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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Setembro chegou! – por Armando Lopes Rafael


Neste 1º de setembro a imagem histórica de Nossa Senhora
da Penha percorrerá, em procissão, as ruas centrais de Crato 
Agosto acabou.  Os supersticiosos acreditam que esse mês não traz sorte. Muito pelo contrário, dizem. E lembram que o Brasil vivenciou muitas tragédias, principalmente na área política neste agourento mês... Na verdade essas tragédias só começaram a acontecer após o golpe militar de 1889 que implantou a forma de governo republicana no país. Ora, a República em si já é uma tragédia! Sempre foi. E continua sendo.
  
    O que ocorre é que essas tragédias são sempre lembradas pela mídia, que as divulga em profusão. É o nosso “rosário” de cruzes – de difícil solução – lembrado diariamente, a toda hora, pelos meios de comunicação: rádio, televisão, jornais, revistas, Internet, cinema, whatsApp, replicadas sempre em conjunto com a hipertextualidade (caminhos não lineares de leitura do texto).

    Mas, enfim, setembro chegou!
    Este é um mês ameno e agradável. Tem início, entre nós, com a festa da Rainha e Padroeira de Crato, Nossa Senhora da Penha, celebrada no dia 1º. Setembro é um mês que registra, também, grandes acontecimentos da história pátria. Em 06 de setembro de 1922, através de um decreto do Presidente Epitácio Pessoa (um dos poucos que presidentes da República que a história guardou) foi oficializado o Hino Nacional Brasileiro, embora a letra, escrita por Joaquim Osório Duque Estrada já tivesse sido escrita em 1909. 

    Depois vem 7 de setembro, Dia da Pátria, nossa data maior. Neste dia o Brasil alcançou sua independência política, em 1822, num gesto ousado do Imperador Dom Pedro I. Em 12 de setembro de 1902 nasceu Juscelino Kubitschek, outro dos raríssimos presidentes que passou à história. A rigor o povo não guarda o nome desses presidentes. Terminado o seu mandato de plantão eles entram no rol do esquecimento. Quer uma prova? Tente lembrar o nome de 10 ex-presidentes da República do Brasil, desde que você não inclua Temer, Dilma ou Lula, os últimos. Tentou? Não lembrou? Não se preocupe. Isso acontece com 99% dos brasileiros.

        No dia 18 de setembro de 1822 foi criado, por Dom Pedro I, o Escudo do Império do Brasil. Um brasão oficial muito bonito, ainda hoje venerado por milhões de brasileiros, como nosso o único e verdadeiro emblema. Herança dos tempos imperiais quando “a nossa pátria tinha estabilidade política, administrativa e econômica; quando havia credibilidade do país no exterior; havia dignidade, havia segurança, havia fartura, havia harmonia e seriedade em todos os órgãos da administração pública”. Isso tudo acabou. Hoje vivenciamos a maior crise político-econômica da nossa história, a violência crescente, o desgaste da imagem do Brasil no mundo, a corrupção que generalizada que atingiu a Petrobrás, a Eletrobrás, a Caixa Econômica... o crescimento do consumo das drogas, o caos enfim.

    Mas voltemos ao mês de setembro. No dia 21 é comemorado, entre nós, o Dia da Árvore, com o objetivo principal de conscientização desse importante recurso natural. No dia 23 tem início a Primavera no hemisfério sul, onde está localizado o nosso país. E por aí vai.

    Particularmente, gosto muito do mês de setembro! É o mês da floração dos Ipês (Pau d’Arco, como é chamado no Cariri), sendo que o ipê amarelo deveria ser declarado como “A árvore-símbolo do Brasil”.
           Bem vindo setembro!

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