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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Como a aliança PT–PMDB tornou o estado do Rio de Janeiro "A terra sem lei"


Fonte: Agências de Notícias

O Rio de Janeiro se transformou em uma versão piorada da calamidade em que os anos de lulopetismo jogaram o Brasil

A dramática situação financeira das contas do estado do Rio de Janeiro, onde servidores públicos estão há meses sem receber salários, ou com seus vencimentos fatiados, se soma ao grave quadro de corrupção generalizada nos mais altos escalões do Executivo e do Legislativo fluminenses. O ex-governador Sérgio Cabral já completou um ano na cadeia, preso pela acusação de receber propinas milionárias em contratos do governo estadual – das inúmeras outras acusações que pesam contra Cabral, há até a suspeita de seu envolvimento em suposta compra de votos, em 2009, para a escolha do Rio de Janeiro como sede olímpica de 2016. Agora, é o episódio da prisão, posteriormente revogada, de três deputados estaduais peemedebistas, inclusive o presidente da Assembleia Legislativa (Alerj), Jorge Picciani, que coloca o estado em convulsão.

Com a violência urbana totalmente fora de controle, as contas públicas dilapidadas – a ponto de o funcionalismo ter de recorrer à generosidade de família e amigos para garantir as refeições diárias – e as frequentes revelações de esquemas de corrupção que saquearam os cofres públicos (segundo a Polícia Federal, o esquema investigado na Cadeia Velha privou o estado de R$ 183 bilhões em tributos não arrecadados em cinco anos), o Rio de Janeiro se transformou em uma versão piorada da calamidade em que os anos de lulopetismo jogaram o Brasil, e não deixa de ser sintomático que Cabral e Pezão tenham sido grandes aliados de Lula e Dilma Rousseff. Enquanto as tentativas de moralização da política local continuarem a ser frustradas – com raras exceções, como a prisão de Cabral –, vislumbrar uma saída para o Rio de Janeiro é tarefa praticamente impossível. Que o prédio da Alerj funcione onde, nos tempos coloniais, funcionava uma prisão (o que deu origem ao nome da operação policial) é apenas mais uma triste ironia da antiga capital federal.

Em cima da hora: mais dois ex-governadores do Rio de Janeiro são presos nesta 4ª feira
Os ex-governadores do Rio de Janeiro Anthony e Rosinha Garotinho foram presos na manhã desta quarta-feira (22). Os agentes da Polícia também prenderam um ex-assessor do governo. Segundo a assessoria de imprensa,  o ex-governador Anthony Garotinho foi preso em seu apartamento na Praia do Flamengo, na zona sul da cidade, enquanto a a ex-governadora foi detida em sua casa em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense. A Polícia Federal ainda não se pronunciou oficialmente sobre as prisões.

Perseguição
Em nota, o ex-governador  atribui a sua prisão e a de sua mulher a uma perseguição que, explica, vem sendo vitima desde que denunciou o esquema do ex-governador Sérgio Cabral na Assembleia Legislativa do Rio.
Com o título "Querem Calar o Garotinho mais uma vez", a nota destaca que quem assinou o pedido de prisão foi o juiz Glaucenir de Oliveira, "o mesmo que decretou a primeira prisão de Garotinho no ano passado, logo após ele ter denunciado [o desembargador] Luiz Zveiter à Procuradoria Geral da República".
Garotinho sustenta, ainda, que "nem ele nem nenhum dos acusados cometeu crime" e, conforme disse ontem em um programa, foi alertado por um agente penitenciário a respeito de uma reunião entre Sergio Cabral e o deputado estadual Jorge Picciani, presidente da Assembleia Legislativa do Rio, durante a primeira prisão do parlamentar, semana passada, no presídio de Benfica. "Na ocasião, o presidente da Alerj [Picciani] teria afirmado que iria dar um tiro na cara do Garotinho", diz a nota.
Ela ressalta que a ordem de prisão dada pelo juiz Glaucenir é para que Garotinho vá com a esposa, Rosinha, para o presídio de Benfica, "justamente onde estão os presos da Lava Jato". No comunicado distribuído à imprensa, a assessoria do ex-governador frisa que "essa operação à qual Garotinho e Rosinha respondem não tem relação alguma com a Lava Jato".
(Com informações da Agência Brasil).

Um comentário:

  1. O povo do Rio de Janeiro não tem de quem reclamar. Por mais de 20 anos votou e elegeu o que de pior existe na politica brasileiro. Votou no Lula, na Dilma, no Sergio Cabral condenado a 266 anos de cadeia, em quatro ex-governadores presos, a representação mais ordenaária para a Assembleia Legislativa Estadual e o Congresso Nacional de todos os tempos.

    O que se podia esperar como resultante?

    A bomba explodiu nas mãos do prefeito Crivela. A Globo nutrida todo esse período com propina está tirando o seu da vereda e o povo indo na onda.

    Ano que vem tem nova eleição, votem nas Beneditas, Jandiras, Freixo, Eduardo Paz, Rosinha, Garotinhos, Lindberg, Pezão e paguem pelos seus erros.

    É uma questão de opção.

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