Diário e Rádio Verdes Mares.


No dia 19 de Julho se comemorou o dia do futebol no Brasil.
Faço a mesma indagação:
O que seria de nós sem o futebol?
Vale repetir que nosso país foi apresentado ao mundo por um negro, Pelé, e um mestiço, Garrincha.
Antes disso o Brasil era o Rio de Janeiro, capital Buenos Aires.
O futebol no Brasil se dá de forma atmosférica, segundo Nelson Rodrigues.
Aqui, mais do que em outro lugar, se respira o esporte mais apreciado do mundo.
Sucesso popular numa terra de exclusão, manifesta-se como lugar social.
Lugar, aliás, que está sendo usurpado pelos elitistas nefastos.
Os detentores do futebol de negócios vociferam: “Futebol no Brasil não é coisa de pobre”.
Através do futebol revelamos as nossas fraquezas e potencialidades.
Somos detentores maiores da arte de jogar.
E a arte não existe para salvar e sim para tornar a vida mais bonita, fantasiosa e interessante, segundo Ferreira Gullar.
Quem salva é bombeiro, arrematou.
Não tenho certeza se ele disse exatamente assim.
Fato é, que a bola sempre deveu mais obediência ao futebolista brasileiro.
Fomos ao longo do tempo os donos da bola contra os donos do campo.
Apesar do gangsterismo da classe dirigente.
Viva o futebol 

De rabo preso com Maduro - Por Mary Zaidan.



Gente que dorme e acorda na porta dos mercados para comprar comida que acaba antes de a fila andar. Falta de remédios, ataduras e até de soro fisiológico. Famílias que vasculham lixos e assam animais de estimação para servir no jantar. Mais de uma centena de mortos pela repressão em manifestações contra o governo. Essa é a Venezuela, cujo regime e seu ditador, Nicolás Maduro, receberam apoio incondicional do PT e PCdoB, e parcial do PDT, signatários da resolução final da 23ª reunião do Foro São Paulo, realizada na Nicarágua.

A solidariedade ao regime totalitário de Maduro, expressa em viva voz pela presidente do PT, senadora Gleisi Hoffman, há uma semana, na abertura do Foro, causa repulsa diante da tragédia humanitária do país vizinho. Tão grave que não comporta qualquer tipo de defesa ideológica.

E, ao que tudo indica, ideologia está longe de ser de fato a inspiração para as falas.

Os discursos petistas sempre deram trela ao faz de conta que o ex-presidente venezuelano morto, Hugo Chávez, chamou de socialismo do século 21. Mas, no ver e crer, as identidades do PT com essa turma se consolidaram em outras searas.

Chávez, o gênio que conseguiu parir um golpe sobre si para se tornar presidente, obteve do Brasil do ex Lula tudo e muito mais do que podia esperar. Traduzindo em miúdos, usufruiu de trocas maravilhosas, favores envolvendo fortunas – US$ 98 milhões só na conta de corrupção da Odebrecht, declarados pela empreiteira em oitiva à promotoria dos Estados Unidos.

Muitas transações ainda carecem de explicações, se é que elas existem. 

Em um país povoado por denúncias cotidianas, poucos se lembram da festa patrocinada por Lula e Chávez para lançar a pedra fundamental da construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, que teria 60% dos US$ 2,4 bilhões orçados para a sua construção custeados pela PDVSA, estatal petrolífera venezuelana.

Isso foi em 2005. Dois anos depois, Chávez se apropriou dos ativos da Petrobrás na Venezuela e, mesmo sem ter colocado um único centavo, reclamava do atraso das obras pernambucanas. Em 2013, Dilma Rousseff anistiou as dívidas da Venezuela com a obra, que, nesta altura, já custava cinco vezes mais: US$ 13,4 bilhões.

Uma aventura de comunhão bolivariana com custos e prejuízos fenomenais para o Brasil, que jamais serão pagos. Ainda inconclusa, a refinaria já consumiu US$ 18 bilhões dos brasileiros e produz menos da metade da previsão inicial de 230 mil barris de petróleo/dia.

Chávez morreu em março de 2013, sem ver as consequências desastrosas da gastança populista que promoveu nos anos em que o petróleo batia recordes de preço no mercado mundial.

Assim como Lula e depois Dilma, ele se regozijava de ter eliminado a miséria. Em 2011, a Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal) chegou a divulgar que o chavismo reduzira 50% da pobreza do país. Cinco anos depois, o percentual de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza atingiu 81%, embora os dados manipulados pelo regime apontem 18,3% de redução da miséria em 2016.

Além da mentira quase infantil das estatísticas oficiais, facilmente desmanteladas pelo cotidiano -- um salário mínimo venezuelano consegue comprar comida para apenas três dias, isso quando encontra produtos à venda --, a ditadura Maduro luta contra muitas outras frentes. E a pior delas não é a oposição formal, a qual ele tenta derrotar a tiros, literalmente, e com a convocação surreal de uma Constituinte, cujo objetivo é mantê-lo no poder.

Está tendo de enfrentar as vítimas do populismo subsidiado pela ignorância e custeado pelo petróleo, sem ter fartura e muito menos inteligência para fazê-lo.

Abusa da repressão, das milícias armadas, promove a matança, estimula uma guerra civil. Ainda assim tem apoio da esquerda brasileira, irrestrito quando se trata do PT.

Talvez porque os rabos do presidente venezuelano e do PT estejam enrolados em uma trama de difícil equação para ambos.

Maduro foi apontado por Mônica Moura, mulher de João Santana, marqueteiro de Lula e de sua pupila, como pagador de pacotes de dinheiro ilícito, em espécie, para remunerar o trabalho da dupla durante a campanha vitoriosa da Dilma de Chávez. Tudo com conhecimento e aval do governo petista.

O PT de Lula -- que gravou vídeo em favor de Maduro na disputa de 2013, que se arvorou a falar em nome do “povo brasileiro” ao defendê-lo, em abril, quando a chancelaria nacional propôs a suspensão da Venezuela do Mercosul, e que agora se solidariza e apoia a realização da Constituinte pró-Maduro --, é cúmplice e parceiro da ditadura venezuelana.

De um lado, usa a crença bolivariana para alimentar a fé cega dos seus. De outro, busca evitar a derrota fatal de um companheiro -- não de armas, mas de “malfeitos”--, que pode lançar ainda mais lama nos 13 anos de governos petistas. Não importa quantos mais Maduro mande prender ou matar.

domingo, 23 de julho de 2017

Coisas da República

Para procurador, Brasil tem ‘tendência de esculhambação’
Júlio Marcelo de Oliveira, responsável por atestar as 'pedaladas fiscais' que condenaram Dilma, endurece o jogo contra o governo e as concessionárias

Fonte: revista VEJA

 O procurador Júlio Marcelo de Oliveira em 2016, quando depôs no Senado Federal durante o impeachment de Dilma Rousseff (Geraldo Magela/Agência Senado)


Contrário a alterações no contrato de concessão das rodovias federais, o procurador Júlio Marcelo de Oliveira, que deu parecer contrário às pedaladas fiscais do governo Dilma, entrou em rota de colisão com o governo federal e as empresas do setor. Taxado como “algoz”, o representante do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) defende o cumprimento dos acordos já assinados e rebate as críticas. Ele afirmou que sua função é evitar irregularidades: “A tendência é a esculhambação no Brasil”.

Para o procurador, as empresas concessionárias “estão o tempo todo pleiteando alterações para melhorar sua rentabilidade, diminuir ônus e adiar investimentos”, o que segundo ele “passa à sociedade a mensagem de que o Brasil não é um país sério”. Júlio Marcelo rebate a tese de que os contratos são malfeitos, que segundo ele apenas é a busca “por uma flexibilidade que não existe em lugar algum no mundo”.

O procurador, que atua representando o MP na análise das contas feitas pelo TCU, ressalta que “não é obrigação do poder público garantir a lucratividade da empresa”. “Não queremos que nenhuma empresa vá à falência, mas é claro que ela tem de correr risco”, conclui.

Oliveira se disse “aberto” a analisar a situação de contratos malfeitos que exijam novas obras, mesmo que caras, no entanto observou que o novo modelo das concessões, que funciona por demanda, é deficitário. Ele alega que a Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) não mede a atividade das estradas, se baseando unicamente nos dados informados pelas próprias concessionárias, ao justificarem pedidos de revisões e aditivos aos contratos firmados com o poder público.

Júlio Marcelo de Oliveira foi uma das principais testemunhas de acusação contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) durante o processo de impeachment. Na posição de procurador de contas, ele atestou a existência das “pedaladas fiscais”.

Coisas do sertão, assinação de carneiros - Por Antônio Morais


João Pedro.

Assinar carneiros significa marcá-los nas orelhas para que se saiba a quem o animal pertence. Cada pessoa tem uma marca. Caso a animal seja capturado em outra propriedade olha-se na orelha e sabe-se quem é seu dono.

Neste fim de semana estivemos na fazenda Pitombeira no município do Assaré, propriedade do agro pecuarista Raimundo Menezes para realizar a assinação dos carneiros nascidos  no último semestre.

Vejam João Pedro na captura de um.



Dr. Menezes Filho.

CONTOS DE VARZEA-ALEGRE - POR ANTÔNIO DANTAS.




FOTO DA CACHOEIRA DANTAS

O Souza

O Souza era outro fenômeno da minha época de criança. Conheci-o muito bem porque ele morava nas terras do meu avô, perto da nossa casa no Baixio Dantas. Ele era alegre, muito brincalhão e de uma memória prodigiosa, decorava tudo que ouvia. Certa vez, eu o vi rodeado de pessoas na feira de Várzea Alegre.

Eu tinha oito anos de idade e sabia ler, e procurava pessoas que soubessem ler também. Admirei aquela cena e fiquei curioso ao ver aquela multidão ao redor do Souza, especialmente com desenvoltura com que ele lia aquele conto em voz alta.

Avancei pra bem perto; ele lia o Pavão Misterioso numa banca que vendia livretos de cordel. Naquele momento, ouvi uma das pessoas gritar – eita caba danado, esse ai lê até de cabeça pra baixo! Meu pai depois me explicou o resto da história e pude conferir que existem analfabetos que sabem ler, mas só em Várzea Alegre.

Professor Antonio Dantas.

Cafajestada ou malfeito - Postagem do Antonio Morais.


Projetar Brasília para os Políticos que vocês colocaram lá, foi como criar um lindo vaso de flores para vocês usarem como pinico.

Hoje eu vejo, tristemente, que Brasília nunca deveria ter sido projetada em forma de avião, mas sim de Camburão.

Oscar Niemayer.

A Lula o que é de Lula - O Estado de S.Paulo.

Líder petista tenta desvirtuar os fatos como se não tivesse qualquer relação com a crise.

O sr. Lula da Silva tem dito que quer ser candidato à Presidência da República nas eleições de 2018. Seu desejo de voltar ao Palácio do Planalto enfrenta, no entanto, algumas dificuldades. A primeira é com a Justiça, já que foi condenado pelo juiz Sérgio Moro a 9 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo relativo ao triplex do Guarujá. Se o Tribunal Regional Federal (TRF) da 4.ª Região mantiver a condenação, o líder petista estará inelegível, por força da Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135/2010).

A dificuldade com a Justiça não é uma possibilidade remota, já que o histórico do TRF da 4.ª Região mostra que a Corte, além de ser célere, não costuma reformar as sentenças de Moro. E nos raros casos em que os desembargadores modificaram condenações da 13.ª Vara Federal de Curitiba, a alteração, em geral, aumentou a pena. É uma possibilidade real, portanto, que a Lei da Ficha Limpa se imponha contra as pretensões presidenciais do líder petista.

A questão jurídica não é, porém, o único obstáculo para que o sr. Lula da Silva volte ao Palácio do Planalto. Outra grave fragilidade de sua pretensa candidatura é a herança maldita que Lula da Silva deixou ao País. Recentemente, ele mesmo mencionou a triste situação que causou. “O Brasil que era o País da moda há um tempo atrás, o mais badalado, (...) virou essa vergonha de mentiras, de destruição, de desemprego e de fechamento de empresas”, disse Lula da Silva, em entrevista à Rádio Capital. Malandramente, ele não se reconheceu como responsável pelo desastre, relatando a situação nacional como se ele fosse mero espectador.

O fato de Lula da Silva não assumir a culpa que lhe corresponde não modifica, no entanto, sua responsabilidade sobre a história recente do País. Foi o sr. Lula da Silva quem abriu as portas do Estado brasileiro para o aparelhamento petista. Foi em seu governo que houve a gestação do maior escândalo de corrupção da história, o petrolão, e que se deu a perversão do regime democrático com a compra de parlamentares, o mensalão. Foi o sr. Lula da Silva quem escolheu, bancou e elegeu a presidente Dilma Rousseff, que viria a gerar a maior recessão da história, uma recessão que, como os brasileiros atestam diariamente, custa tanto a ir embora.

Ciente do seu papel na lambança, o líder petista tenta, desde já, desvirtuar os fatos, como se ele não tivesse qualquer relação com a crise nacional. Com a esperteza que lhe é própria, Lula da Silva atribui a responsabilidade pela situação atual ao presidente Michel Temer, há pouco mais de um ano no cargo. Ora, não é segredo para ninguém que a crise econômica, política, social e moral vem dos tempos petistas no governo.

Oriundas dessa mesma esperteza são as críticas que Lula da Silva faz agora à gestão da presidente Dilma Rousseff. Ante a absoluta impossibilidade de defender os desastrosos anos de Dilma na Presidência da República – soberba, ignorância e voluntarismo são apenas alguns de seus atributos –, Lula da Silva opta por reclamar da sua sucessora, na inverossímil expectativa de que o povo não lembre quem foi o criador da desastrada criatura.

Diante de tanta corrupção e podridão na esfera pública – com a direta participação de parte do setor privado –, alguns discorrem sobre a necessidade de refundar o País. Essas pessoas defendem a ideia de que as atuais instituições seriam incapazes de recolocar o Brasil nos trilhos. Certamente, são necessárias algumas reformas legislativas profundas, que abram espaço para o desenvolvimento econômico e social. No entanto, o principal óbice para o interesse público não são, no momento, as instituições. É uma pessoa, Lula da Silva, a grande responsável pela crise que está aí, cujo descaramento habitual ainda faz com que se apresente como solução. Basta que a população reconheça o papel único de Lula da Silva na atual situação brasileira, para que se elimine qualquer possibilidade de ele voltar à Presidência. De pronto, abrir-se-á ao País um novo horizonte de esperança e otimismo.