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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

ALEGORIA AO DESALENTO - Por Wilton Bezerra.

A promoção de menor custo financeiro para uma cidade é através do futebol.

O nome do município circula em rádio, televisão e jornais em inserções chamadas espontâneas. Se cobradas a preço de tabela publicitária, custariam uma fortuna.

No entanto, é comum se ouvir que gastar dinheiro com futebol é desperdício.

Claro, embute-se aí desconhecimento do assunto.

Infelizmente acompanhamos com tristeza um final de ano negativo para o esporte mais popular do mundo na próspera e importante região do Cariri.

O Guarani de Juazeiro do Norte, com seus habituais limites financeiros, foi o nosso único representante nas principais competições. Embora sem ir longe na série D do Campeonato Brasileiro e não tendo alcançado a final da Taça Fares Lopes, fez um bom campeonato estadual.

O Icasa, de tantos feitos estaduais e nacionais quando ganhou uma extraordinária visibilidade no cenário esportivo do Brasil, é um quadro lamentável de declínio. Estacionou na Segunda Divisão cearense e de lá não consegue sair. De quebra, encontra-se em pleno fim de ano acossado pelos credores ávidos por tomar-lhe o CT Praxedão por meio de leilão.

O Crato Esporte Clube alcançou situação muito pior.

Depois de algumas posições destacadas em certames estaduais passados, acabou por descer para a Terceira Divisão.

O Barbalha não consegue alçar vôos maiores mas logrou interromper o período de estagnação ao ganhar o direito de participar da 2ª Divisão do Cearense.

Certamente este cenário nada tem a ver com a vocação para o sucesso da região caririense. Sem o futebol, o Cariri fica incompleto.

Público consumidor e bons estádios não faltam.

2 comentários:

  1. Bons estádios existem. Publico também, embora desmotivado e triste pela bagunça e lambança dos dirigentes de clubes. O publico de antanho era apaixonado e vibrador por suas equipes. De decepção e decepção vai se afastando até um isolamento quase total. Costuma-se ver estádios vazios de gente, de torcedor. O espaço tem sido ocupado por baderneiros criminosos.

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  2. O futebol não poderia ficar à margem do que acontece nesse país. Veja o caso do Icasa. Vitima da vaidade desvairada, ganancia e principalmente desonestidade. O público está longe de saber das coisas escandalosas que aconteceram num time que é patrimonio da região.

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