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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 13 de outubro de 2017

PT agora ameaça votar contra retorno de Aécio - Por Josias de Souza.

A bancada do Partido dos Trabalhadores no Senado ensaia uma meia-volta. Duas semanas depois de aderir ao mutirão suprapartidário que se formou para restituir o mandato a Aécio Neves, os senadores petistas ameaçam votar contra o retorno do grão-tucano. Num universo de 81 senadores, o PT tem nove votos. Aécio precisa de pelo menos 41 aliados para prevalecer no plenário do Senado.

Em entrevista ao Jornal Nacional,  o senador petista Humberto Costa (PT-PE) declarou: “Eu vou defender na nossa bancada que nós votemos pela execução dessas sanções contra Aécio Neves —o afastamento do mandato principalmente. E eu acredito que será a tendência do voto do PT.”

A nova posição do PT, esboçada nas palavras de Humberto Costa, contrasta com o conteúdo de uma nota divulgada pela legenda há 15 dias. Nela, a Executiva Nacional do PT tachou de “esdrúxula” a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal que impôs sanções cautelares a Aécio, entre elas suspensão do mandato.

“Não existe a figura do afastamento do mandato por determinação judicial”, escrevera o PT em sua nota. “O Senado Federal precisa repelir essa violação de sua autonomia.” Estava decidido até então que os nove senadores petistas ajudariam a trazer Aécio de volta ao convívio dos seus pares. Mas o que parecia certo evapora rapidamente.

O petismo se reposiciona em cena a quatro dias da votação do caso Aécio, marcada para esta terça-feira (14). Se não faltar quórum, a sessão ocorrerá nas pegadas do julgamento em que o plenário do Supremo decidiu, por 6 votos a 5, que cabe às duas Casas do Legislativo dar a palavra final sobre eventuais punições cautelares impostas a parlamentares.

O PT cogitava socorrer Aécio porque há petistas com a corda no pescoço, a começar pela presidente nacional da legenda, Gleisi Hoffmann. O partido recua porque a ideia de estender a mão para o adversário tucano rendeu críticas internas e uma avalanche de ataques nas redes sociais.

Um comentário:

  1. O Aécio já está liquidado politicamente, o PSDB vai naufragar em sua defesa e o resultado dessas tramoias é desgaste. A decisão do STF de deixar com o parlamento a decisão termina não sendo um bom negocio para deputados e senadores.

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